A grande diferença entre a ABB
e outras academias pelo país está no facto de investir igualmente nas
infra-estruturas, e no caso em alusão o investidor é a Transportadora Lalgy,
dirigida pelopatrono da ABB. A empresa cedeu um espaço de 10 hectares onde
serão erguidos, numa primeira fase, dois campos de futebol e outras infra-estruturas
necessárias para o funcionamento duma academia, como escritórios e clínica. De
acordo com Lalgy, que exibiu o projecto à nossa Reportagem, neste momento decorrem
trabalhos de terraplanagem dos dois campos: um principal, que terá relva
natural e capacidade para 10 mil espectadores – numa primeira fase será erguida
a bancada principal – e um anexo em sintético. “Neste momento a
prioridade é ter um campo para trabalhar, enquanto a construção das bancadas
irá acompanhar o processo de crescimento do projecto, que é ambicioso”,
explicou, antes de destacar que no mesmo local já existem 17 casas tipo 1 em
fase de acabamento, que servirão como centro de acomodação dos integrantes do
projecto. De acordo com o nosso entrevistado, o projecto é ambicioso e
contempla um complexo com um pavilhão multiusos e uma piscina para competição,
porque “a ABB, no futuro, poderá abarcar outras modalidades”,
explica, para depois sublinhar que “é um projecto da Transporte
Lalgy, que cede espaço e meios, mas a ABB tem sócios, apesar de
ser suportado maioritariamente pela transportadora”, detalhou. O
promotor do projecto ambiciona expandir ao nível nacional, depois de se consolidar
em Maputo. “Vamos chegar a outros pontos do país. É por isso que
estamos a formar igualmente técnicos jovens com formação superior mas
que nunca tiveram oportunidade de trabalhar em clube nenhum. Estão aqui e
assumiram as equipas. Vão trabalhar sub tutela dos técnicos do FC Porto e
contamos com eles para criar pequenas unidades da “Dragon Force” pelo país e alimentar
esta de Maputo, mas tendo as mesmas metodologias, porque o modelo pode
crescer”, detalhou.
Victor Moreira diz que desde o Caça Talento de 2016 houve contactos para que cá voltasse para ficar. “Estamos cá para iniciar o projecto Dragon Force Moçambique. Vieram comigo dois técnicos que vão ser residentes e iniciamos o projecto liderando as quatro equipas que já existem no clube parceiro, tudo preparado para que em 2019 possamos arrancar em força com a nossa escola. Agora estamos a desenvolver talentos nos jogadores que existem cá para, em primeira instância, integrarem as selecções nacionais de Moçambique e vamos dotar os jogadores de ferramentas para isso, e os de 18/19 anos irão ao Porto “B” prestar provas para que, caso tenham talento, fiquem, à semelhança dos que provêm de outras escolas internacionais como a Colômbia, Canada ou Valência. Estamos para desenvolver o talento local para os preparar e dotar de ferramentas que permitam chegar a Portugal e ficarem.”
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