O presidente do Movimento Democrático de
Moçambique (MDM), Daviz Simango, desafiou os membros desta força política na
oposição em Moçambique a fazerem tudo o que estiver ao seu alcance no sentido
de capacitar o partido em termos de infra-estruturas. Segundo Simango, a
situação do partido é deveras difícil na medida em que não possui instalações
próprias na maioria das províncias, havendo poucos os casos em que o MDM conta
com infra-estruturas para o seu pleno funcionamento.O presidente do MDM falava
quarta-feira, na cidade portuária da Beira, Centro de Moçambique, ao apresentar
o relatório das actividades do seu partido ao primeiro Congresso desta força
política que conta com oito assentos no parlamento moçambicano, a Assembleia da
República. Neste contexto, Simango disse ser necessário que o partido encontre
meios para, paulatinamente, construir suas próprias instalações, tal como
acontece com as várias congregações religiosas que, nos últimos tempos, têm
vindo a construir os seus templos. Para além da problemática das infra-estruturas, Simango passou em revista o
desempenho do MDM nas eleições gerais de 2009, onde participou quando apenas tinha cerca de cinco meses da sua existência e as eleições municipais intercalares em Cuamba, Pemba e Quelimane, bem como em Inhambane.Na sequência das intercalares, o MDM conquistou o Município de Quelimane, que se junta a cidade da Beira onde o presidente deste partido é edil.O relatório enaltece ainda o desempenho dos militantes do partido, que com imensas dificuldades de vária natureza têm trabalhado para que as aspirações do MDM continuem bem vivas. Antes da apresentação do relatório, os congressistas aprovaram a agenda e programa dos trabalhos, numa sessão dirigida pela antiga deputada, Maria Moreno, que foi eleita para presidir as sessões.
De referir que na sessão de abertura, que decorreu ao meio da manha de quarta-feira, foi presenciada por cerca de 900 pessoas entre delegados, convidados nacionais e estrangeiros e jornalistas. A Frelimo, partido no poder, assistiu os trabalhos na qualidade de um dos partidos convidados, mas a Renamo, o segundo maior partido no pais, não se fez presente no evento, não obstante a maioria dos membros do MDM terem tido, outrora, fortes laços com o partido de Afonso Dhlakama. Aliás, poucas são as vezes em que a Renamo se junta a outros partidos em eventos desta natureza, e mesmo aqueles que são de natureza estatal, apesar dos convites que lhe são endereçados.
Entretanto, os cortes constantes de energia eléctrica que vêem se registando
nos últimos dois dias na cidade da Beira estão a afectar o curso normal dos
trabalhos do Congresso do MDM, sendo que para colmatar este contratempo o
partido tem recorrido a gerador, cujo funcionamento também não e dos melhores. Segundo
informações que vem sendo avançadas nesta parcela do país, os cortes da
corrente eléctrica surgem na sequência de vandalização da linha que alimenta
esta urbe, bem como a cidade de Chimoio, na vizinha província de Manica, palco
também de apagões. No segundo dia do Congresso, os delegados vão debater vários assuntos que
incluem as propostas de revisão dos estatutos do Partido e do Programa do
Partido, a proposta das Linhas de Força da Governação e do Hino do Partido, bem
como o debate sobre participação do MDM nas eleições municipais de 2013 e as
provinciais, legislativas e presidenciais de 2014.Durante a tarde serão
conhecidos os candidatos para os diversos cargos nos órgãos centrais do partido,
incluindo o candidato para a presidência do MDM, tudo levando a acreditar-se
que Daviz Simango poderá continuar na direcção do partido para os próximos
cinco anos. O Presidente do MDM no discurso de
abertura para lá dos recados para o interior do partido alargou-os ao a figura
do Presidente da República, em particular a sua esposa , Maria da Luz Guebuza, que tem ganho notoriedade na imprensa nos últimos
meses. A mesma tem estado envolvida em acções de carácter social nas zonas mais
recônditas do país, o que tem sensibilizado várias Organizações internacionais que se têm predisposto a ajudar o “Gabinete da Primeira dama”. Daviz Simango
censurou os gastos que se fazem nas deslocações da extensa comitiva de Da Luz
Guebuza, a paralização dos governos locais e o protocolo de recepcção como se
tratasse do Presidente da República. Maria da Luz Guebuza reune condições
essenciais como o facto de ser antiga combatente, o eleitorado moçambicano ser constituído por
mulheres, natural da província central de Manica ( imperioso para a FRELIMO
fechar o ciclo muito contestada de lideranças só do sul do país) para lá do seu
marido no limite dos dois mandatos presidenciais imposto pela constituição ser támbem o Presidente do Partido Frelimo.Leia aqui.
desempenho do MDM nas eleições gerais de 2009, onde participou quando apenas tinha cerca de cinco meses da sua existência e as eleições municipais intercalares em Cuamba, Pemba e Quelimane, bem como em Inhambane.Na sequência das intercalares, o MDM conquistou o Município de Quelimane, que se junta a cidade da Beira onde o presidente deste partido é edil.O relatório enaltece ainda o desempenho dos militantes do partido, que com imensas dificuldades de vária natureza têm trabalhado para que as aspirações do MDM continuem bem vivas. Antes da apresentação do relatório, os congressistas aprovaram a agenda e programa dos trabalhos, numa sessão dirigida pela antiga deputada, Maria Moreno, que foi eleita para presidir as sessões.
De referir que na sessão de abertura, que decorreu ao meio da manha de quarta-feira, foi presenciada por cerca de 900 pessoas entre delegados, convidados nacionais e estrangeiros e jornalistas. A Frelimo, partido no poder, assistiu os trabalhos na qualidade de um dos partidos convidados, mas a Renamo, o segundo maior partido no pais, não se fez presente no evento, não obstante a maioria dos membros do MDM terem tido, outrora, fortes laços com o partido de Afonso Dhlakama. Aliás, poucas são as vezes em que a Renamo se junta a outros partidos em eventos desta natureza, e mesmo aqueles que são de natureza estatal, apesar dos convites que lhe são endereçados.
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