A
Comissão Europeia aprovou um conjunto de recomendações que empresas como
Google, Facebook ou Twitter devem seguir para reduzir ou eliminar o discurso de
ódio e que incita ao terrorismo da Internet.
Caso
os esforços de conter os discursos de ódio não sejam bem sucedidos, o organismo
europeu prevê aprovar legislação nesse sentido. Neste momento, a Comissão
Europeia apenas propôs um conjunto de recomendações que as tecnológicas devem
seguir. Entre as instruções, as empresas devem devem ter um ponto de contacto
anunciado com quem as autoridades possam interagir, caso se descubra conteúdo
ilegal. Por outro lado, as tecnológicas devem permitir que terceiros, com
experiência demonstrada em identificação de conteúdos ilegais, possam monitorizar
os posts e mensagens com discursos de ódio. Uma terceira recomendação passa
pelo investimento em tecnologias que possam automaticamente fazer a detecção
deste tipo de materiais, explica o The Verge.
A
CE pede que as tecnológicas façam mais para evitar o repost de conteúdos que já
tinham sido censurados e que acelerem o tempo que demoram a eliminar mensagens
e publicações assinaladas como impróprias. Segundo a Comissária Mariya Gabriel,
neste momento, «a situação não é sustentável», com as empresas a demorarem mais
de uma semana para actuar em mais de 25% dos casos assinalados. A CE vai
continuar a perseguir o tema, multando com valores astronómicos as empresas que
não cumpram. Caso a situação não melhore, o organismo prevê mesmo aprovar
legislação que obrigue as empresas a cumprir as directrizes.
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