A circulação de veículos com excesso de carga no corredor da Beira e Nacala, província central de Sofala e nortenha de Nampula, respectivamente, está a acelerar a degradação das estradas e aumentar os custos de manutenção daquelas infra estruturas.O facto consta de um relatório do estudo feito pela Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que teve como seu principal foco de atenção a questão da eficácia e custos de logística dos corredores da Beira e Nacala.Para USAID, 25 e 35 por cento dos camiões que transitam em ambos corredores, transporta volumes acima do permitido pelo regulamento de transporte de carga.
O facto tem implicações nos sectores do comércio e agro-negócios em Moçambique e em vários países da região.O relatório indica que o troço Beira –Inchope, com uma extensão de 135 quilómetros; Mocuba-Milange, com 192 quilómetros, e Nampula-Cuamba-Mandimba-Lichinga, que se estende por cerca de 748 quilómetros, apresentam condições precárias devido ao mau uso e deficiente manutenção.A fonte cita o exemplo do troço Beira-Machipanda, cujo orçamento para manutenção chega a atingir os 5,96 dólares norte-americanos por contentor/quilometro e 4,11 dólares na via Beira-Harare.
“A báscula de Dondo, que foi instalada no início do Corredor da Beira, está inoperacional, embora existam planos para a sua manutenção. O Corredor de Nacala tem apenas duas básculas a funcionar em Nacala e Nampula, não existindo nenhuma daquelas infra-estruturas ao longo dos 748 quilómetros do troço Nampula-Mandimba-Lichinga”, reporta o documento.O estudo visa identificar as causas do mau desempenho dos portos de Nacala e Beira e dos corredores por eles servidos, como forma de melhorar as práticas dos portos e corredores na região, reduzindo os atrasos.
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