A 24 de Março a vila de Palma foi atacada por um grupo de trerroristas e mais de duas centenas de pessoas procuraram refúgio no hotel Amarula, onde habitualmente se hospedavam os funcionários de empresas estrangeiras que operam na região de Cabo Delgado. É ali, por exemplo, que a petrolífera francesa Total estava a iniciar os trabalhos de exploração de uma reserva de gás natural, num dos maiores projectos do continente africano.
Entre os 200 civis que se refugiaram no Amarula havia 20 de origem europeia, diz a Amnistia Internacional, e foram eles os primeiros a serem resgatados. Entre os primeiros grupos a serem salvos estavam os dois cães pastores alemães do gerente do hotel, que foram priorizados face ao resto das pessoas abrigadas.
“Depois de a maioria dos funcionários brancos e de alguns cidadãos nacionais abastados – entre os quais o administrador de Palma – serem salvos, os que ficaram para trás tentaram fugir por terra”, acabando por ser atacados pelos jihadistas, diz a Amnistia. Dias depois do ataque, eram encontrados corpos de pessoas decapitadas nas imediações do Amarula.
O relatório baseia-se em entrevistas a onze pessoas que estiveram refugiadas no hotel Amarula, entre as quais cinco que fugiram a pé e sobreviveram ao ataque posterior. As testemunhas apontam responsabilidades à gerência do hotel e aos operacionais do Dyck Advisory Group (DAG), uma empresa de segurança privada sul-africana que apoiava as autoridades locais nos combates contra os jihadistas na região.
0 comments:
Enviar um comentário