As autoridades de Pretória não pode colocar em risco as
suas relações comerciais com os Estados Unidos repatriando o antigo ministro
das Finanças de Moçambique, Manuel Chang, diz o constitucionalista André
Thomashausen.
Chang está detido, em Joanesburgo, a pedido dos Estados
Unidos, que o casuam de ter conspirado em crimes financeiros ligados ao
escândalo das dívidas ocultas de Moçambique.
A opinião de Thomashausen surge dias depois do Tribunal de Kempton Park, na África do Sul, ter anunciado
que há provas suficientes para Chang, ser julgado nos Estados Unidos ou em
Moçambique.Tal decisão abre caminho para a extradição de Chang para qualquer
dos dois países, o que deve ser decidido pelo ministro da Justiça da África do
Sul. Tendo em conta que África do Sul é um dos principais parceiros dos Estados
Unidos no continente, e tem o vizinho Moçambique como aliado histórico,
vaticina-se que a extradição será uma decisão difícil.
Para o constitucionalista Thomashausen, “África do Sul
simplesmente não pode se arriscar ao esfriamento de relações com os Estados
Unidos só para favorecer o actual governo de Moçambique”. Ele realça que “Moçambique terá que entender que para a
África do Sul as boas relações com os Estados Unidos são essenciais, porque
dependemos muito de um acordo de tratamento preferencial dos nossos produtos,
principalmente do sector de automóveis”.
Acompanhe a entrevista:
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