O Governo tem estado a apostar na construção de infra-estruturas escolares em todo o país de forma a proporcionar melhores condições de aprendizagem aos alunos, bem como abrir mais vagas para novos ingressos, porém, muitas delas carecem de mobiliário, sobretudo carteiras.Devido a esta situação, milhares de crianças continuam a estudar sentadas no chão.A situação é tão grave que os alunos trazem cadeiras das suas casas e algumas escolas pedem emprestado cadeiras e carteiras para poderem funcionar. O Instituto de Formação de Educadores de Alfabetização de Adultos de Gaza que conta, desde o ano passado, com novas infra-estruturas, construídas de raiz, é disso exemplo. O instituto funciona com cadeiras emprestadas da Escola Profissional de Maciene, Escola Secundária de Chicumbane (que também disponibilizou algumas camas e beliches para o internato), Escola Secundária Joaquim Chissano e do Centro de Iniciação Profissional de Mandlakazi.Numa visita efectuada recentemente ao instituto, o respectivo director, Gabriel Macoo disse que as obras de construção daquela unidade escolar foram concluídas no ano passado, tendo iniciado a actividade de formação este ano sem estar apetrechada.“O instituto foi entregue, mas falta equipamento. O auditório é o único compartimento da escola que está devidamente apetrechado e já recebemos alguns computadores para informática e para os gabinetes. Esperamos receber o restante equipamento até ao fim deste ano”, disse.Ele confirmou que o instituto tem estado a pedir emprestado algumas carteiras noutras escolas. “São ao todo 48, que dividimos por duas salas a razão de 24 em cada. Pedimos emprestado na Escola Profissional de Maciene que já não está a funcionar, a Escola Secundaria de Chicumbane, a Escola Secundária Joaquim Chissano e do Centro de Iniciação Profissional de Mandlakazi”, explicou..Na última reunião de planificação do Ministério da Educação (MINED), realizada nos princípios de Julho último, o titular do sector, Zeferino Martins, chamou atenção para a necessidade de se olhar para o apetrechamento das escolas, ao mesmo tempo que lançam os concursos para construção das escolas.“Somos rápidos a construir escolas e, depois, as escolas ficam dois a três anos sem carteiras e isso é intolerável. Temos que mudar a nossa actuação e, ao mesmo tempo, que se faz o procurement para a construção das salas de aula, é preciso fazer procurement para fornecimento do mobiliário escolar” exortou na ocasião.Zeferino Martins acrescentou que “não vale a pena construir uma escola se ela não vai ter carteiras. Esse deve ser um princípio a adoptar no sector”.O Instituto de Formação de Educadores de Alfabetização de Adultos forma professores com a 10ª classe, no modelo 10ª mais um (10+1).Neste momento conta com 107 formandos, dos quais 70 são mulheres, divididos em duas turmas.O instituto conta com sete salas de aula, uma sala de informática, uma biblioteca (ainda por apetrechar) e campo polivalente, para alem de bloco administrativo e um internato com dormitórios, cozinha e refeitório, bem como três residências para o director do instituto, director adjunto e chefe do internato.
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