Na Estátua da Liberdade, em Nova Iorque, encontra-se escrito um poema
que inspirou gerações de recém-chegados, transmitindo-lhes uma mensagem de
acolhimento a um país que, ao fim e ao cabo, foi criado e desenvolvido por
imigrantes. Mas agora que a política oficial mudou, o poema tem uma versão
nova.
O poema de Emma Lazarus diz: "Dêem-me as vossas massas pobres e
exaustas que anseiam respirar livres".
O chefe-em-exercício dos serviços de cidadania e emigração, Ken
Cuccinelli, numa conferência de imprensa, acrescentou as palavras: "que
possam aguentar-se nos seus próprios pés e não se tornem um encargo
público".
Isto acontece na altura em que a administração Trump implanta uma regra
que barra o caminho a imigrantes que tenham a probabilidade de vir a requerer
benefícios públicos, tais como alojamento e outros subsídios. A justificação
oficial é que se trata de promover os ideais americanos de autosuficiência.
Uma repórter de uma rádio pública perguntou a Cuccinelli se o poema de
Lazarus também não era parte do espírito americano, e ele respondeu: "Sem
dúvida que são. Dêem-me os vossos exaustos e os vossos pobres - que possam
aguentar-se nos seus próprios pés e não se tornem um encargo público".Cuccinelli afirmou também que a primeira lei sobre apoios públicos foi
passada mais ou menos na altura em que a placa foi colocado na estátua.
"Um timing muito interessante", comentou. E disse que ser americano é
um privilégio a que só as pessoas nascidas no país têm direito.
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