A actual presidente da Organização da Mulher Moçambicana (OMM), Maria da
Luz Guebuza, continuará a assumir o cargo até ao próximo congresso desta ala
feminina do partido no poder, a Frelimo.A garantia foi dada hoje (9) pela
porta-voz da III Sessão Ordinária do Conselho Nacional da OMM, Maria Machute,
evento que decorre, desde quarta-feira, em Xai-Xai, a capital da província de
Gaza, Sul de Moçambique e cuja abertura foi dirigida pelo Presidente do
Partido, Filipe Nyusi.“De acordo com os nossos estatutos, a presidente da OMM é
proclamada no congresso. Enquanto não realizarmos o congresso continua a nossa
presidente, Maria da Luz Guebuza. Por isso não tenho que dizer que a vamos
substituir”, disse Machute. A fonte, que respondia a uma questão colocada pelos
jornalistas que cobrem o evento, esclarecia desta feita as dúvidas que vinham
pairando nalguns sectores da opinião pública e afirmou que nada seria feito até
a realização do congresso. A data e local do próximo congresso deverá ser
proposta ainda nesta III sessão do Conselho Nacional da OMM, cujo termo está
previsto para sexta-feira. O último congresso teve lugar em 2011, na Escola Central
do Partido, na Matola, província de Maputo.
Na mesma ordem de ideias, a secretária-geral da OMM, Maria de Fátima
Pelembe, também manter-se-á no seu cargo até ao final do mandato, não obstante
estar a assumir, actualmente, funções no governo, como vice-ministra dos
combatentes, porque, segundo Machute, ela não está abrangida pelas
incompatibilidades previstas na directiva do partido. “No caso da nossa
secretária-geral não está abrangida pela incompatibilidade porque ela dirige a
organização vivendo em Maputo e pode, muito bem, assumir a pasta que o governo
lhe confiou”, disse a fonte. A porta-voz esclareceu também o facto de a
Primeira-Dama, Isaura Nyusi, estar a ocupar um lugar no pódio nesta sessão,
facto que vinha alimentando suspeitas de se poder fazer algumas mudanças na
direcção da organização ainda nesta sessão, indicando que ela “é esposa do
Presidente do nosso partido Frelimo e nós somos uma organização filiada na
Frelimo, por isso tivemos que destacar as nossas personalidades”.
Os trabalhos
desta III sessão ordinária do Conselho Nacional da OMM prosseguiram hoje com a
apresentação e debate do orçamento da organização e com uma série de palestras
sobre diversos temas, entre os quais a situação do HIV/SIDA, a problemática de
cancro de colo de útero e da mama, o Plano Quinquenal do Governo, xenofobia e
intriga. A respeito deste último tema, a porta-voz foi solicitada a explicar se
a inclusão do tema significava que havia situações de intriga no seio da
organização, tendo este assegurado que se trata apenas de uma forma de
precaução. “Sobre intrigas no seio das camaradas, não há nada, mas a intriga é
um meio de comunicação muito usado. Muitas vezes a intriga é um meio de
comunicação negativa e, nós, queremos nos precaver destas situações, por isso é
que pusemos este tema nas nossas palestras”, assegurou. No primeiro dia, após a
abertura oficial, as participantes dedicaram o resto do tempo na apresentação e
debate do relatório de actividades correspondente ao período de 2014 até ao
momento.
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