segunda-feira, abril 23, 2012

"Samora recebido por Guebuza em Quelimane"

A inauguração, Semana finda, da estatua do falecido Presidente Samora Machel em plena Praça da Independência na cidade de Quelimane, província central da Zambézia, é o mesmo que reconhecer que o malogrado sempre colocou esta parcela do país no centro das atenções de Moçambique, da região e do mundo. O Presidente Armando Guebuza, que descerrou a estatua num dia em que iniciou a sua terceira edição da Presidência Aberta e Inclusiva do seu segundo mandato, recordou que, nos dias 6 e 7 de Fevereiro de 1976, menos de um ano depois da proclamação da independência nacional, o “Presidente Machel colocou Quelimane no centro das atenções de Moçambique, da região e do mundo, quando esta pitoresca cidade acolheu a Cimeira dos Chefes de Estado da Linha da Frente, que foi muito decisiva para a consolidação da posição única dos movimentos de libertação do Zimbabwe”.Fora isso, o Presidente Robert Mugabe, que cumprira 10 anos de prisão nas cadeias do regime ilegal e racista de Ian Smith, foi acolhido, segundo Guebuza, “aqui, em Quelimane, em 1975, e deu aulas na Escola Secundária 25 de Setembro”. Guebuza, que falava num comício popular que ocorreu na mesma praça que alberga Machel já imortalizado, referiu que, internamente, e sob liderança de Samora Machel, foram concebidos na Zambézia projectos com potencial para gerar empregos e renda e combater a fome, esta que é a manifestação mais cruel da pobreza. Guebuza referia-se a construção da Têxtil de Mocuba e do Complexo Agro-Industrial de Lioma, bem como da revitalização da indústria do chá no Gurúe, Tacuane e Milange. Guebuza falou ainda do papel da Chama da Unidade que o Presidente Samora Machel concebeu e que ‘veio iluminar-nos a todos, denunciando e corrigindo equívocos”. Samora Machel não concebeu apenas a Chama da Unidade, que levou os moçambicanos a combaterem a divisão inculcada pela dominação estrangeira, pois Ele também foi o mentor da histórica “Viagem Triunfal: do Rovuma ao Maputo”, que teve início a 24 de Maio, em Mueda, na Província nortenha de Cabo Delgado, e que terminaria a 23 de Junho de 1975, em Maputo, dois dias antes da proclamação da Independência Nacional. Foi nesta viagem que, segundo explicou Guebuza, Samora escalou, entre os dias 3 e 7 de Junho de 1975, Quelimane, Milange, Morrumbala e Gurúe.Coincidetemente, Guebuza vai escalar na presente Presidência Aberta e Inclusiva a província da Zambézia, cujo objectivo é auscultar as preocupações do povo; colher as suas sensibilidades; e expôr a governação às críticas e beneficiar de conselhos e ensinamentos, estes mesmos locais com a excepção de Milange.O local onde a estátua de Samora foi erguida, em Quelimane, possui um valor não só histórico e cultural mas também turístico, pretendendo-se, dessa forma, construir um quiosque e uma livraria que se ocuparão pela vida e obra de Samora Machel.Para além de obras literárias deverão ser adquiridos chaveiros, brochuras, entre outro material, retratando Samora Machel.

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