terça-feira, agosto 20, 2019

Avanços na cirurgia plástica


Imagem relacionadaO Hospital Central de Maputo (HCM) já possui valências que lhe permite usar expansores tissulares nas cirurgias plásticas e reconstrutivas. Trata-se de um procedimento que possibilita gerar pele extra para a reconstrução da zona do corpo afectada, levando a um resultado natural.Esta técnica, que nos últimos anos se tornou num dos procedimentos mais utilizadas na cirurgia reconstrutiva e que até então não era usada nesta unidade sanitária, foi introduzido pela primeira vez durante a 7ª missão medica internacional de cirurgia plástica que decorreu de 12 a 16 de Agosto.A missão composta por 19 especialistas provenientes da Califórnia, nos Estados Unidos de América era integrada por médicos cirurgiões, especialistas em feridas, enfermeiros gerais, enfermeiros especializados em queimaduras, fisioterapeutas, anestesiologistas, e outros voluntários.Foram no total assistidos, treze pacientes com idades compreendidas entre 21 meses e 44 anos de idade que apresentavam deformidades resultantes de acidentes e queimaduras de diversos graus.
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Em Moçambique, as fendas labiais e queimaduras constituem um problema de saúde pública e os pacientes exigem muitos cuidados e pessoal muito bem treinado daí que o intercâmbio que o HCM tem vindo a realizar através destas missões trazem muitos benefícios.
Imagem relacionadaFalando no quadro desta missão, Celma Issufo, directora do Serviço de Cirurgia Plástica no Hospital Central de Maputo (HCM) explica que na época fria registam-se altos índices de queimaduras principalmente em crianças devido a forte tendência de aquecer água para o banho, utilização de lareiras, aquecedores e fogões a lenha daí que alerta para tomada de medidas de precaução.Segundo Celma, com estes procedimentos o HCM pretende estar ao mesmo nível de qualidade com outros países do mundo e oferecer melhores serviços aos seus pacientes que muitas vezes recorrem ao exterior em busca de atendimento.O facto dos pacientes requererem cuidados específicos que exigem recursos materiais, nalguns casos bastante onerosos e um tratamento extremamente delicado, leva o país a grandes desafios, tais como a realização de acções de formação envolvendo cirurgiões com uma experiência acima da capacidade existente no país, daí que justifica-se a realização destas missões.De acordo com as estatísticas do sector, existem no país apenas três especialistas nacionais em cirurgia plástica e reconstrutiva para um universo de 27,9 milhões de habitantes, auxiliados por médicos de nacionalidade cubana, daí que a aposta é ter mais médicos moçambicanos para responder a demanda. São em média diariamente atendidos neste serviço, quatro a cinco pacientes maioritariamente transferidos das outras unidades sanitárias do país.

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