quarta-feira, maio 27, 2020

4 de olho nos Jogos Olímpicos


Depois de paralisar os trabalhos que arrancaram em Fevereiro, muito antes da entrada em vigor do estado de emergência, a Federação Moçambicana de Judo (FMJ) perspectiva voltar à carga com as actividades da modalidade em Setembro do ano corrente. A informação foi avançada, há dias, pelo vice-presidente da agremiação, Nilton Mujovo.
Temos grandes possibilidades de estar nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020”
O vice-presidente da Federação Moçambicana de Judo, Nilton Mujovo, disse que, com a Covid-19, a agremiação teve que reajustar o calendário, à luz da mudança internacio-nal, tendo por isso mudado a forma como os atletas treinam actualmente. Segundo declarações de Mujovo, a Federação Internacional de Judo mudou o calendário, marcando o início das actividades para o mês de Setembro, tendo em conta a situação actual do coronavírus. O interlocutor do Dossiers & Factos considera que alguns países já estão a abrir as suas portas, têm feito alguns treinos de uma forma limitada, razão pela qual a agremiação desportiva que dirige espera chegar Setembro para que os atletas possam seguir com o ciclo de qualificação. “Estamos na corrida dos Jogos Olímpicos de Tóquio, apesar de termos atletas bem posicionados no ranking para a possível  qualificação”, fez saber a fonte, para depois dizer que haverá o Africano em Novembro, e os atletas estão a cumprir o programa de treinos a partir de casa, para não perder a forma, com os treinadores orientando-os via video conferência, para fazê-lo de uma forma mais segura, cumprindo com todas as medidas de prevenção da Covid-19. Segundo relata Mujovo, a FMJ abriu a sua época desportiva em Fevereiro do ano em curso. E, nessa fase, os atletas nas suas diversas “geografias” seguiram os treinos, e houve cursos de treinadores, contudo, viram--se obrigados a parar por conta do decreto presidencial.
 
Federação Moçambicana de Judo (@mocambiquejudo) | TwitterO sonho de estar presente nos próximos Jogos Olímpicos não passa ao “lado” da FMJ, pelo que, conforme diz Mujovo, neste momento, tem quatro atletas como aposta. Trata-se de Artur Carlos Júnior, 76 quilos; Airton Siquir, 73 quilos; Kevin Loforte, 66 quilos; Jacira Ferreira, 52 quilos. Assim sendo, o vice-presidente da FMJ conta com o apoio do Comité Olímpico de Moçambique (COM) e dos patrocinadores nas acções de treino dos atletas para a qualificação. Partindo dos pressupostos do passado, como a qualificação do Campeonato Africano, que teria lugar em Marrocos, em Abril deste ano. O Grand Prix da Turquia, o Open do Chile e da Argentina, abre espaço para se ser céptico e dizer que os moçambicanos estarão nos Jogos de Tóquio “Moçambique tem possibilidades de dar-se muito bem nos Jogos Olímpicos. Por exemplo, já esteve presente em várias edições. 


Agora, pretendemos qualificar não apenas um atleta, mas quatro”, sonhou a fonte, que acredita no facto de ser possível, porque os atletas de alto rendimento têm potencial, demonstrado pela conquista de várias competições a nível regional. Para Mujovo, no ranking de África, Moçambique está nos primeiros dez lugares, o que significa que à qualificação, mesmo que fosse hoje, todos os atletas podiam lá chegar. Aliás, Mujovo disse à nossa equipa de reportagem que, “no centro de estágio, praticamente tínhamos um atleta, em Portugal, que é o Artur Carlos Júnior, que actualmente se encontra a treinar no Clube Sporting de Portugal. O mesmo havia interrompido as suas actividades, devido à Covid-19, mas, com o relaxamento das medidas pelo governo português, voltaram aos treinos de uma forma paulatina. Penso que está num bom nível para ganhar medalhas para o nosso país. (D&F Arão Nualane )

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