O
Hospital Central de Maputo (HCM) já possui valências que lhe permite usar
expansores tissulares nas cirurgias plásticas e reconstrutivas. Trata-se de um
procedimento que possibilita gerar pele extra para a reconstrução da zona do
corpo afectada, levando a um resultado natural.Esta técnica, que nos últimos
anos se tornou num dos procedimentos mais utilizadas na cirurgia reconstrutiva
e que até então não era usada nesta unidade sanitária, foi introduzido pela
primeira vez durante a 7ª missão medica internacional de cirurgia plástica que
decorreu de 12 a 16 de Agosto.A missão composta por 19 especialistas
provenientes da Califórnia, nos Estados Unidos de América era integrada por
médicos cirurgiões, especialistas em feridas, enfermeiros gerais, enfermeiros
especializados em queimaduras, fisioterapeutas, anestesiologistas, e outros
voluntários.Foram no total assistidos, treze pacientes com idades compreendidas
entre 21 meses e 44 anos de idade que apresentavam deformidades resultantes de
acidentes e queimaduras de diversos graus.
Em Moçambique, as fendas labiais e
queimaduras constituem um problema de saúde pública e os pacientes exigem
muitos cuidados e pessoal muito bem treinado daí que o intercâmbio que o HCM
tem vindo a realizar através destas missões trazem muitos benefícios.
Falando
no quadro desta missão, Celma Issufo, directora do Serviço de Cirurgia Plástica
no Hospital Central de Maputo (HCM) explica que na época fria registam-se altos
índices de queimaduras principalmente em crianças devido a forte tendência de
aquecer água para o banho, utilização de lareiras, aquecedores e fogões a lenha
daí que alerta para tomada de medidas de precaução.Segundo Celma, com estes
procedimentos o HCM pretende estar ao mesmo nível de qualidade com outros
países do mundo e oferecer melhores serviços aos seus pacientes que muitas
vezes recorrem ao exterior em busca de atendimento.O facto dos pacientes
requererem cuidados específicos que exigem recursos materiais, nalguns casos
bastante onerosos e um tratamento extremamente delicado, leva o país a grandes
desafios, tais como a realização de acções de formação envolvendo cirurgiões
com uma experiência acima da capacidade existente no país, daí que justifica-se
a realização destas missões.De
acordo com as estatísticas do sector, existem no país apenas três especialistas
nacionais em cirurgia plástica e reconstrutiva para um universo de 27,9 milhões
de habitantes, auxiliados por médicos de nacionalidade cubana, daí que a aposta
é ter mais médicos moçambicanos para responder a demanda. São
em média diariamente atendidos neste serviço, quatro a cinco pacientes
maioritariamente transferidos das outras unidades sanitárias do país.
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