A Direcção da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a maior e mais antiga instituição do ensino superior em Moçambique, decidiu retornar, a partir do próximo ano, ao anterior currículo académico trocado há apenas três anos.Há três anos, a UEM decidiu trocar o seu currículo académico o que, dentre vários aspectos consistiu na redução do período de licenciatura de quatro anos para três, na maioria dos cursos, e de sete para seis anos, para o curso de Medicina. Na altura, a instituição justificou essa adopção do currículo conhecido como Modelo de Bolonha, por este último ser alegadamente flexível para a formação de quadros necessários para o desenvolvimento do país.Entretanto, semana passada, o porta-voz da UEM, Joel das Neves, anunciou o retorno ao currículo anterior, alegando que o Modelo de Bolonha “não é viável”.Facto curioso é que a introdução do currículo até agora em vigor não reuniu consenso por parte de académicos, sector privado e sociedade no geral, mas a UEM na altura liderada pelo padre Filipe Couto disse que a adopção do Modelo de Bolonha era irreversível, pois estava provado ser o mais ideal para o país.O padre Couto cessou funções como reitor da UEM em princípios de Maio último, tendo subido para esse cargo o antigo vice-reitor Académico, Orlando Quilambo. Desde a sua ascensão, Quilambo (da equipa directiva de Couto)tem vindo a tomar medidas contrárias às anteriores decisões, sendo uma delas o retorno de estudantes que frequentavam o curso de Agronomia em Sábie, distrito de Moamba, província de Maputo, para o campus principal da UEM, localizado na cidade de Maputo.Os 113 estudantes estavam matriculados na nova Escola Superior de Desenvolvimento Rural de Sábie (ESUDER), criada no distrito da Moamba, Sul de Moçambique, mas a sua transferência para a Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal foi anunciada em Julho último, alegadamente por falta de laboratórios e bibliotecas em Sábie.
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