O Ministério moçambicano da Mulher e da Acção Social (MMAS) lançou hoje, em Maputo, as comemorações do Dia Internacional da Pessoa Portadora de Deficiência, que vai decorrer sob o lema “Inclusão da Deficiência Rumo aos Objectivos do Milénio”.As celebrações terão o seu ponto mais alto a 3 de Dezembro, Dia Internacional da Pessoa Portadora de Deficiência. Durante o período que antecede esta data serão realizadas uma série de actividades para sensibilizar a população a embarcar na construção de uma sociedade isenta de discriminação e onde todos os moçambicanos gozam dos mesmos direitos.Falando em conferência de imprensa de lançamento destas celebrações, o director nacional da Acção Social, Miguel Maússe, disse que o MMAS quer tornar esta semana num momento de exaltação dos direitos das pessoas portadoras de deficiência.“A comemoração desta data tem o objectivo de promover e divulgar os direitos das pessoas com deficiência e sensibilizar a sociedade sobre a necessidade da sua valorização”, disse Maússe.Na sua intervenção, Maússe disse que, em colaboração com diversas organizações da sociedade civil, o Governo tem estado a realizar uma série de acções para proporcionar o bem-estar social das pessoas portadoras de deficiência.A maioria das acções está inserida no Plano Nacional de Acção para a Área da Deficiência, um instrumento que cobre o período 2006/2011. Dentre as referidas acções destaca-se a integração das crianças portadoras de deficiência no ensino, através do ensino inclusivo e especial, integração das pessoas com deficiência com capacidade para o trabalho em programas de geração de rendimento, atribuição de subsídio de alimento para as pessoas com deficiência e incapacitadas para o trabalho.Essas acções, iniciadas 2006, já permitiram a formação de 1.504 pessoas portadoras de deficiência em diversas áreas de actividade, capacitação de 2.285 professores em matérias de atendimento das crianças com necessidades educativas especiais e ensino inclusivo, língua de sinais e escrita Braille.Por seu turno, o presidente do Fórum Moçambicano dos Deficientes (FAMODE), Ricardo Moresse, reconheceu os avanços registados pelo Governo e seus parceiros no sentido de se melhorar o bem-estar dos deficientes.Contudo, ele apontou para algumas limitações, particularmente no sector da educação, que apenas oferece oportunidades de formação na área das letras, faltando meios e professores preparados para leccionar disciplinas do ramo das ciências exactas.Moresse também lamenta o facto de alguns pais de menores deficientes esconderem os seus filhos em casa, negando-lhes o direito a educação, situação que agrava ainda mais a sua condição de vulnerabilidade.
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