A situação de tensão político-militar prevalece no
distrito de Morrumbala e a população continua abandonar a zona do Sabe
refugiando na vila sede e nos distritos circunvizinhos. O administrador daquele
distrito, Pedro Sapange disse numa entrevista que concedeu ao Diário da
Zambézia que situação não afecta o distrito no seu todo, mas sim um problema
localizado, isso é centra-se na localidade do Sabe onde os homens armados do
Partido Renamo continuam aquartelados e a movimentarem-se de forma livre.
Questionado se o governo daquele distrito tinha um número exacto de quantas
pessoas haviam abandonado as localidades do Sabe e do Zero para a vila sede de
Morrumbala, Sapange confirmou o registo
de algumas famílias, incluindo algumas que optaram por Chimuara (Mopeia) e Mutarara
na província de Tete. A fonte explicou que no total são 75 famílias que saíram das zonas de conflito. O entrevistado diz que o governo daquele
distrito não tem registo de famílias
refugiadas na vizinha República do Malawi e que todas estão acomodadas no
distrito de Morrumbala e circunvizinhos.
Pedro Sapange disse que neste momento o governo daquele distrito está a fazer
um levantamento, porque as pessoas estão junto as famílias. Sobre o ambiente de
negócios, a fonte diz que continua normal, apesar dos agentes económicos
continuarem a movimentarem-se com receios para trazerem produtos até a vila
sede. Assume que há escassez de alguns produtos devido a movimentação dos
homens da Renamo e alguns produtos estão a subir de preço com destaque para o
arroz.
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