O Governo chinês atribuiu, em 2014, um total de 7.833 bolsas de estudo a
África, das quais pouco mais de cem (100) a Moçambique.A África é o segundo
maior receptor de bolsas de estudo da China depois do continente asiático. “Este
é apenas o número de bolsas atribuídas pelo governo através do Ministério da
Educação. Há outros africanos que estudam na China mas com outros apoios,
incluindo auto-financiamento”, disse o Director Geral do Departamento de
Cooperação e Intercâmbio Internacional no Ministério chinês da Educação, Cen
Jianjun.
Falando Terça – feira (21), em Beijing, num encontro com jornalistas
africanos em estágio profissional na China, Cen disse ainda que o governo
chinês melhorou o valor pago por cada bolsa de estudo.Ele não avançou nenhum
montante nem a percentagem do aumento mas sabe-se de outras fontes, que a
medida, com efeitos a partir de Setembro de 2014, determinou que para o grau de
licenciatura o montante da bolsa varia de um mínimo de 59.200 yuanes (cerca de
9.400 USD) a 66.200 yuanes por ano. Para o mestrado, o valor oscila entre
70.200 e 79.200 yuanes e para o doutoramento entre 89.800 e 99.800 yuanes.Sabe-se
que a propina para os estudantes estrangeiros na China custa, em média, 20 mil
yuanes por cada ano de licenciatura, 25 mil para o grau de mestre e 32 mil
yuanes para doutoramento.Por outro lado, Cen disse haver, nos últimos tempos,
um crescente número de estudantes chineses interessados em se graduar em
universidades africanas ou a especializarem-se em assuntos africanos.“Se eu não
tivesse estudado em África (Nigéria), seria me difícil falar deste continente
com algum detalhe”, disse, por seu turno, Liu Hongwu, docente e director geral
do Instituto de Estudos africanos da Universidade de Zhejiang, na China.Liu,
também presente no encontro e que é igualmente director da Associação de
Amizade entre povos africanos e chinês, disse que optou por África por
inspiração de alguns seus professores que também estudaram no continente negro.Segundo
ele, durante a sua passagem por África percebeu e defendeu que a educação tem
de estar virada as necessidades de cada país, destacando, no caso vertente, as
áreas de saúde, agricultura, educação, entre outras.
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