O
embaixador da Rússia em Moçambique diz que o combate aos insurgentes em Cabo
Delgado requer uma acção conjunta e flexível. Alexander Surikov fez esses
pronunciamentos , depois da audiência concedida pela nova Presidente da
Assembleia da República, Esperança Bias.
A
província de Cabo Delgado é desde 2017, palco de ataques armados de homens
considerados insurgentes que matam, queimam casas e bens das populações. O
embaixador Russo em Moçambique considera que é preciso evitar que mais pessoas
morram. Questionado sobre a presença das tropas Russas na zona norte do país,
particularmente em Cabo Delgado identificados como sendo mercenários, que
combatem os insurgentes ao lado das Forças de Defesa e Segurança, o diplomata
não quis entrar em detalhes. Mesmo assim, a Rússia diz estar disponível para
apoiar o país em tudo o que for necessário.
Por
outro lado os Estados Unidos manifestaram, esta sexta-feira, disponibilidade
para cooperar com Moçambique no combate aos ataques armados em Cabo Delgado. O novo adido militar norte-americano em
Maputo, Fergal James O’Reilly, declarou, esta sexta-feira (14), em Maputo, que
o Governo norte-americano está “mais do que aberto” para cooperar com
Moçambique no combate aos ataques armados em Cabo Delgado.
“Como
em relação a qualquer outro país que está a sofrer esta praga, estamos mais do
que abertos a ajudar, de qualquer forma que pudermos, a derrotar este problema
que vocês têm aqui”, afirmou, em declarações recolhidas pela agência Lusa.
Fergal
James O’Reilly disse que cabe às autoridades moçambicanas decidirem se precisam
de ajuda na luta contra a violência no Norte e se pedirem auxílio os EUA vão
analisar o tipo de assistência a prestar.
Recorde-se
que os ataques armados na província de Cabo Delgado surgiram em 2017. O grupo
‘jihadista’ do autodenominado Estado Islâmico, tem reivindicado alguns ataques
desde Junho, mas a sua presença no terreno é considerada pouco credível por
especialistas e autoridades.
Os
ataques provocaram a morte de, pelo menos, 350 pessoas e mais de 150 mil
perderam bens ou foram obrigadas a abandonar as suas casas. Na província de
Cabo Delgado, avançam obras de mega-projectos, como a petrolífera
norte-americana Exxon Mobil, que pretendem destacar Moçambique nos produtores
mundiais de gás natural daqui a quatro anos.
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