terça-feira, junho 29, 2010
segunda-feira, junho 28, 2010
Acorda Quelimane!
Nos últimos dias, diante das noticias relacionadas com a gestão da Cidade de Quelimane, tenho viajado a um passado não muito distante em que as questões municipais foram sempre cerne da política local. De certa forma a ausência de opinião sobre os últimos e repudiáveis acontecimentos estabeleceu-se em função da falta de tempo de quem nela habita e também de julgar que a necessária reflexão sobre o caótico cenário político municipal é de responsabilidade do elenco do senhor Pio Matos . No entanto, não há muito que pensar. O facto é que, mais uma vez, Quelimane encontra-se submersa num mar de lama sem fim. Mais uma vez torna-se alvo da mídia nacional na propagação das piores notícias em relação aos seus eleitos e compromisso eleitoral. Sem comentar sobre a situação deste e daquele , é inevitável ressaltar que, quando se trata de gestão municipal, Quelimane é o apogeu do caos e da instabilidade. E o povo, as classes, a sociedade civil, o que têm feito até agora? Apenas indignar-se! Porém, a indignação pode e deve ser o ponta-pé inicial num processo de luta e de transformação desse quadro dramático e vergonhoso que tem assolado a nossa hospitaleira cidade. Agora é preciso mais do que indignação, é preciso junção, determinação e movimentação contra a inércia de tantos anos que acomoda um número grande de pessoas. Todos sabemos que somos cúmplices e vítimas, vítimas da nossa cumplicidade e de toda a inércia. Que tipo de sociedade é esta que convive com tal ambiente caótico, sem que acorde para emergir da lama que a soterra?
Não haverá na “terra” gente inspirada nos moldes de alguns momentos mais importantes da história de outros lugares, uma vanguarda que nos guie para fora deste descalabro?
Incrível ....mas o cenário mostra que os movimentos de vanguarda tendem ao fracasso, e traem os seus propósitos fundamentais. Preferimos jantar os nossos próprios restos mortais, cercados pelos abutres, com a gargalhada das hienas do poder como música. Um banquete de podridão antropofágica. O Município está limitado financeiramente para as obras que urge faze-las e delas depende outras para que resultem na solução dos problemas que enfermam a cidade. Não adianta a persistente cirurgia plástica para cessar a metástase do carcinoma.
As "obras" parecem uma dona de casa moribunda, que acende todas as luzes, liga o fogão sem que haja panelas para cozer algo. Chegou a hora de romper todo este nosso imobilismo, superar diferenças, e juntar numa frente ampla gente de calibre que por outras vias e conhecimentos podem abrir portas. Que os vereadores, decidam parar de tentar agradar a deus e o diabo, e juntem-se sem complexos aos esforços dos homens e mulheres de boa vontade. Não há futuro para os munícipes de Quelimane se mantivermos as coisas como estão. Conheço pessoas que não tem a voz suave e aveludada,mas que têm educação e respeito com a população.Juntando a voz pouco suave e não aveludada,com as palavras agressivas e sem respeito soa aos meus ouvidos, como berros...
É hora de parar, reflectir e agir.
É esta história que os homens públicos querem legar aos seus descendentes e sua biografia?
Este é o momento de ruptura que exige medidas de excepção. Livremo-nos das nossas diferenças e sigamos pelo que nos une. A situação é muito maior que as diferenças e vai muito além das questões partidárias. Acorda Quelimane!
Aeroporto futurista



Só saí com cirurgia


Privados ignoram dia de Moçambique

Não existiu segundo golo da Inglaterra
O segundo dia dos oitavos de final do Mundial da África do Sul foi fatal para os árbitros, que diga-se, até tiveram uma primeira fase de Campeonato do Mundo bastante positiva. Os erros grosseiros no Alemanha-Inglaterra e no Argentina-México, em fases do jogo em que tudo estava em aberto, são admissíveis, porque errar é humano. Mas porquê continuar a ignorar o óbvio? O mundo em que vivemos utiliza diariamente a tecnologia para facilitar o dia-a-dia de cada um, mas ainda hoje a mesma é vista com desconfiança pelos “senhores puristas do futebol”, que defendem que o desporto rei deve manter-se fiel às suas raízes. Essa é uma teoria sem espaço, num desporto em que são investidos milhões em publicidade, infra-estruturas e metodologias de treino cada vez mais científicas e apoiadas nas últimas descobertas informáticas. Porque o orgulho do senhor Blatter ao manter a ideia de que as novas tecnologias vão matar o futebol?
A verdade desportiva tem vindo a ser adulterada. O essencial não é distribuir culpas, é preciso isso sim, encontrar soluções capazes de credibilizar um desporto que emociona milhões e que não pode estar dependente de ajuizamentos como os de Jorge Larrionda e Koman Coulibaly deste mundo. Primeiro, os ingleses reclamaram a não marcação de um golo legítimo de Frank Lampard num remate no qual a bola bateu no travessão e ultrapassou a linha da baliza da Alemanha. O juiz uruguaio Jorge Larrionda, porém, ignorou. Depois, os mexicanos não se conformaram com o primeiro tento da Argentina, quando o atacante Carlos Tévez marcou em posição de fora de jogo, mas o italiano Roberto Rosetti --mesmo 'alertado' pelas imagens repetidas e vistas por milhares de pessoas nas telas gigantes do estádio. Em suma, a implementação das novas tecnologias no futebol é uma questão de honestidade intelectual.
domingo, junho 27, 2010
Continuamos na Internacional Socialista

Naquilo que disse está tudo correcto, com a excepção da afirmação de que a ideologia (da Frelimo) está fundada no capita lismo. Tem umas actividades que são de base capitalista, mas que os nossos objectivos ainda são socialistas. Por isso é que nunca deixamos de ser membros da Internacional Socialista, porque ainda acreditamos na justiça social, o que não é possível num sistema de capitalismo puro. Ter uma economia de mercado é normal mesmo em sistemas socialistas; é só olhar para os países escandinavos; a economia lá é de mercado, mas que nós nos baseamos nos princípios de socialismo que têm a ver… há uns que gostam d

Mas os dados mais recentes indicam que o fosso entre os ricos e os pobres em Moçam bique está a aumentar. Isso contraria essa noção de distri buição equitativa…
Está a aumentar porque…. há pobreza absoluta. Mas não são esses que são absolutamente pobres que


O seu camarada Jorge Re belo disse recentemente em público que o espaço para crítica estava a reduzir-se dentro da Frelimo. Será isso um problema de liderança, em que os líderes têm uma aversão à crítica, ou será que os quadros simplesmente se demitiram do seu sentido crítico?
Não sei, porque como eu não tenho acompanhado o Presidente da República, e tenho participado em poucas reuniões, não sei como é que eles fazem lá dentro. Mas eu nunca ouvi alguém a ser travado de dizer o que quisesse dizer. Segundo o que eu sei na Frelimo não é proibido dizer asneiras… o que se pode é debater aquilo que a pessoa disse; há pessoas que podem pensar que porque se debate, e que as pessoas não concordam com elas, não estão a aceitar uma crítica que tenham colocado. Não sei o que se passa, mas penso que o Jorge Rebelo deve estar a referir-se a casos concretos que

sexta-feira, junho 25, 2010
Leia o "Capitão"

quinta-feira, junho 24, 2010
Planificação física em Moçambique independente
quarta-feira, junho 23, 2010
segunda-feira, junho 21, 2010
Problema ou símbolo de modernidade?

Acredito que é do conhecimento dos estimados leitores de que a sociedade actual tem escolhido a sua forma de estar, dando um enfoque à juventude e não só, bem como outras camadas sociais.Reconheço as dificuldades em se combater este fenómeno da mini-saia, se calhar a própria sociedade concorde assim como não. Este texto é mera análise. Este fenómeno analiso-o em três perspectivas:
1º- Como sendo uma escolha da própria sociedade na medida em que as mulheres do século XXI estão preocupadas com a beleza exterior com vista a quererem se fazer presentes, procurando enaltecer as suas reputações. Ainda nesta perspectiva, este fenómeno prevalece constantemente porque os órgãos de informação, bem como a indústria de vestuário ser a primeira publicitária de moda, através dos programas ilustrativos das celebridades do mundo da fama.Aliado a isso, encontramos a constante competição, na medida em que as mulheres procuram se distinguir na sociedade.
2º Os que propriamente condenam, entrando em choque em relação aos que acolhem. Se uma celebridade aparece em grande numa grande entrevista de mini-saia, o que pelo contrário deve-se fazer passar por decente, que mensagem oral irá transmitir ao público?
3º Como símbolo da modernidade, isto porque se formos a ver, por exemplo, em algumas escolas da capital e não só, a saia do uniforme escolar está acima dos joelhos, deixando de fora as ancas para o público. É símbolo de modernidade na medida em que é para a exaltação da beleza feminina, a moda nelas inerente simplesmente desenha o corpo, o resultado dessa forma de vestir é meramente única: marcar a diferença.
Como combater o fenómeno se alguns músicos tiram os clipes musicais ao lado de mulheres semi-nuas? Que análise fazem os familiares desses músicos e a sociedade em geral?
É frequente a presença do traje a “vestidinho”, o diminuitivo do vestido em frente de figuras públicas, mas isso não acarreta nenhuma crítica do lado dos órgãos de comunicação social. Já se fez vários debates e eventos a nível nacional e internacional acerca da cultura, o que é de louvar, faltando apenas corrigir se for problemática à margem da dignidade da nossa sociedade ou admitir-se for da nossa concórdia.Geralmente culpa-se a juventude propriamente dita, o que em uma análise um pouco aprofundada, pode-se notar que mesmo as que deviam evitar muita das vezes são as primeiras a capricharem-se da indumentária pouco decente na perspectiva moral.Este pensamento não reflecte uma absoluta negação em torno da roupa curta, apertada e decalcadora das mulheres, mas pela falta de observância de onde pode ser exibida, não se toma em conta o local que seja apropriado para tal; outras, sem o mínimo de ética, aparecem na entrevista de emprego de saia curta desconhecendo as suas desvantagens sob ponto de vista da ética profissional.As mulheres devem estar cientes na formação da sua personalidade, estamos numa sociedade que confunde os factos; pois o que o homem sabe que a mini-saia é para pessoas de conduta indecente, de espírito de prodigalidade moral e sem o mínimo de respeito com os outros. (Texto de Mateus Licusse/JN)
domingo, junho 20, 2010
Fogo no paraíso



sábado, junho 19, 2010
Sociedade civil



• A resistência de ouvir, averiguar e tomar medidas, só o fazendo em caso de insus tentabilidade dos assuntos, procurando-se transmitir que são casos isolados.
• Sinais tímidos de mudança ou de promessas em mudar surgem sempre com a imagem de que partiu de dentro da governação ou do partido no poder, capitalizando politica mente em benefício próprio os posicionamentos de terceiros.
• Por vezes, as partes visadas respondem como se os casos apresentados fossem mentiras forjadas e a com falta de provas.
• Ineficácia ou medo dos agentes que realizam auditorias às instituições. Quando existe coragem e denúncias escritas, tudo indica que os relatórios são sonegados.
• Existe uma clara debilidade da socie dade civil, o que é medido pela (in)capacidade de influência dessas organizações e pelas reacções minimalistas e/ou diversionistas face às questões colocadas.
Apesar do exposto, é importante que a sociedade se estruture em organizações não partidárias nem “infiltradas”, que defendam os interesses dos colectivos que representam e possuam capacidade reivindicativa. A cidadania consciente e generalizada é sem dúvida um caminho de construção de uma nação plural. Enquanto a nhama for dando, é provável “absorver” grande parte de uma elite diminuta, incluindo da sociedade civil. Mas é impossível travar o movimento da cidadania a longo prazo. A economia e o sistema são demasiados débeis para “absorver (ou corromper) milhares de pessoas que cada vez mais se formam, que se informam e que ganham a consciência e exercem uma cidadania activa.(Por João Mosca / economista)
... então estamos juntos





sexta-feira, junho 18, 2010
José Saramago

Póquer e narcotráfico
Estórias de droga todos conhecemos.Não porque sussurradas em intimidades ou medos de represálias. Não. A circulação de haxixe, mandrax e cocaína tem sido largamente reportada na imprensa e pela polícia. A venda e consumo de heroína no bairro que em Maputo ganhou a designação de “Colômbia” foi prémio internacional de jornalismo investigativo em África. Está glossado em livro. O conhecimento público tem sido acompanhado por preocupantes relatórios internacionais. De polícias e das próprias Nações Unidas. Sugestões e mesmo nomes têm sido passados a entidades moçambicanas. Na opinião destes interlocutores do governo moçambicano, as respostas não são convincentes, a falta de acção é exasperante. Para consumo público, o que sempre tem faltado, depois de alguns desacertos iniciais nos cartéis locais na década de 90, são os nomes sonantes que alimentam o tráfico da droga. A nomeação de um “barão de droga” moçambicano corresponde a uma progressão natural nas confrontações de bastidores que há anos se vêm travando. Por outras palavras, e num cenário puramente interno, os sectores de Estado ainda não capturados, não têm demonstrado estar em correlação de forças favorável para afastar o cancro da droga que faz do país campo de trânsito entre a Ásia Central, a América Latina, a África do Sul e a Europa. Do ponto de vista externo e das estratégias de segurança, a droga não é apenas um problema de saúde pública. A droga infiltra os sistemas financeiros – argumenta-se que uma parte da artificial opulência de Maputo vem da lavagem de dinheiro dos narcóticos – e serve para financiar redes de outros tráficos como
armas, crianças e prostituição. Apesar dos distanciamentos oficiais, o ênfase nos fundamentalismos religiosos, o envio de moçambicanos a escolas corânicas no exterior já passou a estatuto de segurança internacional.
O duro relatório sobre o tráfico humano libertado esta semana completa um triângulo de complicada gestão para as autoridades moçambicanas. Os dramas no seio do executivo não se colocam apenas entre a ala corrompida e os não infectados. As instituições de Estado, nomeadamente as agências que têm que lidar com questões de lei e ordem têm limitações enormes. Passando ao lado da evidente politização do narcotráfico, basta ver como um criminoso de delito comum, Agostinho Chaúque, fez gato sapato da polícia. Apesar das fragilidades, o extremo autismo e soberba de quem deve equilibrar os posso e quero na nervosa balança do jogo das dependências, entornou panela e caldo em Outubro, na miragem de uma maioria absoluta, à semelhança de Angola e África do Sul. A factura aí está. Servida meticulosa e friamente. Um primeiro trimestre a pão e água que deixou o metical a tremer e agora, mais maquiavélico, um punhal lançado à intimidade das sensibilidades cortesãs. Desenganem-se os que pensam que as pressões vão abrandar. As respostas ao tráfico e lavagem de dinheiro da droga não se fazem com arrogância e as cortinas de fumo da propaganda. Se – e é um se muito problemático – se os sectores não capturados puderem e quiserem, a triste estória do “barão de droga” pode ser um começar renovado para o lavar da cara de que o país precisa. Por exemplo, pela cooperação com os que nos podem ajudar a limpar o país. No pano verde da conjuntura actual – que é difícil e complexa – como num jogo de póquer, Moçambique pode pagar para ver. Só assim afasta o bluff. A terminar, e para os que gostam de slogans, ser-se patriota é ser-se orgulhoso de um país limpo de drogas e brasonados de má memória. (texto: Fernando Lima, colunista do jornal SAVANA)
Chávez responde a perguntas embaraçosas
quinta-feira, junho 17, 2010
Dedicação pelos animais

Uma das modas dos últimos tempos é a exploração da imagem dos animais como forma de trazer lucro ao bolso de pessoas, que na maioria das vezes, não se importam nem um pouco com a vida destes.Na verdade os animais são tratados como propriedade ou mercadoria.Este mercado, que não se estende a Moçambique, não faz nada além de explorar a imagem animal, da forma mais lucrativa. A grande maioria dos produtores de produtos animais trabalham como proeminentes defensores da causa animal. Mas não há nada mais deprimente do que ver inseridos neste mercado de protetores de animais de forma totalmente contrária aos preceitos da Proteção Animal. Se a indústria da exploração animal fez umas poucas melhoras em alguns aspectos do tratamento animal, essas melhoras foram, na maior parte das vezes, limitadas à medidas que tornaram a exploração animal mais lucrativa. Países há que perante a lei, são considerados "objectos de direito", assim como os bens materiais, como qualquer objecto. Na verdade, isto traduz a condição de seres que, privados de raciocínio, tal como o dos seres humanos, nunca foram capazes de lutar pelos próprios direitos. O homem explora de todas as formas a beleza, a peculiaridade e os aspectos curiosos dos animais. Quando se fala em exploração e crueldade animal a primeira coisa que vem à nossa mente é a exploração relacionada à alimentação. Contudo, alimentação não é a única forma de exploração animal. Milhões de animais são mutilados e abatidos anualmente para a produção de roupas e acessórios de vestuário. A defesa dos direitos dos animais constitui um movimento que luta contra qualquer uso de animais não-humanos que os transforme em propriedades de seres humanos, ou seja, meios para fins humanos. Contudo , pessoas há que gostam e sentem pena dos animais. São pessoas que têm sensibilidade. Algumas conseguem organizar associações de proteção dos animais, e mesmo com muita dificuldade, pois são raríssimas as vezes que elas recebem ajuda por parte dos governos locais.Em Moçambique, ao que se sabe, não há ainda acções mesmo individuais nesse sentidoc. Clik na foto de baixo para ampliar.