O jogo do Moçambola deste domingo (17), entre o Macthedje de Mocuba (2x2), diante do Desportivo de Maputo, trouxe à nu as fragilidades que a Inspeção Nacional de Actividades Económicas(INAE), sobretudo quando os inspectores estão diante de grupos específicos como é o caso das Forças de Defesa e Segurança(FDS), membros de formações políticas e por ai em diante.O exemplo disto, viu-se no campo do Ferroviário de Quelimane, que conforme o protocolo, apenas 150 pessoas teriam direito de estar dentro do recinto desportivo, isto em observância às medidas de prevenção da pandemia da Covid-19.
Três inspectores da INAE devidamente identificados fizeram-se ao local para exigir o cumprimento rigoroso das medidas. Foram exigindo credenciais do clube, em casos de ser convidado, porque diga-se houve muito convite espalhado para “meio mundo”.Vários espectadores que estavam sobretudo na bancada sombra, foram abordados, mas cada um apresentou seus argumentos. Uns vieram à convite do director fulano ou sicrano, outros do dirigente da associação X ou Y, mas sem identificação, ou seja, sem o documento que a INAE exigia.Quando chegaram ao local onde estavam por ai cerca de 15 pessoas, todas de civil, eis que começou então a conversa mais azeda.
Os Inspectores pediram documentos que autoriza aquela gente a estar dentro do recinto do jogo. Todos apresentaram convite e, alguns com argumentos de que são dirigentes. A resposta não foi do agrado dos homens da fiscalização que prometeram chamar uns “tais colegas da força” para retirar do campo aqueles dirigentes.Afinal, eram militares todos, ou seja, eram membros das Forças de Defesa de Segurança. Não acataram nenhum aconselhamento para o abandono e disseram mais “nós também somos força, podemos agir...”Posto isso, os três homens da INAE sumiram e nunca mais voltaram ao local, portanto nem a tal força que prometeram usar, não se fez sentir.Moral da história, a INAE só age quando encontra “molezas” das barracas dos bairros. (DZ)
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