O recém-chegado director da “Vale Moçambique”, Pedro Gutemberg,
anunciou que a empresa registou um prejuízo de 44 milhões de dólares no decurso
do primeiro trimestre de 2014. Aquele responsável precisou que os prejuízos
decorrem dos elevados custos operacionais no sector do carvão em Moçambique e
à queda vertiginosa do preço do minério no mercado internacional. Na semana
passada, duas locomotivas tombadas, 26 vagões destruídos, 150 metros de linha
danificados, 50 metros de plataforma removidos, a interrupção do tráfego e a
perda de 1638 toneladas de carvão mineral foi o resultado do pior
descarrilamento registado na linha de Sena, no centro de Moçambique. Este
descarrilamento duma composição com duas locomotivas e 42 vagões carregados de
carvão extraído em Moatize pela “Vale Moçambique”, subsidiária do grupo
brasileiro “Vale”, causou também ferimentos nos maquinistas das locomotivas. Citado
pela agência “Macaub”, o director da Brigada de Reconstrução da Linha de Sena,
Elias Xai-Xai, disse que a parte mais afectada por este descarrilamento é a
plataforma, zona onde assentam o balastro, chulipas e carris, cuja reposição
vai exigir uma profunda compactação dos solos. Se, há dois anos, o preço da
tonelada de carvão se situava em 250 dólares no mercado internacional,
actualmente a mesma quantidade está cotada em cerca de 100 dólares, adiantou o
director da “Vale Moçambique”. Pedro Gutemburg salientou que é necessário
garantir a eficiência máxima ao longo de toda a cadeia de valor da produção de
carvão em Moçambique. Caso tal não seja possível, conclui Gutemburg: “Os
resultados manter-se-ão negativos e dificilmente vamos conseguir atrair novos
investimentos”.
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