quarta-feira, abril 22, 2015

600 de volta!



Pouco mais de 600 moçambicanos vítimas de xenofobia na África do Sul estão a caminho de Maputo, numa altura em que as autoridades consulares moçambicanas naquele país falam da normalização da situação, embora os cuidados sobre possíveis ataques se mantenham redobrados.Fernando Fazenda, embaixador moçambicano na África do Sul, disse esta terça-feira ao “Notícias” que as vítimas, por sinal o segundo grupo, constituem o número mais alargado a ser repatriado, numa operação coordenada pelas autoridades moçambicanas. O referido grupo deixara ainda esta terça-feira aquele país e já em solo pátrio será encaminhado ao centro provisório de acolhimento aberto em Boane, na província de Maputo, sul de Moçambique. O primeiro grupo de repatriados foi de 107 moçambicanos que já foram encaminhados às suas zonas de origem.“Continuamos a apelar às pessoas a voltarem ao país porque a situação mantem-se tensa, embora haja sinais de abrandamento dos ataques. Não podemos tirar conclusões precipitadas de que a situação está calma, isto após a cerimónia dirigida pelo rei zulu, Goodwill Zwelithini, na qual declarou guerra à xenofobia”, disse o embaixador. “Embora a situação seja diferente da das primeiras semanas, vamos esperar para ver o que é que isto vai dar. Enquanto isso prosseguimos com as nossas acções de ajuda aos nossos concidadãos no sentido de voltarem para casa, porque essa é a melhor opção” – sublinhou o diplomata.
A onda de violência xenófoba na África do Sul, que teve como epicentro a cidade de Durban, obrigou milhares de moçambicanos a refugiarem-se em três centros, tendo algumas centenas preferido regressar a Moçambique. Três moçambicanos foram mortos por sul-africanos xenófobos.Na imagem, os quatro suspeitos pelo assassinato do moçambicano Emmanuel Sithole.




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