O município de Quelimane, gerido pelo Movimento Democrático de
Moçambique (MDM), vai erguer um monumento ao “soldado desconhecido”, em
homenagem aos “combatentes anónimos”.
Manuel de Araújo, presidente do
município de Quelimane, disse haver no país muitos “soldados que amaram a
pátria, no anonimato”, sem esperarem alguma recompensa, que deram a sua vida
pela independência nacional e democracia e que a sua honra e bravura “não são
reconhecidas” até agora.
“Normalmente, temos uma praça dos
heróis e nós podemos os nomear em Moçambique, até porque há uma comissão de
heróis. Mas há milhares de moçambicanos que perderam a vida para que tivéssemos
a independência nacional e a democracia, que morreram em combate e ninguém se
lembra deles”, disse Manuel de Araújo.
Para o autarca, a historiografia
política de Moçambique ainda não reconhece nem exalta os jovens que deram as
suas vidas pela causa nacional, particularmente da guerra de libertação de
Moçambique do jugo colonial, e depois pela democracia.
“Acho que eles (soldados
desconhecidos) merecem”, enfatizou Manuel de Araújo, assegurando que a praça
será erguida nos próximos nove meses, ou seja, antes do fim do seu mandato de
dois anos, que termina em outubro próximo.
Para os moçambicanos não inclusos no
monumento, disse, foi criado um movimento que deverá rever a toponímia da
cidade de Quelimane para reconhecer políticos, músicos, poetas ou futebolistas.
“Criámos uma comissão que está fazer a revisão da toponímia da cidade, que
inclui líderes religiosos, régulos, académicos e sociedade civil, para
reconhecermos alguns nomes que merecem ter uma rua em sua homenagem”, explicou
De Araújo.
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