Como é sabido Carlos
Jeque já não é Presidente do Conselho de Administração da empresa pública
Linhas Aéreas de Moçambique (LAM). A decisão foi tomada numa assembleia-geral
extraordinária que teve a presença do Instituto de Gestão das Participações do
Estado (IGEPE). Para o lugar de Carlos Jeque foi indicado Silvestre Sechene,
antigo PCA da EMOSE. Isto acontece na sequência dum conjunto de escândalos que
está a acontecer na empresa e que tem sido reportado com provas documentais
pelo semanário Canal de Moçambique. A empresa está mergulhada num caos, com
descontentamento generalizado dos trabalhadores, que acusam Marlene Manave, a
administradora-delegada, de estar a gerir a empresa de forma irresponsável, o que
tem estado a reflectir-se em atrasos e avarias constantes dos voos. O Governo
decidiu deixar toda a equipa responsável pelo caos, e atacou o elo mais fraco,
para encobrir a anarquia. A decisão de afastar Carlos Jeque suscitou a
ira de todos os trabalhadores, incluindo pilotos, que sabem que quem está a
destruir a LAM é Marlene Manave, actual administradora-delegada, e o seu grupo.
Carlos Jeque, quando chegou à LAM, em 26 de Junho do ano passado, tentou pôr
ordem, mas começou a ser combatido e acabou isolado. Já não tinha acesso a
qualquer informação relevante da empresa. Ouvia tudo pelos corredores e pela
comunicação social e acabou demitido como bode expiatório. O grupo de Marlene
Manave, que é acusado de arruinar a empresa, diz que tem protecção do partido
Frelimo e que ninguém o tira de lá, aconteça o que acontecer. E a decisão do
Governo de manter o referido grupo vem comprovar que, de facto, a intenção é
perpetuar os desmandos.
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