O
FERROVIÁRIO de Maputo conquistou na noite de ontem o seu primeiro título
africano em basquetebol sénior feminino, ao bater o Interclube de Luanda por
59-56 na final da Taça dos Clubes campeões. As “locomotivas” juntam-se a
Maxaquene (1991), Académica (2001), Desportivo (2007 e 2008) e Liga Desportiva
(2012) no lote dos clubes moçambicanos que já ergueram este troféu. Do resto
este foi o sexto título para Moçambique em 24 edições desta prova dominada por
equipas angolanas, que a cada ano vão sendo “acouçadas” pelas moçambicanas,
nigerianas e malianas.
O
Ferroviário conseguiu a façanha depois de duas finais consecutivas perdidas
frente às equipas angolanas, num caso para se dizer a terceira foi de vez. Em
2016, em Maputo, as campeãs nacionais perderam diante do Inter de Luanda e no
ano passando sucumbiram aos pés do 1.º de Agosto, na capital angolana.
Ontem,
valeu a inspiração da americana Carmen Thomas, quanto a nós melhor em campo,
jogadora que carregou o Ferroviário às costas, tendo feito um triplo decisivo a
41 segundo do fim. Depois da confirmação do título, houve uma explosão de
alegria no pavilhão do Maxaquene, palco do encontro que estava completamente
lotado por um público ávido que testemunhava mais uma conquista do basquetebol
nacional.
A
proeza do Ferroviário reaviva igualmente a rivalidade entre equipas e selecções
moçambicanas e angolanas no basquetebol feminino, caracterizado por despiques
bastantes equilibrados e nivelados. Aliás, o 59-56 do embate de ontem é
testemunha disso. Foi mais um jogo equilibrado, emotivo, táctico, enfim, ganho
no pormenor.
A
moçambicana Anabela Cossa esteve no “ideal” da competição, ao ser eleita a
melhor extremo. O “cinco” é composto por Italee Lucas (MVP e melhor base),
Anabela Cossa (melhor extremo e triplista), Jamel Nansikombi, do KPA do Quénia
(melhor extremo e marcadora com 120 pontos), Aisha Mahomed (melhor “pivot” e
ressaltadora) Ginette Makiese (melhor “pivot”), ambas do First Bank da Nigéria.
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