No segundo dia da sua
visita de estado à Índia, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, regressou ao
Instituto Indiano de Gestão (Indian Institute of Management, IIM), uma
instituição do ensino superior em Ahmedabad, a maior cidade do estado de
Gujarat, onde frequentou um curso de formação de quatro meses e meio para executivos
avançados em 2003.Na época, Nyusi era um executivo sénior da Empresa Pública,
Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e ainda não havia qualquer
indício de que um dia ele seria eleito para ocupar o cargo de Presidente de
Moçambique.Para a visita de Nyusi, foram convidados os seus colegas de turma de
2003 para um reencontro, tendo comparecido 18 dos seus 36 antigos parceiros.
Foi um encontro que decorreu num ambiente informal, onde tiveram a oportunidade
de abraçar o Presidente, rir, brincar e lançar algumas piadas.
Muitos dos seus antigos
colegas são agora figuras importantes em grandes empresas indianas, alguns dos
quais com interesses em Moçambique, enquanto outros manifestaram interesse em
expandir para o mercado da Africa Austral, incluindo Moçambique. Sunil Gen, que
actualmente exerce o cargo de director financeiro da Videocon, um conglomerado
indiano, com vários interesses, desde produtos electrónicos de consumo a
petróleo e gás, disse que ele e Nyusi eram grandes amigos e lembra-se do
Presidente como sendo 'intelectualmente poderoso'.'Estamos muito orgulhosos com
o facto de um dos nossos colegas ser agora Presidente de Moçambique',
acrescentou. Outros no grupo agradeceram Nyusi 'por trazer-nos todos juntos
novamente depois de 12 anos'.
Houve também momentos
mais relaxantes, como quando um antigo colega disse que “eu costumava sentar
atrás do camelo, para evitar que você caísse”.
Estudantes moçambicanos
continuam a frequentar instituições de ensino superior em Gujarat, e Nyusi teve
um breve encontro com um grupo num hotel de Ahmedabad que contou com a
participação de 21 dos 49 residentes naquele estado. Cinco do grupo são agentes
da polícia moçambicana, com diplomas universitários, e que estão a frequentar
um curso de mestrado em ciência forense.A chefe do grupo, Liana Cumbe, uma estudante
do terceiro ano de engenharia informática assegurou ao presidente que todos os
alunos estão comprometidos com o desenvolvimento de Moçambique. 'Tenho a
certeza que vão sair daqui quadros bem formados”, disse ela.
Mas, quando Nyusi
questionou se eles tiveram alguma dificuldade em se adaptar às condições da
Índia, um dos membros do grupo admitiu que a falta de laboratórios em muitas
escolas secundárias moçambicanas, significa que muitos estudantes acabaram
encontrando equipamento desconhecido que tiveram que aprender a lidar em
Gujarat.O grupo também
manifestou a sua preocupação com as perspectivas de emprego após o seu regresso
a Moçambique, e afirmaram que poderão tentar encontrar empregos com empresas
indianas que operam no país.
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