Cerca de uma centena de antigos guardas do Alto Comissariado britânico em Maputo ameaçam manifestar-se, no próximo dia 29 de Novembro, no recinto daquela representação diplomática, exigindo indemnização referente à rescisão dos seus contratos.Para o efeito, segundo o porta-voz do grupo, António Sitoe, cartas foram submetidas ao Ministério moçambicano do Trabalho (MITRAB) e outras instituições afins de modo que a marcha decorra dentro da lei.“Nós queremos que paguem o que nos devem porque foram condenados no tribunal. Já tentámos várias vezes dialogar com o Alto Comissariado, mas em nada resultou, daí que queremos nos manifestar”, disse Sitioe citado pelo matutino “Notícias”.O jornal cita ainda uma fonte autorizada da missão diplomática britânica em Maputo como tendo conhecimento do assunto, já julgado, tendo a sentença sido favorável aos trabalhadores. Porém, de acordo com a mesma fonte, a Embaixada interpôs recurso junto do Tribunal Supremo, o que por lei implica a suspensão da execução da pena.“Estamos cientes do assunto relacionado com os ex-guardas na medida em que já houve um julgamento e uma sentença que nos condena. Todavia, interpusemos recurso que está a seguir os seus trâmites legais”, disse a fonte, acrescentando que não recebeu nenhuma carta sobre a manifestação agendada para o dia 29.Mesmo cientes desta realidade, os antigos guardas consideram que têm o direito de se manifestar naquela representação, exigindo o que lhes é devido.Os guardas trabalharam como efectivos entre 2001 e 2004, tendo sido dispensados alegadamente porque exigiam melhores condições salariais.Na altura, o grupo recebeu promessas de integração no quadro de pessoal do “Group 4 Securicor” (G4S), uma companhia de segurança privada com sede na Grã-Bretanha, medida que só beneficiou parte dos trabalhadores.Contrariados com a situação, os seguranças levaram o caso ao Tribunal Judicial da Cidade do Maputo.
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