Cientistas que procuram uma cura do HIV
reivindicam ter descoberto uma droga que consideram como sendo parte crucial de
uma estratégia no combate ao virus causador do Sida. A droga, designada de
Antabuse, também vendida como um genérico com o nome de disulfiram, tem o poder
de “ressuscistar” o virus e destrui-lo, momentos depois.Os pesquisadores dizem
que Antabuse foi administrada em 30 seropositivos que vinham recebendo
anti-retroviarais, nos Estados Unidos da America e na Austrália. Nestes
pacientes, a droga activou o HIV, embora em estado de adormecido.Um estudo
publicado, na passada segunda-feira em Melbourne, na Austrália, pelo jornal
Lancent, revela que não houve efeitos colaterais.Julian Elliott, do
Departamento das Doenças Infecciosas em Melbourne, reivindicou que
“ressuscitar” o virus do Sida constitui o primeiro passo para a eliminação da
doença.
De acordo com o Programa das Nações Unidas sobre o
HIV (UNAIDS), o estado latente do virus em pessoas recebendo anti-retrovirais é
o principal obstáculo nos esforços tendentes a busca de uma cura da chamada
'doença do século'.Pesquisadores afirmam que “acordar” o virus escondido em
células dormentes e destruí-las depois é uma estratégia-chave, embora até aqui
não se consiga fazer uma combinação efectiva das drogas envoldidas no teste.Sharon
Lewin, da universidade australiana de Melbourne, referiu que apesar dos
cientistas terem dado um passo em frente, ao conseguirem activar o HIV latente,
outra preocupação tem a ver com a toxidade das drogas testadas. “Com
disulfiram, entretanto, não parece constituir algum problema”, sustentou.“Este
teste demonstra que o disulfiram não é tóxico e está fora de perigo”, frisou,
acrescentando que “a dosagem de disulfiram foi apenas um estímulo do que um
pontapé dado ao virus. Mesmo assim, a droga, administrada em três dias,
aumentou o volume do virus no plasma, o que foi um passo encorajador”.
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