domingo, outubro 11, 2020

´´Não se pode olhar a insurgência unicamente a .........´´


´´   .............. a partir de Cabo Delgado´´ É o argumento central da pesquisa sobre o conflito em Cabo Delgado, levada a cabo pela Fundação MASC (Mecanismo de Apoio à Sociedade Civil), em parceria com o Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE).

Os resultados preliminares da pesquisa foram apresentados por João Pereira, da Fundação MASC, e Salvador Forquilha, do IESE, esta sexta-feira, 09 de Outubro, num evento à porta fechada com parceiros estratégicos, em Maputo.Intitulado “Afinal não é só Cabo Delgado!”, o estudo constata que existem factores que propiciam a evolução do conflito nas províncias de Nampula e Niassa.Segundo os pesquisadores, três anos depois do primeiro ataque dos insurgentes a Mocímboa da Praia, a 05 de Outubro de 2017, a região norte de Moçambique está sob risco de atingir um estágio de violência endémica.

Entre os factores, o crime organizado, o contrabando de recursos, a deterioração da situação humanitária e a fragilidade do Estado moçambicano para conter a violência.

Assim, João Pereira e Salvador Forquilha defendem que, mais do que compreender as causas do conflito em Cabo Delgado, é hora de compreender as dinâmicas do processo do conflito em toda a região norte do país. Defendem também uma abordagem holística e integrada, que olha para as dinâmicas do norte do país como um todo, para além da dimensão regional, tendo em conta o papel que países como a Tanzânia jogam no conflito moçambicano. Os pesquisadores da Fundação MASC e do IESE apontaram que, à semelhança do que acontece em Cabo Delgado (ver por exemplo, o Cadernos IESE sobre “Radicalização Islâmica no Norte de Moçambique: o caso de Mocímboa da Praia, nas versões em Português e Inglês), em Nampula e Niassa, os insurgentes têm estruturas de funcionamento eficientes, incluindo redes de recrutamento, cujas células servem como base de radicalização nas três províncias.Refira-se ainda que, no evento, a Fundação MASC apresentou as diversas acções em curso para conter a violência extremista e a radicalização no norte de Moçambique.

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