quinta-feira, janeiro 07, 2021

Capital do norte com sede

O fornecimento de água a cidade de Nampula, a terceira mais populosa no norte de Moçambique, poderá registar melhorias até o próximo domingo com o incremento de entre 18 mil a 20 mil metros cúbicos/dia, contra os actuais oito mil, segundo projecção do Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água (FIPAG). A revelação é do director dos Serviços Centrais de Operações do FIPAG, Ilídio Khossa, em declarações a imprensa, no campo de furos de Namiteca, no bairro de Muhaivire, arredores da cidade de Nampula, onde foram abertos furos que deverão injectar pelo menos 20 mil metros cúbicos de água/dia. A falta de chuva provocou uma diminuição drástica do nível na barragem da cidade de Nampula, sobre o rio Monapo, abrindo uma crise no fornecimento de agua sem precedentes nos últimos dez anos.

“Para aumentar o nível de produção, temos furos neste campo de Namiteca, para abastecer os camiões cisternas, numa primeira fase, oito tomas a ser instalados a nível da cidade de Nampula, mesmo aqui, na Muhala-Expansão e Namicopo. Em paralelo, estamos a construir 31 fontenárias adicionais, portanto são acções que, pelo menos, até o próximo domingo, poderão incrementar o nível de produção para entre 18 a 20 mil metros cúbicos/dia e assim, certamente, não resolver o problema, mas minimiza-lo”, disse. Contudo, Ilídio Khossa anota que o problema de abastecimento de água à cidade de Nampula, requer uma acção mais segura e duradoura, uma vez que a actual barragem, sem uma gestão adequada, após a época chuvosa, só tem água para três meses.

“Nampula já tem estado a ressentir-se deste problema de fonte já fez tempo. A solução definitiva passa por uma fonte segura, ou seja uma barragem. O campo de furos, de Namiteca, é uma solução transitória e intermédia, por isso, o FIPAG, tem estado a estudar uma fonte que dista 110 quilómetros de Nampula, na zona de Namialo, em Mujica É a fonte que esperamos enquanto se constroem outras fontes alternativas e procura-se mobilizar financiamento”, afirmou. A fonte apelou a população para fazer uso racional da pouca água existente. “Informar que identificamos algumas zonas dos bairros de Namicopo, Carrupeia, Marrere e Muhaivire, onde a nossa rede de distribuição está a ser vandalizada, isso reduz ainda mais os nossos esforços de levar água para o consumo geral”.

 Khossa disse ainda que as tomas de água para abastecimento dos camiões cisternas abrirão mais cedo, cerca das seis horas da manha, encerrando as 20 horas locais para melhorar a oferta e operatividade deste serviço. Em situação normal, a barragem de Nampula, já com pouco mais de 60 anos idade, produz, em média, 40 mil metros cúbicos de água para uma população de aproximadamente 800 mil habitantes.

 

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