O Partido Social Democrata de Portugal (PSD) saúda o Presidente da Frelimo,
partido no poder em Moçambique, afirmando que a sua postura é declaradamente
contra a corrente mundial marcada por ambiente em crescente militarização.Este
sentimento foi expresso pelo representante do PSD, Marcos António Costa, no
segundo dia do 11º Congresso da Frelimo em curso na cidade da Matola, na
província meridional de Maputo.
“Num tempo em que vivemos uma sociedade internacional permanentemente
marcada por discursos beligerantes, por discursos que confrontam países,
líderes e com a uma corrida crescente a militarização dos Estados haver um
líder que faz da paz o seu principal objectivo de vida e da sua acção política
é um exemplo contra a corrente que merece ser reconhecido e admirado”, disse
Costa, durante a apresentação da mensagem do PSD dirigida a Frelimo.Falando
sobre o evento, o representante do PSD disse ter ficado agradavelmente
surpreendido ao constatar que afinal é possível discutir assuntos sérios de
grande responsabilidade para o futuro de Moçambique com uma enorme
profundidade, mas com uma alegria contagiante.
“A vossa alegria é contagiante”, disse.
Sublinhou ser também surpreendente e admirável com a presença e
reconhecimento no evento dos antigos presidentes da Frelimo e de Moçambique, nomeadamente
Armando Guebuza e Joaquim Chissano. “A presença de ambos (antigos presidentes) é um exemplo que pode ser
acompanhado por todos os partidos que aqui estão com as suas representações”,
disse. Explicou que também demonstra orgulho que a Frelimo tem pela sua
história e em todos aqueles que dirigiram o partido ao longo da sua história. Sobre
o discurso de Nyusi proferido na sessão de abertura, disse que foi notável. Aliás, Costa acredita que é um discurso que ficará para a história pelo
facto de não só apresentar o resultado do trabalho que foi realizado ao longo
dos últimos anos mas, particularmente, por projectar uma ideia muito simples
que “sem unidade não há paz e sem paz não há desenvolvimento e sem desenvolvimento
não há justiça”.A fonte disse ainda que foi um discurso de um estadista
moderno, de alguém que olha para o futuro com a vontade de vencer as
dificuldades. “Só um estadista que confia no trabalho, que confia no seu povo e que
confia no seu país toma o exemplo que o senhor presidente Filipe Nyusi nos deu:
não esperar que a paz venha até ele, mas ser ele a tomar a iniciativa de ir a
procura da paz”, vincou. Com estas palavras, o representante do PSD referia-se
a deslocação de Nyusi a Serra de Gorongosa, a 6 de Agosto último, para se
avistar com Afonso Dhlakama, líder da Renamo, o maior partido da oposição e que
teve o condão de acelerar o processo de paz em Moçambique.
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