sexta-feira, setembro 04, 2020

Os nomes de que se falam

Como tem sido apanágio, já está em curso a formação de alianças dentro da Frelimo, tendo em vista a sucessão de Filipe Nyusi em 2024. Se, por um lado, já há informações dando conta que tal como aconteceu com ele, o actual Chefe do Estado e da Frelimo já está a pesquisar figuras de consenso dentro da Frelimo para encontrar um candidato da ala leal a si, por outro, a ala leal a Guebuza com aspirações sulistas pretende recuperar o poder (39 anos).É que, segundo alguns corredores, quando os macondes (C.Delgado) assumiram o poder, trataram de assumir os grandes interesses económicos, incluindo círculos do negócio do gás, excluindo da mesa farta os camaradas do sul, habituados a tocar o batuque.Embora, por convenção das partes, seja quase certo que os próximos dois ciclos de governação (se os camaradas ganharem) vai para o centro, a ala do sul, visivelmente marginalizada, quer endossar a sua confiança num candidato que lhes possa garantir vida fácil após 2024.Por outro lado, a ala maconde, que já conhece o sabor do poder, está a aproveitar-se das suas ac-tuais influências para comprar a lealdade do próximo círculo do poder. Nesta equação estão in-clusos os negócios chorudos, que de forma predatória estão a ser a bocanhados pelos actuais “donos da situação”.

Tal como revelou o Dossiers & Factos na sua edição (376), a luta pelo poder já começa a ganhar forma, e alguns nomes já estão a ser vaticinados para o cargo governamental. Mas o jogo de força gravita em torno do trio Joaquim Chissano, Armando Guebuza e Filipe Nyusi, para além de outros quadros com poder político, financeiro e social dentro das hostes partid-rias, e não só.

Um deles é José Pacheco (Sofala), que durante vários anos e mandatos esteve a ocupar cargos governamentais (Agricultura e Interior), desde o de governador provincial, de dirigente de órgãos dentro do partido, e até de ministro, tendo trabalhado com os três presidentes da era pós-Samora Machel. Outro nome que nos é citado é o de António HamaThay, antigo combatente, e que durante a era do saudoso Samora Machel ocupou cargos de comando e chefia ao nível das Forças de Defesa, entre outros cargos dentro do Partido Frelimo. Para além desta personalidade, segue o nome de Filipe Chimoio Paúnde, que também ocupou cargos de governação e de expoente máximo do partido, como secretário-geral desta que é a maior formação política nacional. 

Ainda da lista que nos foi revelada, outro nome que consta é o de Jaime Basílio Monteiro, que recentemente exerceu o cargo de ministro do Interior. Outro nome que nos foi avançado, ainda que com alguma reticência, por razões que preferimos omitir, é o de Luísa Diogo (antiga 1a. ministra e das finanças,Tete), que, tal como outros quadros acima mencionados, já ocupou cargos governamentais, incluindo políticos, dentro do partido.

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