“Juro, por minha honra, respeitar e fazer respeitar a constituição, desempenhar com fidelidade o
cargo de presidente da república de
Moçambique, dedicar todas as minhas
energias à defesa, promoção e consolidação
da unidade nacional, dos direitos humanos,
da democracia e ao bem-estar do povo
moçambicano e fazer justiça a todos os moçambicanos”. Com a apresentação pública de Filipe Nyusi em Lichinga a 17 de Março corrente, que é
pré-candidato da Frelimo, partido
político de que ele [Armando Guebuza] é
presidente, o PR desrespeitou tudo
aquilo que ele jurara respeitar e fazer respeitar.
Um dos princípios do estado Moçambicano,
e vertido na lei fundamental, é o da
igualdade, na esteira de que “Todos os
moçambicanos são iguais perante a lei,
gozam dos mesmos direitos e estão sujeitos aos mesmos deveres, independentemente da cor, raça,
sexo, origem étnica, lugar de nascimento, religião, grau de instrução, posição social, estado
civil dos pais, profissão ou opção
política” (artigo 35 da CRM).
Para prosperar, a rede de máfia conta com a colaboração de alguns funcionários e agentes do estado que actuam nas alfândegas de Moçambique,
conservatórias de registo automóvel e no instituto nacional de Transportes Terrestres - INATER
(ex INAV). a rede encontra facilidades nas suas acções devido a fragilidades das instituições,
incluindo a legislação que estabelece as
isenções aduaneiras, que não fixa o
limite das isenções de que uma entidade pode
beneficiar num dado período; a caducidade do código de registo automóvel, que
data de 1967 (foi assinado pelo então
primeiro-ministro de Portugal, António
de Oliveira Salazar) bem como a não
informatização dos títulos de propriedade, que facilita a sua falsificação. Por outro lado, a lei dos partidos políticos
não especifica os bens a serem
importados nem estabelece os limites
desses bens. a lei refere apenas que os partidos
políticos gozam do direito de isenção para “importar bens de equipamentos
necessários ao seu funcionamento”, mas
não estabelece razoabilidade para estas
importações cobertas de isenções. Consequentemente, partidos que nem sequer
concorrem às eleições, sem sede e cujos
membros se desconhecem, para além da
figura do seu presidente/ secretário-geral, importam, por ano, centenas de
viaturas, sem pagar imposto. para que fim? Esta é uma das questões que a
investigação do CIP procurou desvendar. (LEIA
TUDO AQUI)
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