O antigo presidente da República, Joaquim Chissano, disse nesta
terça-feira em Maputo que a actual situação de tensão político-militar que se
vive no País está a colocar em causa a paz conquistada e mantida por 21 anos.Chissano,
que falava momento após as cerimónias oficiais das comemorações do 38.º
aniversário da independência nacional, disse que se fecharmos os olhos à actual
situação a paz será definitivamente colocada em causa.Num outro
desenvolvimento, o ex-presidente da República disse que a solução de qualquer
erro, dificuldade ou diferenças políticas não pode ser por via de destruição
daquilo que já foi construído tal como está a acontecer neste momento.“Devemos
reforçar as nossas relações de cidadãos irmanados do Rovuma ao Maputo. E para
que isso aconteça, é importante que cada um se prepare internamente para poder
levar este combate que na minha opinião considero difícil porque uma pessoa que
se sente ofendida a sua tendência é de atacar as outras pessoas quer por vias
de palavras ou por outras acções agressivas. Mas, quem souber conter sua ira,
raiva ou insatisfação pode encontrar formas de melhor resolver os problemas que
o aflige", sublinhou o ex-chefe de Estado moçambicano. (R. Moiane)
quarta-feira, junho 26, 2013
"Não é por cair um pingo de chuva que há cheias"
O estadista moçambicano afirma que o mesmo não sucede com Dhlakama que “escapa sempre”.
Questionado se a actual situação do país não fragiliza o seu papel na mediação de conflitos na Comunidade de Desenvolvimento a África Austral (SADC), que Moçambique detém a presidência rotativa, Guebuza respondeu “penso que não”.“Não devíamos ver em cada incidente ou cada acidente no percurso como pondo em causa tudo aquilo que é fundamental. Caso contrário, bastava cair um pingo de chuva para pensarmos que teremos cheias. Não é isso. Nós não estamos desanimados. Nós acreditamos que vamos resolver o problema e que o papel de Moçambique na SADC e no mundo permanece o mesmo”, explicou.
Nenhum operador sobrevive face a intraquilidade
O presidente da Autoridade Tributária
de Moçambique (ATM), Rosário Fernandes, adverte que as ameaças e os ataques da
Renamo, o maior partido da oposição no país, poderão afectar o processo de
arrecadação de receitas para os cofres do Estado. Segundo o dirigente, no ano
passado foram alcançados 98,6 mil milhões de meticais (cerca de 3,3 biliões de
dólares ao câmbio corrente) de receitas prevendo-se que, este ano, esta cifra
se mantenha ou seja superada.O jornal “Noticias”reporta que Fernandes fez esta
advertência sexta-feira última quando se dirigia aos tradicionais operadores do
Porto da Beira que garantem o trânsito de mercadorias de e para o Zimbabwe,
Zâmbia, Malawi e RDCongo com os quais se reuniu para juntos
abordarem matérias
relativas à implementação da Janela Única Electrónica (JUE).Aquele responsável
reagia assim aos últimos desenvolvimentos políticos no país caracterizados por
alguma instabilidade na sequência de ameaças e ataques da Renamo numa altura em
que decorre um diálogo entre as partes para a aproximação das diferenças.Aliás,
o impacto na economia moçambicana já é visível na região centro, onde centenas
de pessoas interessadas em seguir as suas viagens, quer para o sul quer para o
norte de Moçambique, são forçadas a permanecer na sede do posto administrativo
de Muxúnguè, província central de Sofala, a espera da oportunidade de
prosseguir. A par disso, um elevado número de camiões carregados de mercadoria
diversa, viaturas particulares, autocarros e “mini-buses” de transporte de
passageiros formam enormes filas que chegam a atingir entre um e dois
quilómetros, à espera da oportunidade de passar uma vez que a circulação só é
feita no período diurno, ou seja, o trânsito cessa depois das 17.00 horas. O
clima de instabilidade que se instalou na região centro de Moçambique também
está a afectar escoamento do carvão na Linha de Sena, que liga a região
carbonífera de Moatize, na província de Tete, ao porto da Beira, em Sofala,
particularmente no período nocturno. Como consequência, reduziu de seis para
três a circulação diária dos comboios transportando carvão mineral ao longo da
Linha de Sena. “Temos que ter as nossas vias de comunicação livres de
instabilidade com infra-estruturas sólidas. Queremos que haja uma comunicação
plena do sul, norte e no “hinterland”. Quando o comércio, a agricultura,
indústria estão parados isso provoca um colapso económico e Moçambique é
exemplo no mundo na estabilidade económica. Os cidadãos devem circular
livremente e os agentes económicos praticarem negócios como direitos
inalienáveis consagrados na constituição da República que não podem ser postos
em causa por ninguém”, recordou o presidente da ATM. E mais do que isso, no seu
dizer, o factor humano é essencial para o trabalho em condições de estabilidade
na livre circulação de pessoas e bens no nosso país e em toda a região da
África Austral e não só. Reafirmou que nenhum operador económico, seja ele qual
for, fica tranquilo quando as vias de comunicação estão fechadas. “Mesmo dentro
da própria cidade, quando há covas, não há energia e água é motivo de
preocupação. Quando o comércio, agricultura e indústria estão parados as
famílias também estão paradas”- concluiu o presidente da ATM.Sustentou que
Moçambique é um dos exemplos no mundo de estabilidade política cuja experiencia
é replicada internacionalmente.O constitucionalista de que Moçambique precisa

quinta-feira, junho 20, 2013
É de se tirar o chapéu!!!
quarta-feira, junho 19, 2013
Alas sabotam fornecimento de água
Um
grupo de residentes da cidade de Chibuto manifestou hoje a sua insatisfação com
o Município local por, alegadamente, não estar a resolver os vários problemas,
particularmente a falta de água, que enfermam aquela urbe da província de Gaza,
sul de Moçambique. O problema foi levantado durante uma reunião popular
no bairro 25 de Junho, arredores de Chibuto, dirigida pela Primeira-Dama
moçambicana, Maria da Luz Guebuza, que iniciou uma visita de trabalho a
província de Gaza na segunda-feira.

“É doloroso mentirem para nós, quando até chegam a fechar os vidros dos carros
e não querem saudar aqueles que votaram em vós”, acrescentou Hermenegildo,
fortemente ovacionado pela multidão presente no evento. Entretanto, na
mesma reunião, outras pessoas pediram a palavra para refutar as declarações de
Adriano Hermenegildo, afirmando serem visíveis os esforços da edilidade em
resolver os problemas da cidade, incluindo o abastecimento de água.Américo
Machava e Gilda Wate, residentes de Chibuto, disseram estarem em curso obras
que visam o abastecimento de água aos vários bairros da cidade. Machava disse
ainda que existem poços em muitos bairros do Município que garantem o
fornecimento de água à população local.
Um jornalista da AIM no local disse que, normalmente, a cidade de Chibuto debate-se com
problemas de abastecimento de água, mas sublinhou haver um aproveitamento
político desta crise.Explicou que existem facções no seio do partido no poder
que não querem a continuidade do actual edil como candidato para as eleições
autárquicas de 20 de Novembro próximo, razão pela qual decidiram enveredar por
uma campanha para manchar a sua imagem.“O que acontece é que já há obras em
curso, mas as mesmas chegam a ser alvo de sabotagem por parte dessas pessoas.
Neste momento, há pessoas que se encontram detidas por terem sabotado as obras
de abastecimento de água”, disse a fonte.
Presidente tomou uma posição de estadista
O governo
moçambicano tranquiliza e assevera que o assalto perpetrado na madrugada de
Segunda-feira a um paiol das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) no
posto administrativo de Savane, distrito de Dondo, na província central de
Sofala, não vai i
nviabilizar o diálogo em curso com a Renamo, o maior partido
da oposição em Moçambique.O governo e a Renamo encontram-se envolvidos num
diálogo, a pedido desta formação política, para discussão de uma agenda que
inclui quatro pontos, nomeadamente um novo pacote eleitoral, despartidarização
da administração do Estado, matérias relativas a defesa e segurança e questões
económicas.O ataque resultou na morte de pelo menos cinco membros das forças de
defesa e segurança de Moçambique. Esta posição foi manifestada pelo porta-voz da 19ª sessão do Conselho de
Ministros ocorrida (18) em Maputo.
“A vontade do diálogo do governo e a vontade de manter a situação de
estabilidade política que prevalece no nosso país não vai ficar afectada por
essa acção irresponsável, por essa acção injustificada levada a cabo pela
Renamo”, disse Gabriel Muthisse, porta-voz do encontro.“Nós vamos nos encontrar
com a Renamo na Segunda-feira para as sessões de diálogo”, acrescentou. Questionado sobre as razões que levaram o governo a atribuir o referido ataque
a Renamo, Muthisse arrolou uma série de eventos ocorridos em Moçambique nos
últimos anos.
“O percurso deste partido, as ameaças que vem proferindo ao longo dos últimos
meses, até diria ao longo dos últimos anos, os antecedentes de Muxúnguè e de
outros locais e tentativas, que se assistiram nos últimos meses, de
concentração de homens armados em vários locais do nosso país o ‘modus
faciendi’ tudo isso nos mostra que esta é uma acção da Renamo. Não existe uma
outra entidade que possa ter levado esta acção”, disse Muthisse, que também
desempenha as funções de vice-ministro das pescas.Segundo o governante, acresce
o facto de aquele antigo movimento rebelde manter homens armados nas suas bases
ou nas suas sedes. O governo afirma ainda que nos últimos anos a Renamo
tem estado a incitar de maneira muito activa a situações de violência e de ódio
no seio da sociedade moçambicana. Para o governo, este ataque
completamente injustificado a uma posição das forças de defesa e segurança em
Savane é o corolário de todo este processo de ameaças e de incitação a
violência que a Renamo tem estado a fazer.
O comandante da
PRM em Sofala, Joaquim Nido, disse ontem que não há dados que evidenciem que
foram os homens armados da Renamo que assaltaram o paiol de Savane e preferiu
falar de perturbação à ordem pública.“Em nenhum momento conseguimos identificar
se são indivíduos que pertencem a uma formação política como a Renamo. É mais
um caso de perturbação à ordem pública, daí que apelamos à calma da população
de Sofala”, disse Joaquim Nido. Mais cauteloso, o presidente da República
reagiu a partir de Niassa, onde se encontra em presidência aberta. Armando
Guebuza não acusou a Renamo nem mesmo chegou a falar desta formação política.
segunda-feira, junho 17, 2013
Depois de 20 anos de paz,militares irritam-se

Os
comboios da Vale Moçambique e da Rio Tinto estão paralisados a noroeste de
Muanza, os descendentes, e entre Muanza-Dondo e Beira, os ascendentes, segundo
fontes na Beira que não querem ser identificadas.
Mateus
Mazibe, porta-voz do Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique
em Sofala, disse ao nosso repórter na Beira que não confirma nem desmente que
tenha havido qualquer incidente na zona entre Savane, localidade que se situa a
cerca de 30 quilómetros do Dondo, e Muanza. Muanza, o local citado pelo
porta-voz do Hospital Central da Beira como sendo a proveniência dos cinco
mortos e dois feridos que deram entrada naquela unidade de saúde, situa-se a 80
kms do Dondo. Na Beira, na delegação provincial da Renamo em Sofala, o chefe do
Gabinete do Delegado, Jorge Mussa Mutita disse que não dispõe
de qualquer informação sobre o incidente já confirmado há momentos pelo
porta-voz do Hospital Central da Beira ao nosso correspondente na Beira,
Adelino Timóteo. Fontes informais devidamente identificadas reportaram que houve dois ataques a depósitos de armamento militar, o primeiro às
03 horas e o último às 11 horas desta manhã, mas fontes oficiais apenas admitem
ter havido um ataque ao Paiol das FADM, entre Derunde e Muanza, para onde foram
transferidos os artefactos do ex-Paiol de Inhamizua, na Beira, que há uns anos
explodiu e ardeu. No Dondo e na Beira – cidades que distam entre si cerca de 30
quilómetros – fontes civis com familiares na zona de conflito, disseram que
os seus parentes abandonaram a zona em debandada, tendo o mesmo acontecido com
os efectivos policiais e militares ali estacionados. A zona afectada abrange
Savane, a 20 de Milhas do Dondo, Galinha, Derunde e Muanza (80 kms do Dondo).Na
Beira reina agora uma grande instabilidade militar e policial, segundo o nosso
repórter. Confirmar que no Quartel de Matacuane, das Forças Armadas
de Defesa de Moçambique (FADM) há “grande agitação” e o mesmo acontece no
centro da cidade, no Quartel da FIR, ao lado do Conselho Municipal da Beira
onde foram vistos blindados a circular.Ainda nenhuma fonte da Renamo assumiu a
responsabilidade do ataque, mas tudo indica que foram homens armados desta
organização que empreenderam o assalto ao Paiol, às 03 horas da manhã de hoje. Quanto
ao ataque ao segundo paiol, que se diz ter ocorrido cerca das 11 horas desta
manhã, não há fontes fidedignas que o confirmem. Na delegação provincial de
Sofala o chefe do Gabinete do Delegado da Renamo disse que o delegado e o
porta-voz estão junto com o presidente da Renamo no distrito da Gorongosa.
(A. Timóteo na Beira)
quinta-feira, junho 13, 2013
Mas por que razão há greve e só agora?
Junto-me às diversas vozes que concordam que os médicos deviam
voltar aos hospitais públicos. Ninguém nega que os grevistas (médicos,
enfermeiros, serventes, maqueiros, técnicos de laboratórios) tenham razão em
relação aos pontos que constam do(s) seu(s) caderno(s) reivindicativo(s). Também
ninguém não sabe que o Governo não tem capacidade para responder cabalmente às
exigências feitas. O ponto essencial do caderno parece que tem a ver com o
salário que se aufere. Por aquilo que nos deixam transparecer através das vozes que
aparecem nas câmaras de televisão, umas identificadas outras não, os médicos
recebem há 20 anos 2500 meticais mensalmente! Ou seja, qualquer pessoal da
Saúde é médico! Parece estranho, mas a percepção lógico-cultural do que é
médico nesta pérola dos recursos minerais é essa. Está enraizada nas nossas
línguas. Por isso quando nos dirigimos ao hospital temos esperança de “kuvoniwa
hi dokodela=dotori”, ou seja, ser visto pelo médico. Afinal o nosso “dokodela”
(médico) recebe só 2500? A outra lógica, que convém dizer que é da minoria,
advoga que existem diferentes áreas, escalões e carreiras dentro da Saúde que
se manifestam claramente pelas diferenças salariais visíveis na tabela. Um dos
grandes factores penso que deve ser curricular. Quantos anos a pessoa fez greve
individual, ou seja, ficou positivamente nos bancos escolares? Outro deve ser o
de chefia. Como nem todas as pessoas têm as mesmas habilitações literárias, ou
propensões naturais para a chefia, então o salário é diferente...
Há quem diga que esta greve é consequência da falta do diálogo
entre o Governo e os demais sectores, outros ainda vêem a dificuldade do
Governo em pôr ponto final a este “vukuvuku” por ter descoberto que afinal se
trata de greve de todo o sector público, se calhar excluindo o sector da
Autoridade Tributária. Mas por que razão há greve e só agora?
As respostas não são simples e é provável que sejam históricas: as
expectativas que as pessoas tinham quando se alcançou a independência não se
sabe se foram satisfeitas. Houve grande euforia como em qualquer parte do mundo
quando se alcançou a liberdade e os discursos de então alimentaram mais
esperanças. Houve guerra. Os discursos de esperança foram alimentados para o
período pós-guerra. Terminou a guerra. Os discursos de esperança foram
renovados para o período pós-reconstrução. O povo trabalhador definiu prazos do
período pós-reconstrução. Resultados: Mais discursos que apontam para um
bem-estar depois do funcionamento pleno dos mega-projectos. Partiu-se o copo.
Tudo coincide com os efeitos da crise financeira. Acho que o Governo está a
defender mãos vazias quando não informa o seu digníssimo POVO maravilhoso que
está a ser sacudido pela CRISE.
No fundo, o Governo do Presidente Guebuza dialoga com o seu povo.
Se fizermos comparações injustas, uma vez que os tempos são diferentes, pode-se
concluir que este Chefe do Estado dialogou mais com o povo que os seus
antecessores. Isso é simples, basta analisar quantas presidê
ncias abertas foram
feitas, quantas sessões alargadas ele orientou, quantos Conselhos de Ministros,
reuniões alargadas aos governadores, administradores, chefes de postos, chefes
de autoridade local, religiosos, líderes políticos, corpo diplomático,
jornalistas, desportistas, professores, engenheiros, polícias, soldados,
pescadores, camponeses... para dissipar-se a ideia de que não há diálogo. Mesmo
os que são chamados mabandido têm o privilégio de dialogar com o Chefe do
Estado nos comícios populares e até dão sugestões. Quando o Presidente pergunta
à população que procedimentos devem ter quando encontram um “criminoso”, eles
respondem que deve ser levado à Polícia e não deve sofrer qualquer agressão e
que depois deve ser liberto. Que o diga o comandante Khalau! Esse lado dos
bandidos é interessante que a greve!
Como propostas para se pôr fim ao problema devem ser estudadas
formas de uniformizar o salário na função pública e remunerações pagas em
função não só do nível académico, mas também da componente saber fazer com
competência. Deve-se reforçar a ideia de abertura de machambas para a produção
de comida a nível das famílias. Reforçar-se a ideia de matricular os filhos nas
escolas públicas. Reforçar-se e concertar-se o “barulho” ao Governo em definir
uma política clara sobre transporte, produção de comida, trabalhos voluntários.
Reforçar-se a capacidade governamental de interpretar, compreender e divulgar
os resultados dos inquéritos/censos realizados pelo Instituto Nacional de
Estatística. Reforçar a capacidade governamental na compreensão dos resultados
dos modelos económico-sociais sugeridos por estudiosos moçambicanos.
Responsabilizar todos os funcionários públicos, definindo parâmetros das suas
actividades. Orientar o povo. Há que se repensar na dimensão do recrutamento de
candidatos aos cursos de saúde ou revisão de alguns paradigmas curriculares. É
provável que as raízes desta greve estejam subjacentes nos “curricula” da
Saúde. Há uma notícia interessante que circula indicando que algumas unidades
hospitalares fora de Maputo GRANDE estão a funcionar em pleno. Pergunto, será
que não aderiram à greve ou porque não há médicos. Afinal em que hospitais
estão os médicos?
Unidade, trabalho e vigilância!
(Balate Júnior)
terça-feira, junho 11, 2013
Egoísmo,injustiça e monopolismo estão a renascer
![[p1-2-d3edu11.jpg]](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDpA1ifqReVViaR7solY-IyJdcx7assXcZ8zcl5rK6MJWKkTGhKu8TFK9KQoxWcXF1GXklAh2kR04eLlAZ63CWncHNmcELgq4hyd9Xb2npC7TJWbCQ1TpXCrPfEHDx3Audb9OidF4y8HSQ/s400/p1-2-d3edu11.jpg)
“Nós, os combatentes, repudiamos veementemente a todos os pronunciamentos
hostis a este partido e ao governo em particular, porque partimos do princípio
que é o partido onde estão integrados os combatentes. Foi o partido que lutou
pela independência do país, e é por isso que o povo moçambicano confia nele”,
disse Faustino.
O secretário-geral disse que a ACCLIN está representada em todos os distritos e
anualmente tem realizado reuniões do Comité Nacional, órgão constituído por 180
membros, onde são discutidas e planificadas as actividades, isto é, todo o tipo
de questões relativas aos membros são resolvidas a nível do órgão e nunca na
rua.A fonte acrescentou igualmente que as questões apresentadas pelos membros
da ACCLIN têm e sempre tiveram resposta, e a associação nunca ficou indiferente
aos assuntos de sua total e plena jurisdição. Mais ainda, os combatentes têm,
segundo Faustino, acesso a pensão de acordo com as suas categorias militares, a
educação e assistência médica e medicamentosa, habitação condigna, acesso a um
fundo de inserção social atribuídos pelo governo em reconhecimento do esforço
que eles fizeram em tempos.
Respondendo a questão da construção de um condomínio no bairro militar ocupado
pelos combatentes após a independência do país, em 1975, o secretário-geral disse
que a zona é património do Ministério da Defesa Nacional. Em caso de
necessidade de retirada dos residentes, o ministério vai, primeiro, criar
condições para os acomodar e as informações em poder da ACCLIN indicam a
existência de um projecto de reassentamento de todos os moradores da zona e se
calhar com melhores condições que as actuais.
“A Frelimo já mudou... mudou
entre os homens de sangue novo e velho... mudou bastante, há problemas de pensamento
que não estão a ser observados. O que posso dizer é que a Frelimo está
moribunda”, disse Madebe, acrescentando que “esta não é Frelimo de Mondlane, de
Marcelino dos Santos, Sérgio Vieira, Óscar Monteiro e nós outros. Frelimo está
desviada. Os nossos objectivos estão totalmente desviados e até a população só
diz chega!”. Madebe diz ainda que actualmente a Frelimo é fonte de injustiças e
todos os males contra os quais fora criada para combater. “O que está mal é a
governação. Nós lutamos contra o capitalismo, egoísmo, injustiça, monopolismo,
mas agora são as mesmas coisas que estão a nascer fortemente. Quando ando nos
bairros tenho medo de dizer que sou combatente, porque as pessoas falam muito
mal do Governo, até dizem que o mesmo é selvagem”, disse.
sábado, junho 08, 2013
"cultura inadequada se fizermos dela um ídolo"
“… O mundo está á espera da altura em que o homem se encontra com outros em termos do seu valor humano e não em termos da cor (do seu pele) ou do idioma. As culturas estão a misturar-se lenta mas implacavelmente. Há uma comunicação cada vez mais rápida tanto física como espiritual.
… Tudo isto significa (é) que tu e eu podemos ser cidadãos do mundo se assim o desejarmos...O mundo está esfomeado (está necessitando) de pessoas que possam sair e encontrarem-se com outros seres humanos. Não me interpretes mal, eu não quero dizer que qualquer cultura seja má ou inadequada. O que eu quero dizer é que qualquer simples cultura pode ser inadequada se fizermos dela um ídolo. Ao mesmo tempo que amamos a nossa própria cultura, não nos podemos esquecer que é uma parte e apenas uma parte de um mundo maior – a humanidade. Esta ideia é hoje aceite por milhões de pessoas, mas é difícil encontrar alguém que se aventure mais além (que pouse ir mais além), excepto muito poucos (vamos ser) esses poucos. As gerações futuras vão estar agradecidas por termos iniciado, mesmo que os nossos nomes desapareçam na confusão do progresso.” (Chude Mondlane)
Orçamento para a Saúde baixou e para a Segurança subiu
quinta-feira, junho 06, 2013
Oh amigo Filipe,há forma mais "clássica" de fazer!
Rasia de "ilegais" no futebol

Clube Costa do Sol:Diamantino Manuel Fernandes Miranda, de
nacionalidade portuguesa, treinador principal; Nelson E. Silva Santos, de
nacionalidade portuguesa, treinador; Humgdou Anta Diagne, de nacionalidade
senegalesa, jogador de futebol; José Inácio Barbosa, de nacionalidade
portuguesa, jogador de futebol; Mathews Masha, de nacionalidade zambiana,
jogador de futebol; Michael Shoko de nacionalidade zimbabwiana jogador de
futebol; Themba Maringa, de nacionalidade sul-africana, jogador de futebol.Maxaquene:Moises
Chuvula, de nacionalidade malawiana, jogador de futebol; Chiukepo Malawgana, de
nacionalidade nigeriana, jogador de futebol; Emmanuel Eboh, de nacionalidade nigeriana,
jogador de futebol; Marvin Chistopher de nacionalidade sul-africana, jogador de
futebol; Mfiki M. Mthimkulu, de nacionalidade sul-africana, jogador de futebol.Vilanculos
FC:·Ernesto Soares, de nacionalidade zimbabwiana, jogador de futebol; Mathew
Tendai, de nacionalidade zimbabwiana, jogador de futebol.Clube Têxtil de
Púnguè:Godfrey Makande, de nacionalidade zimbabwiana; jogador de futebol;Michel
Nyamuksa, de nacionalidade Zimbabwiana; jogador de futebol; Jude Nonso Nworah,
de nacionalidade Nigeriana; jogador de futebol; Bernard Bvumbwe, de
nacionalidade zimbabwiana, jogador de futebol.Clube Ferroviário de Nampula:Ernesto
Ejiford Ugwanyi, de nacionalidade nigeriana, jogador de futebol; RafikMussa, de
nacionalidade malawiana, jogador de futebol; Simplex Nthara, de nacionalidade
malawiana, jogador de futebol; Vincent chinthenga, de nacionalidade malawiana,
jogador de futebol; Robson banda, de nacionalidade malawiana, jogador de
futebol; Foster namwera ,de nacionalidade malawiana, jogador de futebol;
Rogério Goncalves, de nacionalidade portuguesa, treinador de juvenis; Nuno da
Silva, de nacionalidade portuguesa, treinador de juvenis; Ibanes Dzikambane, de
nacionalidade portuguesa, treinador de juvenis.
quarta-feira, junho 05, 2013
Senhores, são 22 milhões também carentes!
Naquilo que
constituí a sua primeira reacção pública
à greve dos médicos e outro pessoal de
saúde que já se arrasta há mais de duas
semanas, o Chefe de Estado Moçambicano,
Armando Guebuza, disse que “não há como
resolver as exigências dos médicos”. Para responder à preocupação dos médicos, que paralisaram por completo quase que todas as unidades
sanitárias, Guebuza diz que “o País é
pobre”. O chefe de Estado de visita a Coreia de Sul, depois vindo do Japão, reconhece
a legitimidade das preocupações dos médicos mas diz que “não há como resolver as exigências dos
médicos, dado que o País é pobre e não
pode dar mais, porque não são só os médicos que estão a exigir o aumento
salarial, mas, sim, quase todos os moçambicanos”,
eis a explicação do Presidente moçambicano.
Os
médicos e alguns outros profissionais de Saúde que em Moçambique têm estado em
greve desde o passado dia 20 manifestaram-se (4) por algumas das ruas da
capital do país, tendo reiterado a sua vontade de continuar a dialogar com o
governo, para que se encontre uma solução e assim possam voltar a prestar
assistência ao público.Esta sua predisposição foi expressa na Praça da Paz,
onde a sua marcha foi desaguar, pelo porta-voz Associação Médica de Moçambique
(AMM), Paulo Samo Gudo. A marcha começou na sede da AMM, ao longo da Avenida
Eduardo Mondlane, continuando depois pelas avenidas Karl Max, Marien Ngouabi e,
finalmente, Milagre Mabote.Eles voltaram a se queixar que os actuais
negociadores do governo não são, segundo eles, pessoas certas para se chegar a
um entendimento, alegando que ao cabo de três dias de diálogo, pouco ou nada se
conseguiu, dai que exigem que se troque essa equipa.
“As pessoas que o Governo mandou para efectuarmos o diálogo não são pessoas certas para tal. Passamos três dias a manter conversações, mas não surtiram nenhum efeito”, defendeu Paulo Samo Gudo.
Ele alegou que há certas pessoas no seio do Governo que ainda hostilizam a causa dos médicos e que isso dificulta as negociações entre as partes.“Há pessoas que até hoje chamam-nos vândalos, marginais. Se as coisas continuarem assim, será difícil resolver este problema”, defendeu.Ele alegou que a AMM assinou, há coisa de um ano, um memorando de entendimento com o Ministério da Saúde, mas que para a infelicidade da AMM, os compromissos que terão sido feitos não foram concretizados. Samo Gudo não foi específico sobre o que não terá sido cumprido, mas o governo diz que os médicos são os que tiveram o maior reajuste salarial na função pública. Com efeito, os médicos tiveram 15% contra 7% que se deu aos restantes funcionários, como os professores que para alguns são os que formam os médicos que agora são vistos como sendo os mais exigentes ou que não entendem que o país não tem recursos suficientes para poder pagar salários condignos a todos os servidores públicos.Para eles, os 15% não são nada e exigem um aumento de 100%, o que faria com que os seus salários duplicassem. Apesar de que os números que têm sido veiculados pelos grevistas situarem o salário dos médicos em 18 mil meticais, o governo refuta isso como não sendo verdade. O ministro da saúde, Dr. Alexandre Manguela, diz que nenhum médico recebe abaixo de 27 mil meticais, e que os 18 mil são apenas o salario base antes de se adicionar os outros subsídios, como o de risco e o de turnos.
“Nós assinamos um memorando de entendimento com o Ministério de Saúde, mas nada que foi acordado ali foi realizado. O exemplo disso foi a punição dos estagiários", disse Samo Gudo.
Neste aspecto da penalização dos estagiários, há discórdia porque o MISAU diz que não foi ela quem os penalizou, mas sim a universidade em que estão vinculados como estudantes, e que o estágio era parte da sua formação pratica, dai que nunca deviam ter aderido à greve do ano passado que deu lugar a essa penalização.Eles alegam também que o aumento de 15% tiveram conhecimento dele através da imprensa, o que para alguns é compreensível, porque não seria fácil comunicar a todos os funcionários da saúde e doutras áreas sem recorrer aos Media.“ Nós soubemos do aumento de 15 por cento salarial através da imprensa. O Governo anuncia coisas relacionadas a saúde através da imprensa, porque não nos contactou”, alegou Paulo Samo Gudo.Contudo, Samo Gudo instou a população a deslocar-se aos hospitais, “Existem serviços nos hospitais, não há 100 % de serviços. As pessoas estão com medo de ir aos hospitais, acho que devem ir. Serão tratadas”, disse em tom de quem sente já que estão a penalizar pessoas que não tem nada a ver com os salários baixos que dizem estar a receber.Refira-se que a marcha dos médicos grevistas sofreu algumas alterações, nos últimos minutos antes do seu arranque, no que respeita ao itinerário. O que antes estava programado era que iriam marchar em direcção ao Centro de Manutenção Física António Repinga. Este centro fica nas imediações do gabinete do Primeiro-Ministro, onde o Conselho de Ministros se reúne todas as terças-feiras.Segundo Adolfo Baúle, um dos porta vozes, estas alterações resultaram de uma conversa mantida entre os profissionais da saúde e a Policia moçambicana (PRM). A polícia teria pedido a mudança do destino por crer que naquele rumo criar-se-iam distúrbios as diversas instituições públicas que encontrariam no percurso.“A polícia da quinta-esquadra contactou-nos e pediu-nos para não nos deslocarmos ao Repinga, pois a caminho de lá encontraríamos diversas instituições públicas. Nós aceitamos”, disse Baúle.Estima-se que pouco mais de 300 médicos e profissionais de saúde participaram na marcha, que foi pacífica e ordeira e mesmo o público limitou-se a vê-los a passar, alguns mirones saudando-os.Alguns deles estavam de bocas seladas com fita-cola, no que é visto como simbolismo de que não se lhes tem dada a liberdade de falar, mas tal não parece verdade porque todos os dias tem falado a imprensa e mesmo esta marcha foi coberta pela imprensa pública e privada.Alguns dos grevistas empunhavam dísticos em que se podia ler “juramos salvar vidas, não juramos morrer de fome”.No final do encontro, o presidente da AMM, Jorge Arroz, disse que a greve é de todos os profissionais da saúde “Não queremos riqueza, mas sim pobreza com qualidade”, referiu.
Subscrever:
Mensagens (Atom)