A Polícia da República de Moçambique (PRM)
deteve ontem três jovens suspeitos de terem hasteado uma bandeira portuguesa na
antiga sede da ex-PIDE/DGS em Maputo. A bandeira terá sido hasteada durante a
manhã nas instalações devolutas e arruinadas da antiga polícia política
portuguesa na zona alta da capital moçambicana, conhecidas como “Vila Algarve”.
Ao início da tarde, a bandeira já tinha sido retirada, e testemunhas oculares
disseram que os jovens poderão ter sido induzidos por terceiros a colocarem o
que a polícia descreveu como “um plástico com as cores portuguesas”. Recentemente,
o Ministério dos Combatentes de Moçambique anunciou que a “Vila Algarve” vai
ser transformada em Museu da Resistência ao Colonialismo Português. Por aquela
cadeia passaram inúmeros nacionalistas moçambicanos, na maioria membros da Frelimo
que, entre 1962 e 1974, desencadeou uma guerra de libertação contra o
colonialismo português. Entre os detidos mais famosos, contam-se o pintor Malangantana
e o poeta José Craveirinha, ambos já falecidos.
quarta-feira, fevereiro 27, 2013
terça-feira, fevereiro 26, 2013
Quando mal resolvido,vira "problemão"
As Comunidades Islâmica e
maometana de Moçambique encontram-se a juntar elementos para processar o Estado
moçambicano em tribunais internacionais,
na sequência dos constantes raptos dos empresários
membros daquelas comunidades, segundo fontes internas dessas comunidades. O
último sequestro ocorreu ao princípio da
noite da passada semana na baixa da cidade de Maputo, concretamente na Rua da Mesquita,
em frente da porta da mesquita da baixa, em que a vítima foi o empresário
moçambicano de origem asiática, Rachid Takdir, mais conhecido na sua comunidade
pelo nome de “Galinheiro”.Fontes daquelas comunidades garantiram “à nossa
Reportagem” que há preparação para processar o Estado
moçambicano, devido à onda de sequestros de que têm vindo a ser vítimas, desde
há cerca de dois anos, alegadamente pela ineficácia do Estado moçambicano em
travar a onda dos raptos mas sobretudo pela incapacidade de esclarecer os
casos.De acordo com as fontes, os membros daquelas comunidades estão agastados
e indignados com o silêncio do presidente da República, Armando Guebuza, que em
Agosto do ano passado, depois do encontro com os dirigentes do “Movimento
Islâmico”, garantira que iria pessoalmente envolver-se para que se resolvesse a
questão dos raptos.“Ele (Guebuza) continua no silêncio como se nada estivesse a acontecer. Acreditamos
que alguém ao mais alto nível deve estar a beneficiar-se desses raptos”, disseram as nossas fontes.“Há uma
grande movimentação para processar o
Estado moçambicano nas instâncias judiciais internacionais. A nossa comunidade
já contratou advogados que estão a reunir os documentos para accionar um processo
contra o Estado. Os muçulmanos pretendem
também denunciar a cumplicidade do Governo
moçambicano nas Nações Unidas”, disseram
as nossas fontes. Na verdade, as Comunidades muçulmana, hindu e ismaelita de Moçambique
ameaçaram em Agosto do ano passado
lançar uma campanha de desobediência
civil à escala nacional, por causa dos sequestros. Foi dito na ocasião, que as comunidades iriam
levar a cabo manifestações, uma greve geral do comércio e indústrias e serviços sob controlo de membros dessas comunidades, uma marcha em direcção ao Ministério do
Interior e uma campanha de desobediência
fiscal. Nada disso aconteceu na esperança do Governo agir. Mas até agora os
raptos continuam e o Governo não
conseguiu esclarecer um único caso. Em apenas dois anos, mais de 30 membros da
comunida de muçulmana foram sequestrados em Maputo e milhões de dólares foram pagos de resgate. Quando as
comunidades admitiam paralisar as suas actividades económicas, para impedir que as ameaças daquelas comunidades se concretizasse, o presidente Armando Guebuza, que na altura se encontrava na cidade
municipal da Matola a dirigir a reunião
do Comité Central da Frelimo em preparação do X Congresso, na qualidade de
presidente daquela formação politica, abandonou
o evento para se reunir com os elementos
das organizações muçulmanas de Moçambique. O encontro de alto nível surgira
depois do anúncio de uma onda de
protesto da comunidade que iria começar
no dia seguinte. O presidente Armando Guebuza recebeu a delegação da comunidade muçulmana do país, cujos pontos da agenda eram os protestos anunciados por esta comunidade, tais como uma greve do sector empresarial e manifestações
nas 11 capitais provinciais de
Moçambique a 1 de Setembro. Na circunstância, Armando Guebuza oferecera
garantias aos elementos presentes na reunião do seu “comprometimento pessoal” para resolver a problemática dos sequestros que têm
vindo a assolar a comunidade muçulmana moçambicana. Depois do encontro com o
chefe de Estado e presidente do partido Frelimo, as organizações muçulmanas
decidiram suspender a greve do sector empresarial que estava prevista para o
dia seguinte. Agora dizem estar indignados com “o silêncio cúmplice do presidente
Armando Guebuza”, ameaçando processar o Estado moçambicano “por causa da
incapacidade das instituições estatais”. Uma fonte do Ministério da Justiça
disse que nos últimos dias os sequestros
não têm afectado as comunidades ismaelitas e hindus. Mas membros das
comunidades muçulmanas continuam a ser raptados. Os muçulmanos ameaçam retirar
do país todos os investimentos aplicados
por falta de segurança. Segundo a mesma
fonte, em Cabo Delgado, uma dessas comunidades ordenou o encerramento de um banco seu em
concretizando as ameaças. “Eles, inclusive, já foram marcar audiência com o Presidente da República para
lhe dizerem que vão retirar os seus
investimentos, caso a situação dos
raptos prevaleça. Disseram que não
estavam para brincadeiras, por isso os
raptos contra ismaelitas e hindus reduziram”,
concluiu a fonte. De recordar que em Moçambique não existe uma lei contra raptos. Apenas
existe uma lei que penaliza o cárcere
privado. (B.Álvaro)
sexta-feira, fevereiro 22, 2013
Achada na lixeira
Não é fácil de acreditar que uma anti-aérea tenha ido parar numa
lixeira que se encontra a escassos quilómetros do centro da capital
moçambicana. Como tal, a presença da anti-aérea na lixeira de Hulene não pode
ser considerar obra do acaso, mas sim, consequência de um plano muito bem
delineado por quem pretende, eventualmente, criar terrorismo em Moçambique, ou
por quem pretende desviar as atenções gerais determinadas matérias que não
devem, no seu entender, ser tratados como deviam. Estámos certos de que o
assunto está a ser gerido da melhor maneira, por peritos nacionais. Ainda está
presente na mente dos moçambicanos, o rebentamento do paiol de Malhazine e as
consequências daí resultantes. Na altura, pensou-se que os russos tivessem tido
uma mãozinha no assunto, por os mesmos terem estado à frente de um projecto da
transferência daquele paiol para Moamba, a troco de muito dinheiro que o
Executivo da altura indicou não possuir. A destruição e transferência do paiol
acabaria por ser encarregue aos peritos militares nacionais que haviam
trabalhado com os russos na antiga União Soviética. Os russos nao gostaram…
No caso da anti-aérea de Hulene, é preciso que as autoridades não
menosprezem o acontecimento...
quarta-feira, fevereiro 20, 2013
60.000 USD X 72 meses= R O U B O
O Gabinete Central de Combate a Corrupção (GCCC)
está a investigar um rombo financeiro no Ministério moçambicano da Educação
(MINED).O desfalque, cujo valor ainda não foi oficialmente anunciado, envolve
funcionários desta instituição afectos ao departamento financeiro (DAF). Uma
carta denúncia fornecida aos Orgãos Públicos de Comunicação pelo porta-voz do
MINED, Eurico Banze, indica que o caso envolve quatro funcionários da
instituição, incluindo o chefe do DAF, Abílio Mate, ora suspenso das suas
funções, e um financeiro-pagador, que se encontra em parte incerta desde
Dezembro último.O esquema principal usado para roubar o dinheiro do Estado
naquela instituição era o pagamento de salários a funcionários fictícios
através duma folha paralela num valor total de dois milhões de meticais, o
correspondente a cerca de 60 mil dólares americanos.
“Ainda não se conhece o valor total desviado, mas sabe-se que esta prática vinha decorrendo a vários anos”, indica a carta denúncia, anotando que o montante desviado só deverá ser determinado após as investigações em curso na instituição. Contudo, esse não era o único esquema usado para ´sacar´ o dinheiro do erário público naquela instituição. Os infractores também são acusados de pagamento de valores indevidos acima de salários de funcionários no activo e reformados para depois se beneficiarem dos valores roubados. Esse esquema envolvia até uma secretária do director nacional do Ensino Técnico Profissional, identificada apenas por Ilda, que, de acordo com a fonte, recebia 30 mil meticais, apesar do seu salário normal ser de seis mil.Segundo a carta denúncia, estes esquemas só foram descobertos depois da Secretária Permanente (SP) do MINED, Maria de Fátima Zacarias, ter procurado saber, em Novembro último, das razões dos sistemáticos atrasos no pagamento dos salários aos funcionários da instituição.O problema prendia-se com o facto de os funcionários receberem os seus salários até o dia 25 de cada mês, mas que ultimamente chegavam a ser pagos no dia 30 ou no início do mês seguinte.
“Estranhando os sistemáticos atrasos no pagamento de salários, a SP procurou saber do chefe Abílio Mate (ora suspenso) as razões dos salários serem pagos até o dia 30 ou início do outro mês, no lugar de o mesmo ocorrer ate o dia 25 de cada mês”, indica a fonte.Em resposta a pergunta da SP, Mate disse que não sabia das razões por detrás desse problema e atirou culpas ao banco responsável pelo pagamento dos salários, instituição que negou as acusações. Na sequência disso, a SP mandatou um inspector do MINED para colher esclarecimentos junto do banco.“Este (inspector) recebeu detalhes sobre o pagamento da folha salarial paralela, incremento de somas avultadas em contas de outros funcionários no activo e reformados e outras pessoas alheias ao MINED”, indica a carta.Quando a SP recebeu esta informação tratou de denunciar o caso ao GCCC e a Inspecção Geral das Finanças. Fonte do GCCC citada pelo jornal “Notícias” de hoje indica que as investigações já se encontram numa fase adiantada, o que resulta da boa colaboração que tem sido prestada pela Direcção do MINED.
“Ainda não se conhece o valor total desviado, mas sabe-se que esta prática vinha decorrendo a vários anos”, indica a carta denúncia, anotando que o montante desviado só deverá ser determinado após as investigações em curso na instituição. Contudo, esse não era o único esquema usado para ´sacar´ o dinheiro do erário público naquela instituição. Os infractores também são acusados de pagamento de valores indevidos acima de salários de funcionários no activo e reformados para depois se beneficiarem dos valores roubados. Esse esquema envolvia até uma secretária do director nacional do Ensino Técnico Profissional, identificada apenas por Ilda, que, de acordo com a fonte, recebia 30 mil meticais, apesar do seu salário normal ser de seis mil.Segundo a carta denúncia, estes esquemas só foram descobertos depois da Secretária Permanente (SP) do MINED, Maria de Fátima Zacarias, ter procurado saber, em Novembro último, das razões dos sistemáticos atrasos no pagamento dos salários aos funcionários da instituição.O problema prendia-se com o facto de os funcionários receberem os seus salários até o dia 25 de cada mês, mas que ultimamente chegavam a ser pagos no dia 30 ou no início do mês seguinte.
“Estranhando os sistemáticos atrasos no pagamento de salários, a SP procurou saber do chefe Abílio Mate (ora suspenso) as razões dos salários serem pagos até o dia 30 ou início do outro mês, no lugar de o mesmo ocorrer ate o dia 25 de cada mês”, indica a fonte.Em resposta a pergunta da SP, Mate disse que não sabia das razões por detrás desse problema e atirou culpas ao banco responsável pelo pagamento dos salários, instituição que negou as acusações. Na sequência disso, a SP mandatou um inspector do MINED para colher esclarecimentos junto do banco.“Este (inspector) recebeu detalhes sobre o pagamento da folha salarial paralela, incremento de somas avultadas em contas de outros funcionários no activo e reformados e outras pessoas alheias ao MINED”, indica a carta.Quando a SP recebeu esta informação tratou de denunciar o caso ao GCCC e a Inspecção Geral das Finanças. Fonte do GCCC citada pelo jornal “Notícias” de hoje indica que as investigações já se encontram numa fase adiantada, o que resulta da boa colaboração que tem sido prestada pela Direcção do MINED.
Interdição do 25 de Junho
PORQUE NÃO JOGOS À PORTA FECHADA ?
Na penúltima jornada do Moçambola – 2012, o jogo que opôs o
Ferroviário de Nampula ao Chibuto FC, disputado na capital do norte, no Estádio
25 de Junho, não chegou ao fim devido ao mau comportamento dos espectadores
afectos à equipa da casa. Os simpatizantes dos locomotivas pediam a cabeça do
árbitro do encontro, Arão Junior, pois consideraram que este estava a levar o
Chibuto às “costas”. Como é sabido, e os
nampulenses estão mais do que avisados sobre as consequências deste
comportamento, independentemente da má actuação do juiz da partida ou algo similar,
este comportamento não leva a resolução de nenhuma situação, pois os regulamentos
são claros sobre este tipo de acção.
NAMPULENSE JÁ ESTEVE SUSPENSO
Éverdade que o castigo aplicado foi justíssimo e, como afirmei
anteriormente, os nampulenses já sabiam o que vinha a caminho pois a província
já teve o se campeonato provincial da 1ª divisão, vulgo “Nampulense”, suspenso
e o futebol da província corria o risco de ser paralisado por tempo
indeterminado pelas estruturas desportivas governamentais, tantos foram os
casos de maus comportamentos dos espectadores nos campos de futebol. Lembro que
o vice-ministro da Juventude e Desportos, Dr. Cazé, esteve na cidade capital da
província, com o seu staff, para perceber os porquês destas reacções das massas
que afluem aos campos de futebol e duas conclusões saltaram a vista:
· VENCER A QUALQUER
CUSTO
· DESCONHECIMENTO
DAS REGRAS DE JOGO
Se o primeiro ponto pode ser considerado normal mesmo não
justificando invasões aos campos e agressões aos árbitros, já o ponto seguinte
deixa claro que temos muita gente metida no mesmo saco, leia-se futebol, e
poucos conhecem as regras desse jogo, o que prova que há situações caricatas
que deixam os experts em matéria de arbitragem de boca aberta.
Vou só deixar aqui um exemplo que prova este o desconhecimento das
regras e já volto ao prato forte deste trabalho. Para a grande maioria
dos amantes do futebol de Nampula, sempre que o árbitro marca uma falta no
interior da área de grande penalidade, a favorecer a equipa que ataca, só há uma
saída para o juiz – MARCAR UMA GRANDE PENALIDADE. Se o juiz entende que há um
pontapé livre indirecto e como tal não pode haver lugar a “penalty”, segue-se
uma invasão se a equipa atacante é a que joga em casa. Podemos considerar que
temos muitos amantes do futebol e mesmo praticantes que desconhecem as regras
do jogo que dizem amar.
PUNIR OS PREVARICADORES
Voltando ao que me trás a este espaço, dai a razão desta pequena
volta pelo comportamento quase “NORMAL” dos espectadores de futebol em Nampula,
tenho para mim que a decisão do Conselho de Disciplina da LMF (CD) foi
justíssima mas poderia ter usado outro peso no castigo para que fosse bem
entendida a mensagem a transmitir e penso que esse estudo não foi devidamente
feito. Mesmo a direcção do Clube Ferroviário de Nampula, não reagiu a tempo de
minimizar os “estragos” desse mau comportamento dos seus sócios e
simpatizantes, pois se tivesse recorrido, dentro dos prazos, hoje estariam
certamente com um castigo menos pesado (para o clbe) pois estamos perante um
acto que sucedeu pela uma primeira vez num jogo do “Moçambola” em Nampula. Mas continuo a achar que o CD da LMF esteve
bem ao aplicar os 4 jogos de interdição do 25 de Junho, mas como disse poderia
ir por outro caminho e esse seria castiga os principais culpados deste acto
vergonhoso pois estamos a falar de alta competição, o seja, castigar os sócios
e simpatizantes presentes nas bancadas que tiveram um comportamento reprovável.
Esta seria a primeira medida e depois viriam as multas para o clube por não ter
tido o cuidado necessário no qe diz respeito à segurança vai dai ter solicitado
o número insuficiente de agentes da PRM, embora a dita reunião técnica não
tenha ajudado em nada neste particular, mas este pode ser um assunto para um
outro comentário (REUNIÃO TÉCNICA ÀS 13 HORAS DO DIA DO JOGO E A SUA
IMPORTÂNCIA).Assim sendo, como se poderia castigar os principais visados?
- Jogando o clube no seu estádio mas a porta fechada. Que castigo
mais pesado pode ser aplicado aos que sendo culpados não poderão ver o clube
que amam estando o mesmo a jogar do outro lado do muro? Penso que se ainda há espaço
para a revisão deste castigo e tendo em consideração os aspectos aqui expostos,
para além do facto de haver poucas alternativas em termos de campos, podemos penalizar
os reais culpados desta situação.
PENA DE REALIZAÇÃO DE JOGOS À PORTA FECHADA
Esta pena prevê que o Clube sancionado tem a obrigatoriedade de
realização os seus jogos à porta fechada que dispute na qualidade de visitado
ou considerado como tal (um ou mais jogos). Para efeito de cumprimento desta penalização não
devem contar os jogos a realizar em campo neutro. Nos jogos a realizar à porta fechada
apenas podem aceder ao estádio:
a)As pessoas autorizadas nos termos regulamentares a aceder e
permanecer no recinto do jogo;
b)Dirigentes dos Clubes intervenientes;
c)Delegado da Liga, observador do árbitro e membros da Comissão de
Assessoria e Apoio Técnico da Comissão de Arbitragem;
d)As entidades que nos termos do Regulamento de Competições têm
direito a reserva de camarote;
e) Os representantes dos órgãos da comunicação social.
ASSELAM KHAN
INSTRUTOR FIFA PARA
ARBITRAGEM - FUTSAL
segunda-feira, fevereiro 18, 2013
Onde há cólera, é perigoso identificar-se como jornalista!
HÁ
dois anos havíamos apresentado um trabalho de reportagem sobre a desinformação
que domina a sociedade de algumas regiões de Cabo Delgado, em tempos de
epidemia, sobretudo de cólera. Era por causa da morte de um régulo, na aldeia
Namarrecua, cerca de 30 quilómetros da cidade de Montepuez, sede do distrito do
mesmo nome. Trazíamos as razões, que as achávamos próximas, do que teriam
levado o líder tradicional a ser morto pelos seus próprios súbditos.
Encontramos o facto
de ter sido legitimado (processo que o Governo usou para o reconhecimento de
lideranças tradicionais). Sim, legitimado! E só se legitima o que não é
legítimo, ou não? E há muita guerra silenciosa nas comunidades, entre os
régulos legitimados e os legítimos, trazendo atrás de si, muitos seguidores.
Por causa da conveniência
política que esteve por detrás da legitimação dos régulos, nasceu uma divisão
com marcas profundas de índole político-partidária. É o mesmo que dizer, que é
o facto de o Governo ter interferido no sistema de sucessões nas lideranças
tradicionais. O denominador comum, em todas as regiões onde há recorrentemente
a desinformação à volta da cólera e outras epidemias, é ser lá onde o poder
tradicional foi durante muito tempo exercido com todos os adereços que tal
implica, incluindo a feitiçaria.
Nos distritos do centro-sul
da província, a administração tradicional foi muito forte e quando o Governo
quis valorizá-la fá-lo procurando pessoas que, muitas vezes, não se identificam
com os autóctones, tendo como bitola o facto de serem mais próximos do partido
no poder. Desse jeito dividiu as pessoas, uma divisão que ficou mais nítida e
profunda quando se decidiu distribuir fardamento aos líderes, mais tarde
subsídios. Já ouvi que em algum lugar já começaram a receber, via banco…
Os não legítimos
(legitimados) viraram mais importantes que os verdadeiros líderes, porque
aborígenes. A guerra instalou-se, cuja arma principal usada tem sido a cólera
ou as queimadas descontroladas, cujo efeito é tentar demonstrar que aqueles não
têm nenhum poder sobre as comunidades que dizem dirigir.
Tudo o que é dito pelo
Governo, principalmente quando a sua disseminação é confiada aos líderes
tradicionais, surge quem deve contradizer, ainda que tenha o conhecimento pleno
de que se trata de medida razoável. Simplesmente para contrariar e demonstrar,
desse modo, a fraqueza de quem sendo, não é líder nenhum.
A coisa vai crescendo, mas
dando mostras que nos podem conduzir ao que acima tentamos dizer. Não é por
acaso que as vítimas são sobretudo líderes fora do foro governamental:
secretários, régulos ou outros responsáveis tradicionais. No dia em que alguém
quiser saber como cada um deles chegou a ser o que é, vai colidir com a
realidade crua de que foram impostos.
É na contradição e na razão
que os levou ao poder, que deveria ser de facto tradicional, mas não é, porque
usa uma roupagem político-partidária, que aparecem, por sua vez, os políticos. Não
para dizer que a cólera é trazida pelo Governo, mas tomando uma posição dúbia,
quase cúmplice, sem se pronunciarem, tendo em conta que na divisão conseguem
reinar.
O outro problema é o
próprio Ministério da Saúde. A cólera é uma doença que todos conhecem. Não é
verdade que as pessoas confundem cloro com cólera, segundo as nossas
investigações, porque mesmo sem cloro, sempre houve cólera. Portanto, o povo
conhece a doença, de tal maneira que, quase sempre, é o primeiro, antes das
autoridades sanitárias, a declarar a sua existência.
Durante estes anos (acima
de 20) em trabalho para a comunicação social, as autoridades de saúde sempre
foram as últimas a confirmar a existência da cólera, quando o povo já a
identificou. Às vezes passam meses a chamar-se diarreias e vómitos, diarreias
sanguinolentas, disenterias, diarreias agudas, etc., um secretismo dificilmente
entendível.
O tempo que leva a saúde a
falar de cólera, veste-se muitas vezes de qualquer coisa que soa a sonegação. Pessoas
morrem, a saúde persiste em dizer que não morrem de cólera ou que se trata de
mortes extra-hospitalares, por isso não entram nas contas. Mas as casas
mortuárias, apesar de serem de outra gestão, quase todas localizam-se no mesmo
recinto dos grandes hospitais.
Por causa disso, a
informação passa de pessoa em pessoa sobre entes, vizinhos e outros que morrem,
mas na comunicação social, aparecerá quem dirá que não há cólera, mas sim
diarreias agudas, sanguinolentas, enfim, e que as pessoas que morrem de
diarreias agudas, ou sei lá, fora do hospital, fazemos de contas que não
morrem, mesmo sendo vizinhas de funcionários de saúde.
A inflexibilidade da saúde
traz muitas leituras. E daí aparecerá, como quase sempre acontece, alguém do
ministério para numa semana dizer, sim, é cólera! Este pequeno teatro presta-se
a muitas interpretações. Ainda fica por perceber se com tanta evolução que
estamos a experimentar, na medicina, estaremos de facto atrasados na detecção
da cólera…
A seguir entra a imprensa,
que é vista como a mais mentirosa, por estar todos os dias a reproduzir as
palavras dos responsáveis da saúde que dizem que não há cólera, não há cólera,
não há cólera, mesmo sabendo que no fim virá alguém a confirmar que é cólera,
sim senhor. Essa posição patética da imprensa, em matéria de epidemias de
cólera, leva-a a também ser mal vista pelas comunidades, vista como conivente
na propalação de mentiras. Em zonas onde há cólera, já é perigoso
identificar-se como jornalista.
É dentro deste quadro que
todos devemos lutar, se bem que tudo é facilmente localizável: são os mesmos
lugares onde a cólera é politizada, o comportamento da doença é do domínio de
todos, a inflexibilidade da saúde é igual em todos os anos, para além das
causas que são largamente conhecidas. Falta estudar o fenómeno com estes ou
outros pressupostos e outra coisa, igualmente, importante: não falar dela só
quando a epidemia eclode.(P.Nacuo)
História de sucesso!
O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, disse hoje que a
universidade deve combater o espírito de mão-estendida e incutir nos estudantes
a crença nas suas capacidades de transformar as suas vidas e as das suas
comunidades.Falando durante a inauguração da última fase do campus da
Universidade A Politécnica, a primeira instituição privada de ensino superior
no país, criada em 1995, Guebuza desafiou as universidades moçambicanas a
implementarem uma série de reformas com vista a adaptarem-se às necessidades do
momento.Segundo o estadista moçambicano, o momento actual do país impõe uma
maior articulação da formação com o reconhecimento e exploração das múltiplas
oportunidades na sociedade e na economia nacional. “A educação em Moçambique deve forjar valores nobres, entre os quais a
auto-estima, o sentido patriótico e de Unidade Nacional e estimular uma
concepção mais activa da vida, aliando a formação do cidadão e com a formação
para o exercício da cidadania, como testemunhámos na visita às instalações desta
instituição de ensino superior”, disse ele. “Ela (a universidade) deve combater o espírito de mão-estendida e incutir nos
estudantes a crença nas suas capacidades de transformar, para o melhor, as suas
vidas e as vidas das suas comunidades, usando o conhecimento adquirido no
campus”, acrescentou Guebuza. Igualmente, Guebuza disse que a educação do país
deve ser capaz de continuar a alargar os horizontes do graduado, que veio para
o campus já integrado num sector de actividade, para não se dar por satisfeito
apenas com o novo salário, em razão do novo título que ostenta, mas em razão da
sua produtividade ou com as melhorias que introduz no seu sector de actividade.No
seu discurso, Armando Guebuza disse que Moçambique está a mudar para o melhor e
isso impõe novos desafios também ao ensino superior. “Um destes
(desafios), que é fundamental, prende-se com a necessidade de efectuar a
transição nas nossas mentes, expectativas e currículos da formação virada
exclusivamente para a função pública para uma formação virada para a sociedade
e para a vida”, disse Guebuza.“Reconheçamos, ao mesmo tempo, que a formação
para a vida e para a sociedade, ao dinamizar a nossa economia, robustece o
próprio Estado que ganha maior pujança para aumentar a sua capacidade de absorver
mais graduados para fortalecer as suas instituições”, acrescentou.
Para o Chefe
de Estado, este é o ensino que vai melhor e adequadamente preparar os jovens de
modo a vencerem a pobreza. “A nossa atenção sobre a expansão e a qualidade do
ensino ganha maior consistência, relevância e coerência neste desafio”, disse
ele.Criada em 1995 e com as aulas iniciadas no ano seguinte – sob a designação
Instituto Superior Politécnico Universitário, A Politécnica é uma das várias
instituições privadas do ensino superior em Moçambique e já com créditos
firmados.Volvidos quase 18 anos após a criação desta instituição, A Politécnica
conta agora com um espaçoso campus no centro da capital moçambicana e
delegações em Quelimane, Tete, Nampula e Nacala, contando com mais de cinco mil
estudantes.A fase final das instalações do campus - agora inaugurada – inclui
uma biblioteca central, a Escola Superior de Altos Estudos e Negócios e um
pavilhão gimnodesportivo.Segundo o reitor da Universidade, Lourenço do Rosário,
o investimento global aplicado em todo o campus (desde o início do projecto)
foi de 12 milhões de dólares em créditos bancários, com excepção de
financiamentos próprios aplicados pela instituição. Do Rosário disse que a
meta da instituição para os próximos tempos é consolidar as suas conquistas e
abranger o resto das províncias do país através do ensino a distância.
Solidariedade
A presidente da Assembleia da República,
Verónica Macamo, entregou um cheque no valor de 150 mil meticais ao Instituto
Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) para apoiar as vítimas das cheias na província
da Zambézia. A ajuda surge depois de a dirigente ter visitado e testemunhado o
sofrimento das mais de 55 mil famílias desalojadas em consequência das
inundações.O referido valor é proveniente dos fundos da Assembleia da República
e deverá ser aplicado para a compra de bens alimentares, vestuário, produtos de
limpeza, entre outros. Nos centros de acomodação, o cenário é dramático, as
famílias clamam por mais alimentos, bem como redes mosquiteiras, para fazer
face ao “exército de mosquitos” que já causou números assustadores de casos de
malária. As famílias disseram a Verónica Macamo ter perdido tudo o que tinham,
desde casas, bens e até familiares seus. Por outro lado, as crianças ainda não
começaram a frequentar a escola, pois a chuva destruiu as salas de aulas,
levando consigo instrumentos de ensino e aprendizagem.
sexta-feira, fevereiro 15, 2013
Rússia "atacada" por meteorito
Mais de 100 pessoas ficaram feridas nesta
sexta-feira depois que um meteorito caiu na região de Tcheliabinsk, nos Montes
Urais, informou o Ministério do Interior da Rússia. "Segundo dados
preliminares, mais de 100 pessoas solicitaram assistência médica, na sua grande
maioria por cortes com vidros. Não há pessoas gravemente feridas", disse
um porta-voz dessa pasta à agência Interfax. O meteorito caiu a 80 km da cidade
de Satki, no distrito de mesmo nome, por volta das 9h20 locais (6h20 de Maputo).
As autoridades de Tcheliabinsk, capital da região homônima, reforçaram as
medidas de segurança nas estruturas e instalações vitais da cidade. Alguns
veículos da imprensa chegaram a informar que uma chuva de meteoritos teria
caído sobre os Urais. "Não foi uma chuva de meteoritos, mas um meteorito
que se desintegrou nas camadas baixas da atmosfera", disse à agência
"Interfax" a porta-voz do Ministério para Situações de Emergência da
Rússia, Elena Smirnij. Elena acrescentou que a onda expansiva provocada pela
queda do corpo celeste quebrou as vidraças de "algumas casas na
região". A porta-voz ministerial também informou que a queda do meteorito
não alterou os níveis de radiação, que se mantêm dentro dos parâmetros
frequentes para a região.
"Ferro e carvão" fervilham
"Cwabos" iguais a sí mesmos
O município de Quelimane, gerido pelo Movimento Democrático de
Moçambique (MDM), vai erguer um monumento ao “soldado desconhecido”, em
homenagem aos “combatentes anónimos”.
Manuel de Araújo, presidente do
município de Quelimane, disse haver no país muitos “soldados que amaram a
pátria, no anonimato”, sem esperarem alguma recompensa, que deram a sua vida
pela independência nacional e democracia e que a sua honra e bravura “não são
reconhecidas” até agora.
“Normalmente, temos uma praça dos
heróis e nós podemos os nomear em Moçambique, até porque há uma comissão de
heróis. Mas há milhares de moçambicanos que perderam a vida para que tivéssemos
a independência nacional e a democracia, que morreram em combate e ninguém se
lembra deles”, disse Manuel de Araújo.
Para o autarca, a historiografia
política de Moçambique ainda não reconhece nem exalta os jovens que deram as
suas vidas pela causa nacional, particularmente da guerra de libertação de
Moçambique do jugo colonial, e depois pela democracia.
“Acho que eles (soldados
desconhecidos) merecem”, enfatizou Manuel de Araújo, assegurando que a praça
será erguida nos próximos nove meses, ou seja, antes do fim do seu mandato de
dois anos, que termina em outubro próximo.
Para os moçambicanos não inclusos no
monumento, disse, foi criado um movimento que deverá rever a toponímia da
cidade de Quelimane para reconhecer políticos, músicos, poetas ou futebolistas.
“Criámos uma comissão que está fazer a revisão da toponímia da cidade, que
inclui líderes religiosos, régulos, académicos e sociedade civil, para
reconhecermos alguns nomes que merecem ter uma rua em sua homenagem”, explicou
De Araújo.
quarta-feira, fevereiro 13, 2013
Mas 1 de Abril,no mundo, é o Dia da Mentira!

terça-feira, fevereiro 12, 2013
Gorongosa Lodge & Safari
Africano lidera na casa das apostas
O fotógrafo italiano Filippo Monteforte registou
na noite desta segunda-feira (11), o momento em que um raio atingiu o tecto da
Basílica de São Pedro, no Vaticano. O flagrante foi feito justamente no dia em
que o Papa Bento XVI anunciou sua renúncia para o próximo dia 28 de
fevereiro. Em um discurso pronunciado em latim no Vaticano, Bento XVI
afirmou que deixará o cargo devido à “falta de forças”. O Papa destacou que "no mundo de hoje, sujeito a rápidas transformações e
sacudido por questões de grande relevo para a vida da fé, para governar a barca
de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor tanto do corpo
como do espírito". O Papa Bento 16 não sofre de nenhuma doença específica
e sua decisão de renunciar foi tomada sem pressão externa, disse o porta-voz do
Vaticano após o supreendente anúncio do pontífice de que deixaria o cargo no
final deste mês. O Padre Federico Lombardi disse que a decisão do Papa, de 85
anos de idade, não foi devido a uma doença, mas a um declínio progressivo da
sua força, o que é normal num homem com sua idade."Nos últimos meses ele
tem observado um declínio no seu vigor tanto de corpo quanto de espírito",
disse Lombardi aos repórteres. "Foi uma decisão pessoal dele, tomada com
total liberdade, que merece total respeito", acrescentou.O único
precedente da renúncia de um Papa remonta ao ano de 1294, quando Celestino V abdicou antes de ser consagrado. Antes de ser designado Papa ele havia vivido como um ermitão e não se sentia preparado para assumir o comando da Igreja. O cardeal Peter Turkson, natural do Gana, é um dos nomes apontados como mais prováveis para suceder a Bento XVI no pontificado.Turkson lidera nas casas de apostas com uma margem de 9-4. Recorde-se que a nomeação de um novo Papa é responsabilidade de 118 cardeais, que vão eleger o sumo pontífice em conclave na Capela Sistina, no Vaticano.Uma eventual escolha de Turkson marcaria um momento histórico na Igreja Católica, uma vez que nunca um cidadão fora da Europa foi Papa. Estima-se que mais de metade (70%) da população católica no mundo seja oriunda da América Latina e de África.
precedente da renúncia de um Papa remonta ao ano de 1294, quando Celestino V abdicou antes de ser consagrado. Antes de ser designado Papa ele havia vivido como um ermitão e não se sentia preparado para assumir o comando da Igreja. O cardeal Peter Turkson, natural do Gana, é um dos nomes apontados como mais prováveis para suceder a Bento XVI no pontificado.Turkson lidera nas casas de apostas com uma margem de 9-4. Recorde-se que a nomeação de um novo Papa é responsabilidade de 118 cardeais, que vão eleger o sumo pontífice em conclave na Capela Sistina, no Vaticano.Uma eventual escolha de Turkson marcaria um momento histórico na Igreja Católica, uma vez que nunca um cidadão fora da Europa foi Papa. Estima-se que mais de metade (70%) da população católica no mundo seja oriunda da América Latina e de África.
domingo, fevereiro 10, 2013
Quando se faz por respeitar!
O Presidente da República nas cerimónias oficiais por ocasião do Dia dos Heroís Moçambicanos.Os cidadãos que saudam Armando Guebuza são militantes da segunda força política da oposição.
Renuncia!
David Sibambo, um dos nove membros da Comissão Central de Ética
Pública, acaba de renunciar ao cargo, por razões ainda não tornadas públicas.Sibambo,
juiz-conselheiro do Tribunal Administrativo, fora designado pelo Conselho
Superior de Magistratura Judicial Administrativa para aquela Comissão,
empossada no mês passado pela Presidente da Assembleia da República, Verónica
Macamo, no âmbito da Lei de Probidade Pública.A renúncia foi confirmada pelo
Presidente da Comissão, Sinai Nhatitima.Sem avançar as razoes da renúncia,
Nhatitima assegurou que “já foi designado novo membro que oportunamente vai
tomar posse”.A Comissão Central de Ética Pública é composta por nove membros,
dos quais três indicados pelo Governo, outro tantos pelo Parlamento e ainda
igual número pelas magistraturas judiciais, do ministério público e
administrativa.Este órgão tem como atribuições, administrar o sistema de
conflitos estabelecido na lei, estabelecer regras, procedimentos e mecanismos
que tenham em vista prevenir ou impedir eventuais conflitos de interesses,
avaliar e fiscalizar a ocorrência de situações que configurem conflito de
interesses e determinar medidas apropriadas para a sua prevenção e eliminação,
incluindo a apresentação de queixas ou participação junto ao Ministério Público.Por
outro lado, tem como missão orientar e dirimir dúvidas e controvérsias acerca
da interpretação das normas que regulam os conflitos de interesse, sem prejuízo
das competências próprias dos tribunais sobre a matéria, garantir a protecção dos
denunciantes de conflitos de interesses, de acordo com o regime geral de
protecção das testemunhas, vitimas, denunciantes e outros operadores
necessários.A Comissão tem ainda a responsabilidade de elaborar um modelo de
declaração de património prevista na lei de Probidade e que se aplica aos
titulares de cargos políticos providos por eleições ou nomeação, juízes e
magistrados do Ministério Público, gestores responsáveis da administração
central e local do Estado, membros do Conselho de Administração do Banco de
Moçambique.Quadros de direcção da Autoridade Tributária de Moçambique, gestores
do património público afecto às Forças Armadas e à polícia, independentemente
da sua qualidade, os gestores e responsáveis dos institutos públicos, fundos ou
fundações públicas, das empresas públicas e os gestores das empresas
participadas pelo Estado, bem como membro da Assembleia da Provinciais, deverão
fazer igualmente a sua declaração.A lei de probidade pública (Lei número
15/2012 de 14 de Agosto), que entrou em vigor em Novembro do ano passado, se
aplica a servidores públicos com vista a assegurar moralidade, transparência,
imparcialidade e respeito na gestão do património do Estado.A lei abrange,
igualmente, autoridades de entidade s não públicas, singulares ou colectivas,
circunstancialmente investidas de poder público. A mesma entrou hoje em vigor,
carecendo ainda de condições para a sua aplicação efectiva.
Esteira e cama, tudo está na água...
quarta-feira, fevereiro 06, 2013
O tal Carnaval com paços de samba,daí que...
É, necessário lembrar, historicamente que o Carnaval com estilo
brasileiro confunde-se com o comércio de escravos. Pois, foi aqui onde
atracaram navios e desembarcaram tripulantes vindos do Brasil com o propósito
de transporte de escravos. E, como se não bastasse, alguns se enraizaram
criando um ambiente de festas e farras misturadas com as culturas lusitanas e
indianas. “Quelimane é um dos lugares de Moçambique que forneceu escravos
para Brasil. No entanto, assume em Quelimane, o tal Carnaval com paços de
samba, enfrentou o desafio do pluralismo cultural e processo de empréstimo e de
transculturação.”A manifestação proveniente de hábitos e costumes deste povo do
Sul da actual Zambézia, particularmente de Quelimane, ligados ao canto e dança
bem como instrumentos e indumentária transformou-se em Carnaval pelo que se
sabe nos princípios do ano 60 do século passado (séc. XX), concretamente.
7 mil afectados e + 10 pessoas mortas! É pouco “mano Mané” ?
Como um político da nova geração, com o
alto nível de instrução, exige-se que Manuel de Araújo seja portador de sinais
de esperança. Que seja uma fonte de inspiração para que os mais jovens se
interessem pela política e devolvam à política a nobreza que ela merece. Para
que isso aconteça, o país precisa de políticos diferentes dos que temos hoje. Causou indignação geral o facto da Presidência
da República, o Governo e a família Guebuza terem tomado a triste decisão de
oferecer o mega-almoço de celebração dos 70 anos de vida de Armando Guebuza,
numa altura em que compatriotas nossos se afogavam em consequência das cheias
que fustigam o país. Este acto condenável teve até direito a honras televisivas
para que os moçambicanos, incluindo as vítimas da cheias, pudessem acompanhar
este momento de celebração do Presidente Guebuza juntamente com os seus 1 000
convivas.A oposição, aproveitando-se deste facto, desdobrou-se em moralismos
até certo ponto excessivos para condenar a atitude do Presidente Guebuza.
Chamaram nomes ao Presidente da República e sua família.
Não é que para o meu espanto, tomei
conhecimento, através da STV, que Manuel de Araújo,(carinhosamente chamado Mano Mané) edil de Quelimane,
militante do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) está a gastar um milhão
de meticais para realizar uma festa popular denominada “Carnaval Chuabo”.Não
tenho nada contra as festas populares e acho de bom tom que os governantes
apoiem as manifestações populares e o carnaval de Quelimane é uma marca
indelével na cultura do povo de Quelimane. Entretanto, é do conhecimento de
todos nós que o município de Quelimane e seus munícipes foram afectados pelas
cheias e há, neste momento, pessoas que estão a atravessar momentos dramáticos,
e não me parece razoável que Manuel de Araújo, na sua qualidade de edil, tire
dos cofres municipais um milhão de meticais para promover festas.O mais sensato
na minha opinião seria adiar o carnaval, em consequência das cheias na
província da Zambézia, incluindo o município de Quelimane. Manuel de Araújo, na
sua qualidade de governante, deve ser solidário com outros compatriotas seus em
Gaza, Maputo e Sofala que perderam tudo. Mas não é o que está a acontecer. Só
na Zambézia, há mais de sete mil pessoas afectadas e mais de 10 pessoas
morreram em consequência das cheias! É pouco senhor presidente Manuel de
Araújo?
Da mesma forma que a oposição e outros
sectores de opinião habituados a criticar Armando Guebuza, a Frelimo e o
Governo, espero que tenham a mesma coerência e denunciem este acto simplesmente
escandaloso e vergonhoso. De uma figura como Manuel de Araújo, com
reconhecido percurso académico e intelectual, era de esperar uma outra forma de
estar na política. O recurso a camisetas, música, danças e bebedeiras não pode
continuar a ser o expediente político mais apetecível para captar votos por
parte de políticos moçambicanos. A política precisa de ser um espaço de
trabalho e de debate de ideias e não um espaço para a promoção da bebedeira, do
ócio e da estupidificação da sociedade e dos mais jovens em particular. Como um político da nova geração, com o alto
nível de instrução, exige-se que Manuel de Araújo seja portador de sinais de
esperança. Que seja uma fonte de inspiração para que os mais jovens se
interessem pela política e devolvam à política a nobreza que ela merece. Para
que isso aconteça, o país precisa de políticos diferentes dos que temos hoje.
Precisa de verdadeiros servidores públicos e não estes que hoje abundam no
espaço público que usam o Estado e o povo para dele se servirem. Precisa de
gente qualificada que faça uma gestão correcta dos bens públicos e faça a
devida prestação de contas.
O país não suporta mais políticos que são
avessos à prestação de contas e têm na desorganização organizada o seu modus
operandi para pilhar cada vez mais ao povo moçambicano. O país
precisa de mais trabalho e menos festas e, já agora, menos feriados e pontes.
Precisamos de políticos trabalhadores e não aqueles que ficam um dia inteiro a
desfilar pelas ruas da cidade em nome de carnaval. Precisa de políticos trabalhadores, mais
sensíveis, e não estes que sobrevoam zonas inundadas de helicópteros e montam
palanques para fazer comícios dizendo ao povo que há cheias no país porque
somos pobres. Precisamos de sinais de esperança já! Aos autarcas dos partidos da oposição,
exige-se seriedade e mais rigor na gestão da coisa pública. Precisam de mostrar
que são diferentes da actual governação da Frelimo, em que, em muitas ocasiões,
escasseiam exemplos de moralidade e ética pública ao mais alto nível da
Governação! (J.B.soico)
Puchaaaa...até são da mesma família política!
O
Ministério da Defesa diz que os talhões em volta da base aérea pertencem-lhe e
recuperou-os à força. O Gabinete de Zonas de Desenvolvimento Acelerado (GAZEDA),
em representação do Ministério da Planificação e Desenvolvimento, não concorda
e afirma que o governo aprovou um dispositivo legal que estabelece a
desactivação da base aérea de Nacala. O director-geral do GAZEDA, Danilo Nalá,
explicou ontem que o governo, em sede de Conselho de Ministros, decidiu transferir
as forças especiais e transformar a base militar em aeroporto civil. Esta
resolução abre caminho para construção do futuro Aeroporto Internacional de
Nacala. O responsável defendeu ainda a necessidade de reavaliação do conceito
de servidão militar para o aproveitamento económico e social de zonas com forte
potencial de crescimento. Entende o director do GAZEDA que é este o princípio
que permitiu que várias infra-estruturas fossem construídas próximas do
quartel-general, na cidade de Maputo, do Aeroporto Internacional da Beira e do
de Nampula. “Não somos os únicos a fazer isso. Em quase
todo o mundo, incluindo Joanesburgo, há infra-estruturas em redor do aeroporto.
Não podemos deixar zonas como Nacala sem aproveitamento. Aliás, o próprio
Aeroporto Internacional de Nacala só é viável com os negócios em
redor”. A Zona Económica Especial de Nacala foi criada por
resolução em Julho de 2007 pelo Conselho de Ministros, integrando os distritos
de Nacala-Porto e Nacala-a-Velha. A reivindicação do Ministério da Defesa é
levantada seis anos depois da decisão do governo, como se este Ministério não
fizesse parte do Conselho de Ministros. Ou melhor, onde estava o Ministério da
Defesa e as Forças Armadas de Defesa de Moçambique quando a implantação da Zona
Económica Especial de Nacala se iniciou?
Trata-se de uma posição que já afecta os
proprietários dos projectos, que foram interditos de qualquer movimento no
local. Agentes económicos afectados
dizem que as FADM travaram as obras e os projectos nos talhões próximos da base
aérea de Nacala, colocando guardas armados em vários pontos para impedir
qualquer movimento de pessoas e bens.
A situação chocou os proprietários dos
projectos, na medida em que estes têm documentos de autorização para
exploração, concedidos pelo Conselho Municipal de Nacala-Porto e pelo Gabinete
das Zonas de Desenvolvimento Acelerado - GAZEDA. Há documentos chancelados pelas hierarquias das
duas instituições, nomeadamente, Issufo Chale, edil de Nacala-Porto, e Danilo
Nalá, director-geral do GAZEDA. O proprietário de um projecto de construção de
um hotel diz que a decisão da paralisação prejudicou a calendarização do
pagamento das dívidas e entrada em funcionamento da estância. O hotel deveria
ser inaugurado este mês, mas a mão das Forças Armadas impediu. A paralisação
levou à destruição e vandalização das obras. As chuvas destruíram um tanque de
armazenamento de água, drenos e houve roubo de bens. O proprietário fala já em
prejuízos e afirma que o projecto é financiado pela banca no valor de oito
milhões de dólares. Mas há muitos outros projectos travados. Danilo Nalá apela
ao diálogo e diz que em breve as partes encontrarão uma saída para desbloquear
o desentendimento.(OPaís) (Na foto: Ministro do P.Desenvolvimento(de pé),Director do GAZEDA e Presidente C.Municipal de Nacala)
terça-feira, fevereiro 05, 2013
Os seus detractores internos foram incompetentes!
Sofrimento Matequenha renova ameaça!
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