A Fundação Getúlio Vargas (FGV) vai lançar a 4 de Julho próximo, em Brasília, capital brasileira, o Fundo Nacala, que vai beneficiar a província de Nampula, norte de Moçambique. O projecto conta com o apoio da Agência Brasileira de Cooperação, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-pecuária (EMBRAPA), da Câmara de Comércio, Indústria e Agro-pecuária Brasil-Moçambique (CCIABM) e da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA). O Fundo de Nacala e’ um projecto que visa promover o desenvolvimento social, ambiental e económico ao longo do Corredor de Nacala, usando a experiência do Brasil na área do agro-negócio. O mesmo está intimamente ligado ao Programa de Cooperação Triangular para o Desenvolvimento da Agricultura nas Savanas Tropicais em Moçambique (ProSavana).O ProSavana, que tem como parceiros o Brasil e Japão, será desenvolvido na região norte de Moçambique, sendo parte considerável do projecto ao longo da linha férrea do Corredor de Desenvolvimento de Nacala, e visa aumentar a produtividade agrícola, tendo como uma das suas principais componentes a transferência de tecnologias. Cobrindo uma área de cerca de 700,000 hectares, o ProSavana baseia-se num projecto que o Japão implementou no Brasil na década 70, e que acabou revolucionando a produção agrícola numa área actualmente considerada como a mais produtiva naquele país sul-americano. A primeira fase do ProSavana visa a formação de agricultores moçambicanos nas tecnologias disponibilizadas pela EMBRAPA, reforço da capacidade do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), construção e aquisição de equipamento laboratorial para análises de solos, bem como de outros centros de investigação agrária. Num outro desenvolvimento, o governo brasileiro abriu uma linha de crédito no valor de 97,59 milhões de dólares para a aquisição de maquinaria e equipamento agrícola no Brasil. O crédito e’ parte integrante do “Programa mais Alimentos” do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) do Brasil e que será apoiado por assistência técnica. Este crédito foi cedido a Moçambique pela Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) e será na forma de empréstimo concessional para ser amortizado num período de 17 anos, com um período de graça de cinco anos e uma taxa de juros de dois por cento.
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