Depois de paralisar os trabalhos que
arrancaram em Fevereiro, muito antes da entrada em vigor do estado de
emergência, a Federação Moçambicana de Judo (FMJ) perspectiva voltar à carga
com as actividades da modalidade em Setembro do ano corrente. A informação foi
avançada, há dias, pelo vice-presidente da agremiação, Nilton Mujovo.
O vice-presidente da Federação Moçambicana
de Judo, Nilton Mujovo, disse que, com a Covid-19, a agremiação teve que
reajustar o calendário, à luz da mudança internacio-nal, tendo por isso mudado
a forma como os atletas treinam actualmente. Segundo declarações de Mujovo, a
Federação Internacional de Judo mudou o calendário, marcando o início das
actividades para o mês de Setembro, tendo em conta a situação actual do
coronavírus. O interlocutor do Dossiers & Factos considera que alguns
países já estão a abrir as suas portas, têm feito alguns treinos de uma forma
limitada, razão pela qual a agremiação desportiva que dirige espera chegar
Setembro para que os atletas possam seguir com o ciclo de qualificação.
“Estamos na corrida dos Jogos Olímpicos de Tóquio, apesar de termos atletas bem
posicionados no ranking para a possível qualificação”,
fez saber a fonte, para depois dizer que haverá o Africano em Novembro, e os
atletas estão a cumprir o programa de treinos a partir de casa, para não
perder a forma, com os treinadores orientando-os via video conferência, para
fazê-lo de uma forma mais segura, cumprindo com todas as medidas de prevenção
da Covid-19. Segundo relata Mujovo, a FMJ abriu a sua época desportiva em Fevereiro
do ano em curso. E, nessa fase, os atletas nas suas diversas “geografias”
seguiram os treinos, e houve cursos de treinadores, contudo, viram--se
obrigados a parar por conta do decreto presidencial.
O sonho de estar presente nos próximos
Jogos Olímpicos não passa ao “lado” da FMJ, pelo que, conforme diz Mujovo,
neste momento, tem quatro atletas como aposta. Trata-se de Artur Carlos Júnior,
76 quilos; Airton Siquir, 73 quilos; Kevin Loforte, 66 quilos; Jacira Ferreira,
52 quilos. Assim sendo, o vice-presidente da FMJ conta com o apoio do Comité
Olímpico de Moçambique (COM) e dos patrocinadores nas acções de treino dos
atletas para a qualificação. Partindo dos pressupostos do passado, como a
qualificação do Campeonato Africano, que teria lugar em Marrocos, em Abril
deste ano. O Grand Prix da Turquia, o Open do Chile e da Argentina, abre espaço
para se ser céptico e dizer que os moçambicanos estarão nos Jogos de Tóquio
“Moçambique tem possibilidades de dar-se muito bem nos Jogos Olímpicos. Por
exemplo, já esteve presente em várias edições.
Agora, pretendemos qualificar
não apenas um atleta, mas quatro”, sonhou a fonte, que acredita no facto de ser
possível, porque os atletas de alto rendimento têm potencial, demonstrado pela
conquista de várias competições a nível regional. Para Mujovo, no ranking de
África, Moçambique está nos primeiros dez lugares, o que significa que à
qualificação, mesmo que fosse hoje, todos os atletas podiam lá chegar. Aliás,
Mujovo disse à nossa equipa de reportagem que, “no centro de estágio,
praticamente tínhamos um atleta, em Portugal, que é o Artur Carlos Júnior, que
actualmente se encontra a treinar no Clube Sporting de Portugal. O mesmo havia
interrompido as suas actividades, devido à Covid-19, mas, com o relaxamento
das medidas pelo governo português, voltaram aos treinos de uma forma
paulatina. Penso que está num bom nível para ganhar medalhas para o nosso país.
(D&F Arão Nualane )
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