Dezenas de cidadãos estão a ser confrontados com a falsidade de documentos de registo criminal e de aptidão física nas instituições, na cidade central mocambicana da Beira, todos emitidos com o envolvimento de uma mulher identificada como sendo Marta Miguel, cujo escritório funciona próximo do Primeiro Cartório Notarial da Beira.Suspeita que Marta Miguel esteja ligado a uma rede de falsificadores de documentos institucionais, emitidos pelo Ministério da Justiça e pela Direcção de Saúde, Mulher e Acção Social da cidade da Beira, nomeadamente certificados de Registo Criminal e de Aptidão Física.Um grupo de indivíduos, que diz ter sido burlado, revelou ao “Diário de Moçambique” que a falsidade dos documentos em referência foi descoberta quando este e outros tantos exibiram os certificados de Registo Criminal e de Aptidão Física em instituições solicitadoras nos Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologia, Caminhos de Ferro de Moçambique, Saúde, entre outras direcções do Estado. O referido grupo afirmou que tais documentos foram solicitados por aquelas instituições para o preenchimento de vagas e outros tantos para o processo de nomeações, este último caso para os Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologia.Os entrevistados do jornal afirmaram que se dirigiram á referida falsificadora, com o intuito de mandar fazer os certificados de Registo Criminal e de Aptidão Física com urgência, sendo que para a emissão dos dois documentos cada um “desembolsou” 410 meticais (o dólar EUA vele mais de 27 meticais).Para os ora denunciantes, o que evidencia a falsidade dos documentos, segundo explicações dada pelas instituições solicitantes, são as folhas e os carimbos.“Quando entregamos os documentos nas instituições onde os mesmos foram solicitados disseram-nos que estes eram falsos, na medida em que os carimbos usados não são os que estão neste momento em uso, para além de que as folhas apresentarem rasuras que a olho nu não são visíveis” — disse uma das vítimas de burla, anotando que o esquema montado pela falsária é tão perfeito, na medida em que até emite recibos de urgência de três dias, para ambos os documentos.Outra supremacia usada para enganar os requerentes tem a ver com o uso de um escritório e exposição do seu número de celular, nomeadamente 849332636.“Corríamos o risco de ser presos. Depois da descoberta da falsidade de documentos, andamos atrás da senhora, mas já não a encontramos. Para além de não atender o telefone, limita-se a emitir mensagens, dizendo que está com problemas de tensão e que tudo foi feito por sua irmã” — explicou um dos lesados.Marta Miguel está a ser procurada para a devolução do dinheiro cobrado e para ser responsabilizada criminalmente, pelo facto de o que praticou tratar-se de um acto ilícito.Entretanto, as vítimas revelaram que já denunciaram o caso na 1ª Esquadra da Policia-Chaimite.
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