Enquanto estamos todos empenhados em mostrar ao mundo que somos um
povo de gatunos, o nosso irmão Edson André Sitoe, ou simplesmente Mexer,
vem estragar tudo. Neste fim-de-semana Mexer contrariou todo o nosso
esforço. Mexer marcou um golo importante (de empate) que praticamente
garantiu à sua equipa a conquista da taça da França, um certame bastante
mediatizado. E isso foi suficiente para todo o mundo falar bem de nós,
contrariando todo o nosso trabalho que é de promovermos a quantidade e a
qualidade dos nossos gatunos além-fronteiras.
É
que parecia estar muito bem claro para todos nós que a ideia era
fazermos de tudo para mostrarmos ao mundo inteiro que somos uma nação de
gatunos, simplesmente. Que aqui todo gajo, desde atleta, presidente,
músico, ministro, embaixadora, professor, Pê-Cê-A, etecetera, deve pura e
simplesmente surrupiar bens públicos que estiverem onde a sua mão
conseguir alcançar de modo a mantermos a nossa imagem. Pensei que este
objectivo comum tivesse sido entendido, mas, pelos vistos, não.
Mexer,
meu irmão, veja o que você fez! Agora as pessoas já sabem que
moçambicano sabe jogar futebol. Já sabem que moçambicano pode ser
decisivo numa partida daquele nível. Já sabem que moçambicano pode fazer
coisas boas. Veja só, irmão! Veja só o retrocesso! Ora, o que vamos
fazer com os gatunos que andamos a formar nesse tempo todo? O que vamos
fazer com a marca que lançamos? Vai com calma, irmão! Se for marcar, que
não seja um golo decisivo. Não estrague a bolada.
Talvez
haja uma saída. Quem sabe, se prendermos aquele "Indivíduo" dentro
desta semana as coisas mudem a nosso favor! Talvez assim as pessoas
voltem a confiar na qualidade dos nossos gatunos outra vez. Não podemos
deixar que esse miúdo estrague o trabalho de toda uma nação: criar
gatunos para exportação. Se quisermos que a nossa pilantragem seja
reconhecida mundialmente (como temos mostrado até agora) devemos todos
fazer as coisas nesse sentido. Todos, sem excepção.
- Co'licença
(Por Juma Aiuba)
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