O conselho municipal da cidade de Chimoio, capital provincial de Manica, demoliu no passado fim-de-semana mais de vinte estabelecimentos de comércio informal do mercado Jumbo, o facto deixou indignado os vendedores daquele mercado informal, uma vez que não têm outros espaços para exercer as suas actividades.
Trata-se vendedores de roupa usada, vulgo calamidade e outros de confecção de alimento no mercado Jumbo na cidade de Chimoio, pois na expectativa de começar a manha Dominical nas suas bancas, entretanto encontraram os seus estabelecimentos reduzidos em entulho.Segundo relatos, a demolição ocorreu nas noites de sexta-feira e Sábado, pois de acordo com os vendedores informais, o Conselho Municipal de Chimoio não avisou que iria destruir as bancas.
Os vendedores mostram-se revoltados pela acção empreendida pela edilidade, pois sempre são cobrados imposto pela prática daquela actividade económica, em contrapartida a sua fonte de renda foi destruí-da na totalidade e parcialmente sem explicação plausível. Natália Mário é vendedora de roupa usada há 5 anos, o concelho Municipal lhe concedeu um espaço no mercado Jumbo há três anos, no entanto este Domingo, viu a sua banca reduzida em destroço, “eu cheguei aqui para abrir minha banca, mas quando encontrei já estou a ver tudo para baixo, tijolos só, dizem que conselho municipal destruiu a noite”, disse. Outra vendedora é Maria Manjate, de 54 anos de ida-de, afirma com tristeza que trabalhou duro para erguer o seu estabelecimento, mas já não pode mais preparar alimentos para os seus clientes,porque o estabelecimento foi destruído parcialmente.
“O município está a dizer que este espaço é do CFM mas mesmo assim nos autorizou a construir banca aqui, agora veio destruir, como vamos fazer, se nós vivemos disso, as nossas famílias comem através desse negócio, o município deve nos indicar outro espaço para fazermos o nosso negócio”, explicou Maria Manjate. Esta classe social mostra-se marginalizada pela edilidade, ademais dizem estar a deriva, pois o conselho municipal não indicou até ao momento espaço para os mesmos venderem os seus produtos, no entanto o comércio informal é a base do sustento desses vendedores.
A nossa reportagem aproximou ao conselho municipal da cidade de Chimoio, de modo a se apurar as reais causa da demolição de mais de 20 estabelecimentos do comércio informal do mercado Jumbo, em que a vereadora para área de actividades económica daquela instituição, Piedade Nogueira, explica ao semanário Zambeze que a acção enquadra-se na restruturação de mercados da urbe. “O conselho municipal de Chimoio está levar a cabo uma campanha de restruturação dos mercados de Chimoio, por exemplo aquele espaço do Jumbo pertence aos CFM, pois nós entramos em acordo com o CFM para que nós concedesse aquele espaço durante um tempo, e esse tempo já expirou, tanto que a própria CFM está a construir um muro de vedação, porque já quer o seu espaço”, explica. Piedade Nogueira acrescenta que a edilidade destruiu bancas que não eram ocupadas durante muito tempo pelos vendedores, outrossim os comerciantes já dispõe de um espaço no bairro 7 de Abril, na periferia da cidade de Chimoio. (Por KELLY MWENDA )
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