sexta-feira, novembro 12, 2010

Terror no hospital

Um indivíduo com perturbações mentais matou dois doentes e feriu outros três, com os quais estava internado, no Hospital Geral de Mavalane (HGM), na cidade do Maputo, a capital mocambicana.Dos três feridos, um contraiu ferimentos graves e está a receber assistência no Hospital Central de Maputo, para onde foi evacuado após a ocorrência, que gerou pânico naquela unidade sanitária. Segundo escreve o matutino “Noticias”, o incidente deu-se cerca das três horas, numa altura em que os enfermeiros pretendiam medicar os doentes. Quando menos se esperava, Cremildo Paulo, de 30 anos de idade, que havia sido internado no dia anterior com sinais de epilepsia, recusou-se a tomar o medicamento, alegando que o queriam matar, tendo de imediato abandonado o quarto.Quando os enfermeiros tentavam entender a atitude deste paciente, o indivíduo voltou à enfermaria violento, espalhou os medicamentos, desmontou as garrafas de soro ligadas aos doentes e começou a agredir a todos, incluindo o pessoal médico e os enfermos nas camas, refere o jornal. O pânico instalou-se na enfermaria, com cada um a tentar salvar-se a sua maneira porque, segundo se conta, Cremildo Paulo, dizia que não deixaria nenhum doente vivo.Enquanto o socorro não chegava, Cremildo Paulo foi espancando os doentes com recurso a qualquer coisa que encontrasse pela frente. Partiu vidros das portas da enfermaria, com os quais desferiu repetidamente golpes contra cinco doentes e um agente de segurança, que tentava detê-lo. Uma das vítimas mortais, Júlio Nhavene, de 74 anos de idade, encontrava-se na cama ao lado do agressor, enquanto a segunda, Lizete José, de 27 anos, estava internada num outro quarto, de acordo com dados fornecidos no Hospital Geral de Mavalane.Glória Jeremias Vicente, directora Clínica do HGM, disse que o “doente assassino” deu entrada na unidade sanitária levado por um amigo juntamente com agentes da polícia afectos ao Aeroporto Internacional de Maputo.Segundo Glória Vicente, os médicos que o receberam concluíram que se tratava de um epiléptico e, uma vez estabilizada a doença, o homem foi internado na Enfermaria de Medicina, onde por via de regra devia ficar. A direcção do hospital, que afasta qualquer negligência por parte do seu pessoal médico, garantiu que vai a custear as despesas dos dois funerais.

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