segunda-feira, fevereiro 17, 2020

"mais do que aberto"


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O embaixador da Rússia em Moçambique diz que o combate aos insurgentes em Cabo Delgado requer uma acção conjunta e flexível. Alexander Surikov fez esses pronunciamentos , depois da audiência concedida pela nova Presidente da Assembleia da República, Esperança Bias.
A província de Cabo Delgado é desde 2017, palco de ataques armados de homens considerados insurgentes que matam, queimam casas e bens das populações. O embaixador Russo em Moçambique considera que é preciso evitar que mais pessoas morram. Questionado sobre a presença das tropas Russas na zona norte do país, particularmente em Cabo Delgado identificados como sendo mercenários, que combatem os insurgentes ao lado das Forças de Defesa e Segurança, o diplomata não quis entrar em detalhes. Mesmo assim, a Rússia diz estar disponível para apoiar o país em tudo o que for necessário.
Por outro lado os Estados Unidos manifestaram, esta sexta-feira, disponibilidade para cooperar com Moçambique no combate aos ataques armados em Cabo Delgado.  O novo adido militar norte-americano em Maputo, Fergal James O’Reilly, declarou, esta sexta-feira (14), em Maputo, que o Governo norte-americano está “mais do que aberto” para cooperar com Moçambique no combate aos ataques armados em Cabo Delgado.
Como em relação a qualquer outro país que está a sofrer esta praga, estamos mais do que abertos a ajudar, de qualquer forma que pudermos, a derrotar este problema que vocês têm aqui, afirmou, em declarações recolhidas pela agência Lusa.
Fergal James O’Reilly disse que cabe às autoridades moçambicanas decidirem se precisam de ajuda na luta contra a violência no Norte e se pedirem auxílio os EUA vão analisar o tipo de assistência a prestar.
Recorde-se que os ataques armados na província de Cabo Delgado surgiram em 2017. O grupo ‘jihadista’ do autodenominado Estado Islâmico, tem reivindicado alguns ataques desde Junho, mas a sua presença no terreno é considerada pouco credível por especialistas e autoridades.
Os ataques provocaram a morte de, pelo menos, 350 pessoas e mais de 150 mil perderam bens ou foram obrigadas a abandonar as suas casas. Na província de Cabo Delgado, avançam obras de mega-projectos, como a petrolífera norte-americana Exxon Mobil, que pretendem destacar Moçambique nos produtores mundiais de gás natural daqui a quatro anos.

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