Devemos reflectir profundamente sobre a situação que vivemos, o que fizemos, o que apresentamos, o que aprendemos durante todo este tempo; quem são os que nos influenciaram, etc. Será que relativamente ao período antes do sagrado mês de Ramadhaan, estamos mais próximos a Deus ou não?
Muitas destas questões podem até ser comuns, mas são importantes na sua essência e precisam de uma resposta.Neste mês, devemos fazer uma pausa e pensar numa mudança construtiva de nós mesmos e fazermos uma intenção definitiva a partir deste Ramadhaan, de nunca mais perdermos o nosso valioso tempo em coisas fúteis, em coisas cujo objectivo é de apenas perdermos a nossa vida sem que dela tiremos qualquer proveito real, isto porque a vida está a passar com bastante rapidez, e cada um de nós decerto ter-se-á apercebido da forma como as semanas se sucedem sem que demos conta. Aliás, os meses e os anos, um após outro também se vão sucedendo, e comentamos em espanto dizendo: “quão rápido estão a passar os dias, os meses e os anos”!
Portanto, tirar o máximo proveito das oportunidades que se nos oferecem na vida, e apressarmo-nos em fazer tudo o que é importante, antes que a morte nos surpreenda e tenhamos que deixar este mundo, deve ser a nossa prioridade.
O Profeta Muhammad S.A.W. diz: “Aproveite cinco coisas antes das outras cinco:
— A tua vida antes de morreres;
— A tua saúde antes de adoeceres;
— O teu tempo livre antes de te ocupares;
— A tua juventude antes de envelheceres; e
— A tua riqueza antes de empobreceres.
Portanto, nisto temos orientações para aproveitarmos o tempo livre, a vida, a saúde, a juventude e a riqueza. De facto, a tendência de se adiarem sempre as coisas está no instinto humano, o que está por detrás do atraso e fracasso no nosso desenvolvimento. E isso leva a que nos sobrecarreguemos com coisas que estão fora da nossa capacidade. Por exemplo, o alfaiate que nos promete entregar o fato nos meados de Ramadhaan, mas fica adiando até que chega o dia de Eid e o fato ainda não está pronto, isto porque o alfaiate se sobrecarregou a si próprio com trabalhos que estão acima das suas capacidades, ou com trabalho acumulado.Portanto, é necessário que planeemos o nosso percurso para o futuro, tomemos em conta as bases para a mudança, dando a devida prioridade, em especial a tudo aquilo em que notemos algumas falhas durante o ano, a fim de evitarmos que os mesmos erros se repitam, e para que o próximo ano não seja tão oco como foi o ano passado, ficando arrependidos e com remorsos pelo tempo perdido.É tempo de despertarmos, pois a prossecução das poucas conquistas alcançadas depende disso se quisermos atingir os píncaros da vida. O ignorante gosta de sonhar acordado, de viver no desleixo, na preguiça e na entrega às paixões. Temos de olhar mais além, e não nos devemos nunca contentar com coisas insignificantes, olhando apenas para este mundo passageiro. Temos que definir as nossas metas na vida e começarmos a aplicá-las de acordo com as prioridades. Saibamos que quatro coisas endurecem o coração:
— Comer demais;
— Dormir demais;
— Falar demais; e
— O convívio (passatempo) em excesso.
Da mesma maneira que a comida e a bebida não são benéficas a um corpo adoentado, o coração também, se estiver afectado de vícios e paixões, nenhum conselho ou sermão lhe pode ser benéfico.Decorridas quase três semanas de Ramadhaan, cada um de nós deve colocar a si mesmo estas e muitas outras perguntas. Será que:
— Já temo mais a Deus?
— Já deposito mais confiança em Deus?
— Já sou mais honesto?
— Já cumpro com as promessas?
— Já perdoo aos outros?
— Já falo verdade?
— Já tento ajudar o necessitado?
— Já tento socorrer o oprimido?
— Já cumpro com os direitos dos outros?
Se a resposta for positiva, então é porque o Ramadhaan deixou marcas em si, pelo que deve agradecer à Deus por estes sinais de aceitação. E se a resposta for negativa, então chore a sua morte, pois algo está mal entre si e o Ramadhaan. Todavia, enquanto estiver vivo, ainda vai tempo de mudar e recuperar o que perdeu. Saiba que duas coisas nunca são eternas: a força da pessoa e a sua juventude. Duas coisas nunca mudam na pessoa: a sua natureza e o seu instinto. E duas coisas crescem com a pessoa: o seu juízo e as suas acções.
segunda-feira, agosto 29, 2011
De facto, o nosso tempo é a nossa vida. E o tempo está passando tão rápido como passam as nuvens. Eis na nossa vida mais um Ramadhaan a caminhar já para a recta final, sem sabermos se dele teremos tirado algum proveito ou não, ao fazermos algo que seja benéfico para nós, para a nossa sociedade e para o nosso país. Será que já escrevemos nos registos das nossas acções, coisas que nos servirão, no dia em que nos apresentarmos perante o nosso Criador? Mais um Ramadhaan está prestes a passar, numa altura em que vivemos num meio com muitas tentações e grandes dificuldades. A questão é: o que é que nós fizemos ou, qual foi a nossa contribuição no sentido de solucionarmos os problemas que enfrentamos? Será que já fizemos uma pausa e reflectimos seriamente, com a intenção de nos mudarmos definitivamente para o bem?
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