O Ministério do Trabalho, Emprego e
Segurança Social (MITESS) interditou, segunda-feira, com efeitos imediatos, o
direito de exercício laboral em Moçambique ao director geral da empresa
'Custódio Construções', Lda, o português Sabino Filipe Custódio por
irregularidades laborais. Sabino Custódio e' acusado de ter violado os
'Direitos Fundamentais' estabelecidos na Constituição da República e as demais
leis em vigor no país. A violação dos direitos foi constatada pela Inspecção
Geral do Trabalho, numa visita que realizou àquela empresa com sede em Maputo
onde, além de irregularidades laborais, constatou ainda manifestação de maus
tratos perpetrados aos trabalhadores moçambicanos pelo respectivo director
geral.
Segundo um comunicado de imprensa do ministério, Custódio não concedia
equipamento de prevenção da sinistralidade laboral, expondo os seus
trabalhadores a perigos graves contra a sua segurança e saúde, no posto de
trabalho. Outras irregularidades incluem descontos salariais aos seus trabalhadores
e a não canalização dos respectivos descontos ao Sistema de Segurança Social.
Custódio é acusado ainda de insultar seus trabalhadores, proferindo palavras
injuriosas, pondo em causa a integridade moral daqueles. A acentuada entrada de
cidadãos estrangeiros em Moçambique, contratados por empresas que actuam em
diversas áreas da economia nacional, com destaque para o ramo de construção
civil, tem vindo a preocupar as autoridades do MITESS. Como consequência, só em
Maio deste ano, as autoridades laborais moçambicanas fiscalizaram perto de 50
empresa do ramo, tendo sido detectados e suspensos imediatamente 120 cidadãos
em situação ilegal, provenientes de diferentes países.
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