Uma
brigada de inspecção do Ministério da Terra Ambiente e Desenvolvimento Rural
(MITADER) encerrou hoje o Super Marés por várias irregularidades, uma acção que
foi marcada por um triste espectáculo de agressão física e verbal perpetrada
contra jornalistas por um dos gerentes daquele centro comercial localizado
junto a praia da Costa do Sol, na capital moçambicana.Entre as irregularidades
detectadas destaca-se a violação das normas de protecção ambiental, incluindo
gestão inadequada das águas residuais, bem como usurpação de terreno.O técnico
do MITADER e chefe da brigada, Eduardo Samuel, disse que o centro comercial só
poderá reabrir depois de sanadas todas as irregularidades detectadas.
“Algo
histórico motivou a nossa presença aqui hoje. Em 2015, foi feita uma auditoria
ambiental a este empreendimento e desta auditoria ambiental houve algumas
recomendações e todas parece que não foram cumpridas”, disse Samuel, citado
pela Rádio Moçambique.O proprietário do estabelecimento afirmou que vai
regularizar a situação, mas discorda da decisão e afirma não ver razões para o
seu encerramento.
“Não
cumprimos com algumas regras e nós achamos que a estacão de tratamento de águas
esteve parada durante quatro meses e que as proporções que isso está a dar são
muito acima daquilo que seria de esperar”, disse o proprietário.
“Não
estou a perceber e nem estou a acreditar naquilo que eu estou a ouvir. Acho que
é uma medida punitiva extrema”, acrescentou.O MITADER também aplicou uma multa
calculada em mais de 500 mil meticais (cerca de 5,3 mil dólares ao câmbio corrente).Refira-se
que o Super Mares já havia sido multado em 2015 pelos mesmos motivos.
Entretanto,
a suspensão foi antecedida por um acto de violência gratuita e inexplicável
perpetrada contra os jornalistas convidados pelo MITADER para cobrir a
inspecção.A
violência teve como protagonista o gerente do referido centro comercial,
Vladimir de Sousa, tendo como principal alvo o operador de câmara da estacão de
televisão privada STV, Hélder Matwassa.Na tentativa de acudir, os outros profissionais
da comunicação social também foram agredidos por Vladimir.Por isso, os
profissionais de imprensa prometeram submeter uma queixa formal as autoridades
competentes.Matwassa, a principal vítima da agressão física, lamenta o
incidente e afirma que o acto constitui uma violação grave ao direito à
informação.“Nós
não estávamos a filmar, apenas estávamos a municiar as câmaras para qualquer
eventualidade e ele (Vladimir) do nada começou a agredir-me com violência e cai
no chão e praticamente quase danificou a câmara”, disse Matwassa.
“Vou
intentar uma acção contra ele”, advertiu.
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