Marcelino dos Santos é considerado o pai das Linhas Aéreas de
Moçambique (LAM), a companhia de bandeira que nasce ligada
à Ofensiva Política
e Organizacional desencadeada em 1980, pelo Presidente Samora Machel que depois
de visitas sucessivas à DETA, então Direcção
de Exploração do Transporte Aéreo,
sugeriu a constituição de uma comissão, liderada por Marcelino dos Santos, para
a auscultação aos trabalhadores em encontros específicos.
Um dos encontros realizou-se no Hangar nº 1, actual Direcção
Técnica, tendo durado quase 24 horas, ou seja, começou no dia 13 de Maio e
prolongou-se até à
madrugada de 14 de Maio, culminando com a transformação
da
DETA em LAM ao abrigo do
Decreto nº 8/80 de 19 de Novembro.
“Queremos fazer da LAM o espelho da nossa vitória contra o
subdesenvolvimento”, foi assim que Marcelino dos Santos anunciou a boa nova.
Mas a partir daí começou uma grande luta. É que sob o espectro das
privatizações propostas pelas instituições de Bretton Wood (Banco Mundial e
FMI) chegou-se a
cogitar a possibilidade de alienação da companhia de bandeira,
e foi precisamente ele que encarregou-se de garantir que “enquanto eu estiver
vivo a LAM jamais será privatizada”.
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