sexta-feira, abril 20, 2018

"Socos" contra jornalistas


Resultado de imagem para super mares maputo encerradoUma brigada de inspecção do Ministério da Terra Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER) encerrou hoje o Super Marés por várias irregularidades, uma acção que foi marcada por um triste espectáculo de agressão física e verbal perpetrada contra jornalistas por um dos gerentes daquele centro comercial localizado junto a praia da Costa do Sol, na capital moçambicana.Entre as irregularidades detectadas destaca-se a violação das normas de protecção ambiental, incluindo gestão inadequada das águas residuais, bem como usurpação de terreno.O técnico do MITADER e chefe da brigada, Eduardo Samuel, disse que o centro comercial só poderá reabrir depois de sanadas todas as irregularidades detectadas.
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“Algo histórico motivou a nossa presença aqui hoje. Em 2015, foi feita uma auditoria ambiental a este empreendimento e desta auditoria ambiental houve algumas recomendações e todas parece que não foram cumpridas”, disse Samuel, citado pela Rádio Moçambique.O proprietário do estabelecimento afirmou que vai regularizar a situação, mas discorda da decisão e afirma não ver razões para o seu encerramento.
“Não cumprimos com algumas regras e nós achamos que a estacão de tratamento de águas esteve parada durante quatro meses e que as proporções que isso está a dar são muito acima daquilo que seria de esperar”, disse o proprietário.
“Não estou a perceber e nem estou a acreditar naquilo que eu estou a ouvir. Acho que é uma medida punitiva extrema”, acrescentou.O MITADER também aplicou uma multa calculada em mais de 500 mil meticais (cerca de 5,3 mil dólares ao câmbio corrente).Refira-se que o Super Mares já havia sido multado em 2015 pelos mesmos motivos.
Resultado de imagem para super mares maputo encerradoEntretanto, a suspensão foi antecedida por um acto de violência gratuita e inexplicável perpetrada contra os jornalistas convidados pelo MITADER para cobrir a inspecção.A violência teve como protagonista o gerente do referido centro comercial, Vladimir de Sousa, tendo como principal alvo o operador de câmara da estacão de televisão privada STV, Hélder Matwassa.Na tentativa de acudir, os outros profissionais da comunicação social também foram agredidos por Vladimir.Por isso, os profissionais de imprensa prometeram submeter uma queixa formal as autoridades competentes.Matwassa, a principal vítima da agressão física, lamenta o incidente e afirma que o acto constitui uma violação grave ao direito à informação.“Nós não estávamos a filmar, apenas estávamos a municiar as câmaras para qualquer eventualidade e ele (Vladimir) do nada começou a agredir-me com violência e cai no chão e praticamente quase danificou a câmara”, disse Matwassa.
“Vou intentar uma acção contra ele”, advertiu.

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