O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, disse hoje que a
universidade deve combater o espírito de mão-estendida e incutir nos estudantes
a crença nas suas capacidades de transformar as suas vidas e as das suas
comunidades.Falando durante a inauguração da última fase do campus da
Universidade A Politécnica, a primeira instituição privada de ensino superior
no país, criada em 1995, Guebuza desafiou as universidades moçambicanas a
implementarem uma série de reformas com vista a adaptarem-se às necessidades do
momento.Segundo o estadista moçambicano, o momento actual do país impõe uma
maior articulação da formação com o reconhecimento e exploração das múltiplas
oportunidades na sociedade e na economia nacional. “A educação em Moçambique deve forjar valores nobres, entre os quais a
auto-estima, o sentido patriótico e de Unidade Nacional e estimular uma
concepção mais activa da vida, aliando a formação do cidadão e com a formação
para o exercício da cidadania, como testemunhámos na visita às instalações desta
instituição de ensino superior”, disse ele. “Ela (a universidade) deve combater o espírito de mão-estendida e incutir nos
estudantes a crença nas suas capacidades de transformar, para o melhor, as suas
vidas e as vidas das suas comunidades, usando o conhecimento adquirido no
campus”, acrescentou Guebuza. Igualmente, Guebuza disse que a educação do país
deve ser capaz de continuar a alargar os horizontes do graduado, que veio para
o campus já integrado num sector de actividade, para não se dar por satisfeito
apenas com o novo salário, em razão do novo título que ostenta, mas em razão da
sua produtividade ou com as melhorias que introduz no seu sector de actividade.No
seu discurso, Armando Guebuza disse que Moçambique está a mudar para o melhor e
isso impõe novos desafios também ao ensino superior. “Um destes
(desafios), que é fundamental, prende-se com a necessidade de efectuar a
transição nas nossas mentes, expectativas e currículos da formação virada
exclusivamente para a função pública para uma formação virada para a sociedade
e para a vida”, disse Guebuza.“Reconheçamos, ao mesmo tempo, que a formação
para a vida e para a sociedade, ao dinamizar a nossa economia, robustece o
próprio Estado que ganha maior pujança para aumentar a sua capacidade de absorver
mais graduados para fortalecer as suas instituições”, acrescentou.
Para o Chefe
de Estado, este é o ensino que vai melhor e adequadamente preparar os jovens de
modo a vencerem a pobreza. “A nossa atenção sobre a expansão e a qualidade do
ensino ganha maior consistência, relevância e coerência neste desafio”, disse
ele.Criada em 1995 e com as aulas iniciadas no ano seguinte – sob a designação
Instituto Superior Politécnico Universitário, A Politécnica é uma das várias
instituições privadas do ensino superior em Moçambique e já com créditos
firmados.Volvidos quase 18 anos após a criação desta instituição, A Politécnica
conta agora com um espaçoso campus no centro da capital moçambicana e
delegações em Quelimane, Tete, Nampula e Nacala, contando com mais de cinco mil
estudantes.A fase final das instalações do campus - agora inaugurada – inclui
uma biblioteca central, a Escola Superior de Altos Estudos e Negócios e um
pavilhão gimnodesportivo.Segundo o reitor da Universidade, Lourenço do Rosário,
o investimento global aplicado em todo o campus (desde o início do projecto)
foi de 12 milhões de dólares em créditos bancários, com excepção de
financiamentos próprios aplicados pela instituição. Do Rosário disse que a
meta da instituição para os próximos tempos é consolidar as suas conquistas e
abranger o resto das províncias do país através do ensino a distância.
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