O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi,
disse em Berlim, a capital alemã, que os investidores exigem um ambiente
de paz porque a sua ausência interfere negativamente nos negócios. Nyusi, que iniciou uma visita oficial de dois a Alemanha, falava em
conferência de imprensa conjunta com a Chanceler Angela Markel, minutos após um
almoço de trabalho. “Os investidores são exigentes no que toca a paz, porque sabem que a paz
garante que seus investimentos sejam duradoiros”, disse.
Prometeu continuar a trabalhar em prol da paz, referindo que “tudo faremos para
que o investimento não seja retraído por falta desta paz absoluta”. O Presidente disse ter sentido que a Alemanha tem muita vontade de ajudar e de
investir no país, razão pela qual as autoridades locais aconselham aos
moçambicanos para abraçarem o diálogo. “Explicamos ao governo sobre o que está a acontecer em Moçambique. Porque, para
haver ajuda, é preciso que se preste uma informação exacta, precisa, e de forma
aberta”, declarou Nyusi, para de seguida sublinhar “sentimos da parte alemã
muita vontade de apoiar todos os moçambicanos”.
Segundo Nyusi, a Alemanha ofereceu-se a dar o seu contributo para garantir a
restauração de uma paz efectiva, actualmente ameaçada pelos “distúrbios
localizados em algumas zonas de Moçambique”.
Por sua vez, a Chanceler Angela Markel enalteceu os esforços empreendidos pelo
estadista moçambicano, apelando, contudo, para uma solução política do
problema.
“Os esforços devem continuar e deve-se encontrar uma solução política para este
problema. Prometemos continuar em contacto com as partes envolvidas para vermos
quais os melhores canais que podemos priorizar para melhor contribuirmos não só
como um país, mas também a nível de toda a Europa”, disse Markel.
No encontro que manteve com o Presidente moçambicano, Markel abordou ainda a
situação actual de Moçambique, particularmente a seca e cheias que já afectam
milhares de pessoas.
“Por isso, há necessidade de ajudarmos”, disse Markel, sem avançar detalhes.
Recordou que ambos os países mantêm uma excelente relação de amizade de longa
data. No passado, a extinta Alemanha Democrática (ex-RDA) chegou a empregar
cerca de 22 mil moçambicanos, parte dos quais ainda vivem e trabalham na
Alemanha.Nyusi reuniu-se ainda hoje com o Presidente alemão, Joachim Gauck, bem como a
comunidade moçambicana residente neste país. Quarta-feira (20), segundo e último dia da visita, a agenda do Presidente inclui a
sua participação no Fórum de Negócios Alemanha-Moçambique e uma visita a
“Siemens Berlin”.O estadista também deverá manter encontros com várias entidades alemãs,
incluindo o Ministro Federal da Cooperação e Desenvolvimento, Gerd Müller.
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