O
Ministério Público abriu uma investigação para esclarecer o destino dado ao
valor da venda de duas aeronaves das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) que,
entretanto, não aparece reflectido na contabilidade da companhia.
Segundo
o Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) está em causa a compra, venda
e aluguer de duas aeronaves do tipo Q 400, num processo que envolve a LAM e uma
empresa estrangeira, cuja análise sumária do processo levou a suspeitas de que
tenha havido esquemas de corrupção na aplicação do valor referente à
operação.
Face
à suspeita, e de modo a apurar os factos, a 5 de Julho último foi instaurado um
processo-crime registado sob o número 52/GCCC/16, ao mesmo tempo que foi
solicitada uma auditoria ao processo de compra, venda e aluguer junto da
Inspecção Geral de Finanças. A ideia é apurar, junto dos antigos gestores da
companhia, o destino dado ao dinheiro. As
suspeitas da aplicação fraudulenta dos montantes provenientes da compra, venda
e aluguer das duas aeronaves foram levantadas pelo GCCC quando procedia à
investigação de matérias relacionadas com alegadas práticas de má gestão
exercida por dois administradores da companhia aérea de bandeira, denunciadas
pelos trabalhadores.Foi
na sequência deste trabalho que o Ministério Público deduziu uma acusação
contra um antigo administrador da LAM por abuso de função, consubstanciado na
celebração de 25 contratos com uma empresa pertencente a um familiar directo,
levando a firma a pagar mais de cinco milhões de meticais.
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