Enquanto o grupo que aterroriza Moçambique voltou a atacar Mocimboa, continuam as operações de eliminação de esconderijos do Daesh EIPAC em Cabo Delgado, sobretudo a sul e sudoeste de Mocimboa da Praia .
Quarta-feira, acções das FDS contra bases reconstituídas por pequenos núcleos de “jihadistas”, alegadamente reforçados com instrutores que atravessaram o Rovuma. A denúncia da população local foi determinante. Descobriram-se assim outros acampamentos: Cagembe I e II, Chamba I, Rússia I e II (assim designados em documentos encontrados e comunicações interceptadas). Houve também heliassalto e operações especiais contra grupos de combate do Daesh em Nantadola, Chitunda, diversas partes das margens do rio Muera, Manilha, Ntotwe, Mumu, margens do rio Nangu, no seguimento das acções aqui descritas em Nanquidunga, e.a. Foram destruídos dois postos avançados de controlo, que davam acesso às antigas bases Síria I e II (onde o Daesh planeava reinstalar-se), e eliminados 17 “jihadistas” (12 quarta, 5 na terça), incluindo uma mulher que dava vozes de comando e fogo em swaíle, e que se supõe ser congolesa de origem ugandesa, há muito procurada no leste da RDC.Esta comandante ou instrutora controlava um posto de observação e alerta numa picada de dificil acesso, que liga Limala, Marere e Naquitengue.
As forças de segurança moçambicanas continuaram ontem e anteontem uma operação em Nandiqunda, Naquitengue, Limala, Marere e Mau, para desmantelar alegados acampamentos do Daesh EIPAC.
Descobriram num deles vários telemóveis com cartões de memória intactos, depois de terem surpreendido um grupo de comando de 5 homens. Informações importantes sobre a estrutura do bando foram assim obtidas, depois de um bom trabalho de reconhecimento de combate. O EIPAC não morreu, continua a preparar ataques, mas parece estar a ter uma resposta organizada e à altura. (Nuno Rogeiro)
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