quarta-feira, fevereiro 08, 2012

Asiáticos com "tako" pressionados

As autoridades policiais moçambicanas garantem que já possuem uma estratégia para estancar a onda de crimes de rapto, que tem estado a recrudescer no país nos últimos tempos e garante que os casos já ocorridos serão esclarecidos e os autores devidamente punidos.Estas declarações foram feitas , em Maputo, pelo porta-voz do Comando Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Pedro Cossa, durante o habitual briefing a imprensa sobre a situação criminal no país.Este tipo de crime, novo em Moçambique, tem estado a afectar cidadãos de origem asiática, que lideram grandes negócios no país.Há especulações de que se trate de ajuste de contas entre os empresários de origem asiática que operam no país, por alguma razão desconhecida.Entretanto, a polícia descarta totalmente a hipótese de ajuste de contas e considera tratar-se de um tipo de crime importado.“Este tipo de crime não é característica do comerciante moçambicano. O comerciante moçambicano não tem características de ajuste de contas e nem de matar. Para nós é qualquer coisa trazida de fora e nós vamos investigar, gostaria de sublinhar que não é característica dos comerciantes moçambicanos”, defendeu Cossa.Segundo Cossa, a polícia tomou conhecimento de dez casos de raptos ocorridos no país nos últimos tempos e está a trabalhar sobre eles.“Gostaria de assegurar que todos os casos de rapto serão esclarecidos e os envolvidos serão levados ao tribunal. Temos cerca de dez casos registados, mas todos serão esclarecidos e estamos a trabalhar para isso. As pessoas têm rosto e vão ser levados ao tribunal. É um crime público e basta que a polícia tenha conhecimento para agir, não importa se as vítimas ou familiares das vítimas denunciaram”, defendeu.Questionado se os raptores exigiram algum resgate as famílias das vítimas, Cossa disse não saber porque nenhuma vítima ainda informou sobre o caso.“Nenhuma vítima ainda apareceu a descrever o móbil e nem o modus operandi dos raptores e a polícia acredita que há coação das vítimas para não cooperarem com aos agentes da lei e ordem para desvendar o móbil do crime, mas o Comando Geral já accionou todos os mecanismos para esclarecer esse tipo de crimes e todos os casos registados serão devidamente esclarecidos” explicou.De referir que na semana passada dois empresários foram raptados num cemitério localizado na capital do país e os raptores exigiram um regaste de dois milhões de dólares norte-americanos.A polícia diz não ter recebido qualquer denúncia sobre este caso, mas assim que tomou conhecimento accionou mecanismos de investigação para o seu esclarecimento.As autoridades aconselhem as famílias a informarem a polícia imediatamente em caso de um rapto para que o caso seja rapidamente esclarecido.

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