O Presidente do Conselho Municipal da cidade da Maxixe, Simão Rafael, e o
vereador de urbanização, Jacinto Chaúque, foram detidos pela Polícia da
República de Moçambique (PRM) na província de Inhambane, região sul de
Moçambique. O edil, segundo a edição desta terça-feira do diário electrónico
“mediaFAX”, foi detido na manhã da última segunda-feira(2) e o vereador na
noite de domingo. A detenção surge no âmbito de um processo de investigação que
tem como alvos algumas figuras de direcção daquela edilidade, investigados num
processo de corrupção e extorsão na contratação de empreitadas para obras
públicas municipais. Simão Rafael foi detido depois de ter tentado agredir o
Comandante da PRM na Maxixe, Joaquim Nacimento.
Na altura, o edil da Maxixe exigia a libertação incondicional do
vereador que já se encontrava sob alçada das autoridades policiais. “Pegou o
nosso comandante pelos colarinhos”, disse um membro da corporação na Maxixe. Fontes
policiais revelaram que o vereador foi detido na posse de quatro mil randes
(moeda sul-africana) e quatro telemóveis. A detenção de Chaúque tem como base
supostas ameaças que proferiu contra o primeiro secretário da Frelimo na Maxixe
e ainda contra o representante do Estado naquela parcela do país. Refira-se que
estas duas figuras (primeiro secretário e representante do Estado) contestam
fortemente o actual Executivo municipal da Maxixe, por causa dos indícios de
corrupção na edilidade. Por outro lado, as duas figuras do Executivo da Maxixe,
actualmente encarceradas, enfrentam um processo-crime que está a ser movido
pelo Gabinete Provincial de Combate à Corrupção de Inhambane. Contactado no fim
da tarde de segunda-feira, o chefe do Departamento de Relações Públicas no
Comando Provincial de Inhambane, Juma Ali Dauto, mostrou-se indisponível a
comentar o assunto, remetendo quaisquer pronunciamentos ao Gabinete Provincial
de Combate à Corrupção.
Artigo de opinião publicado na @VERDADE em
Fevereiro deste ano
Nepotismo, prostituição, corrupção, abuso de poder, usurpação de terrenos,
destruição de obras legalizadas e prepotência é o que se assiste na cidade de
Maxixe, actos perpetrados pelo actual edil Simão Rafael, em colaboração com
alguns vereadores tais como o senhor Elias, professor de inglês (director da
Urbanização), e Boaz Mapilele, também professor (vereador da Cultura, Juventude
e Desporto).A verdade é que os munícipes da Maxixe, a partir dos próprios
membros da Frelimo a nível do Comité da Cidade, afirmam estar agastados devido
à actuação do presidente do município, Simão Rafael. Eles esperavam boas mudanças
após a sua candidatura para melhorar as condições de vida dos citadinos, mas,
pelo contrário, o edil está a trazer vergonha para a própria cidade e os
citadinos e, consequentemente, está a manchar o partido no poder.
Há um ditado do falecido Presidente Samora Moisés Machel, que dizia: “O
inimigo (bandido, ladrão, corrupto) nunca muda, somente muda de táctica”.
Caros compatriotas, logo após a sua tomada de posse, o presidente do
Município da Maxixe afastou os antigos “gatunos”, por exemplo o Pinto, ex-director
da Urbanização), e a população aplaudiu. Nomeou o senhor Elias, arrogante que
mal entende os assuntos da Urbanização; Boaz Mapilele, também mal percebe da
Juventude e Desporto e da Cultura. Ele nunca pôs os pés nos campos de futebol,
nem sequer sabe dar um toque na bola, senão trocar copos nos bares. Simão
Rafael empossou ainda, na área de Agricultura, uma vizinha da sua amante que
nem sabe ler e escrever. Foi um acto para calar a boca dela porque conhece melhor
os seus actos de corrupção. O Conselho Municipal da Maxixe tornou-se num clube
de amigos e familiares, que trabalham quando querem e sempre despendem tempo a
tomar chá. Eles sempre perdem documentos: submete-se um documento e duas
semanas depois, para além da falta de resposta, ninguém consegue localizá-lo. Em
pouco tempo, o presidente do Conselho Municipal da Maxixe montou uma frota de
minibuses que transportam passageiros de Maxixe para Massinga e vice-versa. As
viaturas foram registadas em nome do seu irmão, que também está a erguer obras
de grande envergadura na urbe. São na verdade obras de Simão Rafael.
O actual
edil tem usurpado terrenos já demarcados, com taxas já pagas e com os
documentos devidamente guardados pelos proprietários. Os espaços em causa são
posteriormente vendidos a gente que se considera rica na Maxixe. No mês de
Dezembro último, havia um plano para destruir o campo de futebol e vendê-lo à
Shoprite para a construção de lojas. A cidade está muito suja, há um cheiro
nauseabundo por todos os lados e está a perder a sua beleza. O povo diz que
está arrependido de ter votado em Simão Rafael, pois pensava que ele tinha
mudado o mau comportamento que sempre o caracterizou desde o Centro de Formação
de Professores de Chicuque. Por favor, pedimos a quem de direito para que ajude
os munícipes e a própria cidade da Maxixe a crescer para o bem do país.
Exige-se mudanças o mais cedo ou rápido possível e não se pode esperar até ao
fim do mandato deste edil porque pode ser muito tarde e até lá os danos serão
avultados. Por último, o povo da província de Inhambane, em geral, não está
satisfeito com a renomeação do governador Agostinho Trinta, apelidado
“dorminhoco” por nada fazer para o desenvolvimento deste ponto do país. Ele
trata de interesses pessoais, familiares e, talvez, de alguns chefes no partido
para o manterem.
Por Marais Rungo
2 comments:
Neste pais nada acontece todos fazem e desfazem quem ira para isto? Mesmo não votando neles eles sempre arranjam uma maracutaia pra ganhar as eleições.Eu sei que dentro de dias esses 2 vagabundos tarão fora das celas comendo maçaroca ao som do batuque e tudo nao passara disso
Meu Deus ate que ponto isso vai chegar?
Nomear um vereador de Urbanização alguém que não fez construção civil, grave isso.
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