O Tribunal Judicial da Província de Sofala, na pessoa do Juiz de Direito Dr. Luís João de Deus Malauene, notificou o Conselho Municipal da Beira (CMB) por despacho que obriga esta edilidade a entregar de amanhã até quinta-feira desta semana 14 imóveis ao partido Frelimo, na sequência do litigio sobre os mesmos que opõe o Município e o “batuque e a maçaroca”, lá vão cerca de oito anos.O facto preocupa o edil local, Daviz Simango, (Presidente do Movimento Democratico de Moçambique na oposição) que desvaloriza a sentença executiva, acusando o TJPS de a ter feito sob ordens do “n´goma e a maçaroca” (FRELIMO), que “pretende usar estes imóveis para instalação de governo paralelo ao do Conselho Municipal da Beira”. Refira-se que a Julho passado uma operação semelhante foi tentada pelo Tribunal mas devido à reacção violenta que a população ameaçava tomar tudo foi interrompido. Prevaleceu o bom senso e tudo acalmou. Daviz que é também Presidente do Movimento Democrático de Moçambique afirmou ainda que a Frelimo pretende utilizar aqueles imóveis para instalar o seu governo paralelo, visando afectar o funcionamento normal do Conselho Municipal da Beira e atrapalhar a vida dos munícipes. “Tem sido emitidos documentos às instituições utilizando o timbre da Frelimo”, afirmou para reforçar as suas convicções. O Presidente do Município da Beira deveria discursar esta terça-feira em Frankfurt, na Alemanha, num evento subordinado ao tema “Desenvolvimento e Cooperação Baseados em Valores”, mas a sua participação está condicionada a um encontro que manterá nas próximas horas com os seus colaboradores depois como anunciou ontem ao Canalmoz. O referido evento deverá decorrer de 16 a 18 deste mês. De Frankfurt, Daviz Simango rumaria a Paris, França, para contactos de pareceria com a Beira. Depois iria a Etiópia, para participar na semana da terceira reunião sobre a água em África. Daviz Simango disse que vai ponderar se irá participar nos últimos eventos, facto de que depende o desenrolar dos acontecimentos no município de que ele é presidente. Daviz Simango nada adiantou quanto ao acatar o despacho do Tribunal. Na sequência deste imbróglio, o Presidente da República Armando Guebuza chegou a reuniur a seu pedido com o Presidente do Município da Beira, um encontro de onde nada “transpirou” para o público. (na segunda foto, casais Guebuza e Simango num almoço em Dezembro de 2009 no Palácio da Ponta Vermelha).
0 comments:
Enviar um comentário